Ministro do Meio Ambiente ressaltou que quem se beneficia da região deveria “partilhar parte de sua receita com exportações” para ajudar na preservação
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nessa terça-feira, 25, ser fundamental a participação da iniciativa privada na conservação da Amazônia.
Em videoconferência da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Salles ressaltou que o agronegócio exportador, que recebe benefícios da Amazônia e quer preservar sua imagem de sustentabilidade no mundo, deveria “partilhar parte de sua receita com exportações” para ajudar na preservação da região.
De acordo com o ministro, o proprietário de terras na Amazônia pode explorar economicamente apenas 20% de sua área, o que, em muitos casos, torna inviável sua sobrevivência.
Para manter intacta a floresta, a iniciativa privada deveria colaborar. E não só o setor agropecuário, segundo Salles. “Quem não vive na Amazônia mas dela se beneficia deveria colaborar com essa preservação”, destacou.
Ele também enfatizou que o sistema até então vigente na região, de verbas estatais e do terceiro setor, “claramente não deu certo e não reduziu a pobreza na região”. “Muita gente fez palestra, viajou (em função das ações na Amazônia), mas a região continuou pobre.”
Dessa forma, para Salles, qualquer plano que se fizer sobre a Amazônia, deve levar em conta o reconhecimento do papel da iniciativa privada no desenvolvimento e na conservação da Amazônia.
“Vivemos muitos anos com visão de planejamento estatal e destinação de recursos estatais ou de captação internacional (como o Fundo Amazônia) mas, mesmo assim, geridos por governos”, recordou. “E houve uma espécie de desconsideração, na prática, do papel do setor privado na Amazônia.”
Ainda segundo ele, para atrair o capital privado à região, é necessário garantir inicialmente a segurança jurídica quanto à questão fundiária da região, com a regularização da posse de terra.
“Em segundo lugar, deve-se remunerar a reserva legal por meio do pagamento por serviços ambientais, e isso está num programa recentemente lançado pelo governo, o Floresta Mais”, disse, e reforçou que quem se beneficia do bioma sem nele residir, deve contribuir. “Se o Brasil como um todo e o resto do mundo se beneficiam da Amazônia, nada mais natural do que pagar por isso; porque estão usufruindo”, completou.
Certeiro, assim deve ser.
Salles faz um trabalho excelente.
O projeto Floresta+ é muito interessante.
Se for para guardar áreas, que se receba por isso.
Até concordo em ter a iniciativa privada como parceira, mas desde que exclua paises como China, Alemanha, França e organizações estrangeiras terroristas que queiram se aproveitar dos nossos recursos naturais. Fiscalização tem que ser ”full time” e não deixar esses caras respirarem mais do que podem em nosso solo.