O Senado Federal, em uma revisão interna, anulou a habilitação da empresa R7 Facilities em duas licitações que somavam R$ 48 milhões, relata o jornal O Estado de S. Paulo. A empresa é alvo de investigações da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU).
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A decisão foi motivada pela constatação de uma “irregularidade insanável” na forma como a R7 se apresentou para as licitações. A empresa teria apresentado documentos que lhe dariam direito a um benefício tributário do qual não pode usufruir, o que lhe permitia oferecer preços mais vantajosos.
A R7 é uma das maiores prestadoras de serviços de terceirização de mão de obra em Brasília. Tem contratos milionários com órgãos públicos. A empresa é suspeita de integrar um grupo econômico que soma mais de R$ 1 bilhão em contratos e de estar em nome de um laranja da periferia do Distrito Federal.
Contratos com o Senado
O Senado tem três contratos em vigor com a R7, no valor de R$ 35,9 milhões, para serviços de apoio administrativo, manutenção de ar-condicionado e marcenaria. Todos esses contratos estão em fase final de licitação para substituição.
A operação da R7 ganhou destaque depois de o Estadão revelar que a empresa foi contratada para serviços de manutenção dentro da penitenciária federal de Mossoró (RN), de onde dois presos fugiram.
A situação foi considerada grave por especialistas, que questionam a possibilidade de falhas no controle de segurança da área. Segundo o governo federal, não houve influência de operários na facilitação da fuga.
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No último dia 11, a PF e a CGU deflagraram a Operação Dissímulo contra a R7 e outras empresas que estariam ligadas a ela. Foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão, e duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma.
Os crimes investigados são frustração do caráter competitivo de licitação, falsidade ideológica, uso de documento falso e estelionato contra a administração pública.
A empresa deve ter se negado a dar um caixa 2 pros POLITICOS, duvido nada.