A Comissão de Educação do Senado aprovou nesta quinta-feira, 31, a convocação do novo ministro da Educação (MEC), Victor Godoy, para falar sobre denúncias de suposto favorecimento a pastores lobistas no MEC.
Godoy consultou ontem o presidente Jair Bolsonaro sobre ir ao Congresso Nacional. O interino recebeu aval do Planalto para se pôr à disposição dos parlamentares, visto que o ex-MEC Milton Ribeiro desistiu de ir à Casa.
Os senadores optaram por aprovar dois requerimentos contra Godoy: um de convite e um de convocação. Dessa forma, caso Godoy se ausente, como fez Ribeiro, o interino será automaticamente convocado a prestar esclarecimentos.
A autorização do Planalto a Godoy sinalizou que o presidente, por ora, deve mantê-lo no comando do MEC. Durante a gestão de Ribeiro, Godoy atuava como secretário-executivo, ou seja, o número dois no comando da pasta.
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Ribeiro saiu do cargo no início da semana em virtude de acusações de corrupção e favorecimento na liberação de recursos. No início da tarde de ontem, após receber a autorização de interlocutores, Godoy acionou o senador Marcelo Castro (MDB-PI), presidente da Comissão de Educação, para se colocar à disposição dos congressistas.
A nomeação de Godoy como ministro interino acalmou as movimentações externas para ocupar o cargo no MEC. Nos bastidores, a avaliação é que deixá-lo no comando do MEC, num primeiro momento, é a opção mais acertada, antes de decidir por algum nome que não seja consenso, ou até mesmo o do próprio Godoy.
Os senadores tem situações muito mais graves para resolver do que questionar um Ministro interino que acabou de assumir.