O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), optou por cancelar, pela terceira vez seguida, a sessão do Congresso Nacional que estava inicialmente agendada para esta quinta-feira, 23, destinada à análise dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão é que a sessão seja reagendada para a próxima semana.
Segundo informações apuradas por Oeste, os líderes partidários não chegaram a um consenso em relação aos trechos vetados do marco temporal, das normas do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) e do novo regime fiscal.
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O governo Lula alegou que o cancelamento ocorreu devido à falta de disponibilidade para realizar a sessão, em virtude da atividade em curso no plenário da Câmara dos Deputados.
Articulação do governo na Câmara dos Deputados
O líder da oposição no Senado, senador Rogério Marinho (PL-RN), afirmou que o governo está enfrentando dificuldades na articulação para obter consenso na Câmara dos Deputados.
Na Câmara, o governo enfrenta resistências, especialmente da maior bancada da Casa, a do agronegócio, que defende a derrubada dos vetos do marco temporal.
“Mais uma vez uma preocupação enorme que fica devido ao descumprimento de acordos e dificuldades de acertos em relação ao Carf e ao arcabouço que estavam na pauta da sessão”, declarou o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP-PR). “Esse cancelamento não muda absolutamente nada para nós, na próxima sessão do Congresso vamos pautar esses vetos e vamos ganhar.”
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De modo geral, os membros da oposição dão como certa a derrubada dos vetos feitos por Lula principalmente ao texto do marco temporal. Para a derrubada de um veto são necessários os votos de 257 deputados e de 41 senadores. A FPA é a maior bancada do Congresso, com 303 deputados e 41 senadores.
A sessão do Congresso estava agendada para as 10 horas, com 34 vetos em pauta e sete projetos de lei de créditos.
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