O partido da ministra Tereza Cristina, o DEM, é um dos poucos fatores que jogam contra uma candidatura dela à presidência da Câmara. Caso vença as eleições, em 2021, e fique até o fim do mandato, em 2023, o Democratas teria o comando da Casa por seis anos, cinco meses e 12 dias.
Seria a mais longeva “dinastia” de um partido à frente da presidência da Câmara desde os oito anos em que o MDB ocupou o assento após o regime militar. Três presidentes emedebistas comandaram a Casa de maneira consecutiva entre 1985 e 1993: Ulysses Guimarães (SP), que assumiu dois mandatos, entre 1985 a 1989; Antonio Paes de Andrade (CE), que permaneceu entre 1989 a 1991; e Ibsen Pinheiro (RS), que ficou de 1991 a 1993.
A longevidade do DEM à frente da presidência é um dos únicos motivos que deixam Tereza pensativa se arrisca, ou não, a disputa. Ela sabe que a continuidade do partido joga contra suas chances. Por isso, tenta viabilizar uma aliança com partidos da centro-direita com a promessa de melhorar a relação da Câmara com o governo.