O líder da oposição no Senado Federal, Rogério Marinho (PL-RN), criticou a decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. O parlamentar afirmou, no entanto, que a decisão “não causou surpresa”.
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Marinho destacou a ausência de acesso às provas por parte dos advogados envolvidos no julgamento e criticou o embasamento da denúncia na delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Uma prisão preventiva foi desvirtuada para extrair a delação do coronel Cid”, disse Marinho, em nota à imprensa. “Não há justa causa para o seu recebimento.”
Rogério Marinho destaca ausência de provas
Para o senador, o próprio relatório da Polícia Federal que embasou a denúncia sugere que não havia coordenação nem interação entre os acusados.
“Os elementos tornados públicos e que embasam a denúncia não apontam para o envolvimento do presidente Bolsonaro nos supostos ilícitos”, acrescentou o senador. “Apesar de ter tido sua vida devassada desde 2021, a PGR não apontou uma só mensagem sua.”
Rogério Marinho aponta Moraes como “vítima e julgador”
A nota divulgada pelo líder da oposição também critica a atuação do ministro Alexandre de Moraes.
“Desde o início de 2023, a investigação conduzida pelo ministro relator, investigador, vítima e julgador trata-se [sic] de evidente perseguição política para retirar Bolsonaro e todo um relevante espectro político das eleições gerais de 2026″, afirmou Marinho.
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O senador lamentou que o processo contra Bolsonaro não tenha “instância recursal que permita a correção de injustiças praticadas ao longo do processo”. O político também afirmou que, “por uma mudança casuística da jurisprudência do STF, impediram que Bolsonaro fosse julgado no foro competente, qual seja, a primeira instância”.

Por fim, Marinho afirmou que “a lei tem de ser boa para mim e para o meu inimigo. E a Constituição da República deve proteger a todos”.
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