Coimbra é o diretor-executivo do Interlegis, poderoso mecanismo político para os parlamentares no Senado. No início da gestão Bolsonaro, ele foi diretor de Gestão Corporativa da Apex-Brasil
Considerado um dos melhores quadros do Senado, o diretor-executivo do Interlegis, Márcio Coimbra, foi sondado para voltar à Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), braço da política comercial do Itamaraty. Mas declinou. Ele, que se demitiu da Apex no início da gestão Bolsonaro, optou por permanecer no Senado.
A passagem de Coimbra pela Apex foi suficiente para realizar uma profunda reforma na gestão. O diretor do Interlegis não concorda com os rumos tomados pela agência durante o comando de Sérgio Segóvia, o atual diretor-executivo, que chegou logo depois de seu pedido de demissão. Em conversa com senadores, Coimbra acredita que a agência precisa voltar-se mais para o exterior. Na observação dele, a atual gestão da Apex-Brasil faz o inverso.
Nomeado para o comando do Interlegis pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), Coimbra, que trabalhou em Washington, abriu caminho para o governo do presidente Jair Bolsonaro na gestão do presidente norte-americano Donald Trump. O diretor-executivo do Interlegis têm excelentes relações com líderes dos partidos Republicano e Democrata e acredita que o governo federal precisa abrir canais com o presidenciável democrata Joe Biden.
Procurado por Oeste, Coimbra confirmou a sondagem para retornar à Apex, mas considera sua missão de reforma do Interlegis uma prioridade. A diretoria comandada é um poderoso mecanismo político para os parlamentares, tendo em vista que alcança todos os municípios do Brasil. É, portanto, peça- chave na articulação política de muitos senadores. “O processo de integração e modernização do Legislativo brasileiro é essencial para o fortalecimento da democracia”, justifica.
Você deve morar muito bem, então
Eu também fui sondando pra ser CEO na Amazon, mas preferi continuar aqui como sindico do meu prédio.