Apesar da manifestação popular marcada para 16 de março, o impeachment de Lula dificilmente sairá. Um dos principais motivos é a absoluta falta de tempo para o processo. No caso de Dilma Rousseff, por exemplo, foram necessários 20 meses. Hoje, restam apenas 17 meses para as convenções partidárias e, no meio do caminho, ainda tem uma Copa do Mundo.
Além disso, há uma percepção generalizada de que não há mobilização nas ruas para pressionar o Congresso Nacional a investir numa pauta que ainda sofreria resistência do Supremo Tribunal Federal. Por fim, apesar da queda de popularidade no Nordeste e entre os pobres, Lula ainda ostenta mais apoio do que tinha Dilma em 2015.
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Forçar o impeachment agora acabaria servindo ao petista, que passaria a se vitimizar para recobrar o apoio junto ao eleitorado que perdeu. A rejeição ao governo, porém, está estampada nas mais de 130 assinaturas já recolhidas pelo deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS). A ideia, portanto, é explorar o momento de fragilidade do governo para desgastá-lo ainda mais, enfraquecendo-o para 2026.
Alternativas ao impeachment
O caminho natural seria a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito. Há hoje vários caminhos senado analisados, inclusive uma nova CPI dos Correios ou mesmo uma CPI do Pé-de-Meia, aproveitando o relatório aprovado pelo Tribunal de Contas da União, que encontrou irregularidades graves no uso indevido de recursos no programa.
Outra que ganha tração é a “CPI da USAID”, agência governamental dos Estados Unidos que Donald Trump resolveu fechar após constatar gastos bilionários em ações internacionais, inclusive com indícios de financiamento de ONGs brasileiras e interferência nas eleições presidenciais de 2022. Temas, portanto, não faltam. E nem apoio do centrão.
De novela para minissérie em 500 capítulos … a novela se repete, a estória se repete… e o fisiologismo …