TJ-SP atendeu a pedido do Sindicato dos Motoristas da capital e, segundo prefeito Bruno Covas, às concessionárias
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que 100% da frota de ônibus da capital paulista volte a circular em 48 horas, sob pena de multa de R$ 50 mil diários em caso de descumprimento.
A Justiça atendeu a um pedido do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindimotoristas).
O desembargador-relator Fernão Borba Franco, que tomou a decisão, considerou “irracional” a decisão da prefeitura de manter a frota reduzida ante a retomada das atividades econômicas na cidade, o que fez com que os coletivos circulassem lotados, aumentando o risco de contaminação da população, dos motoristas e dos cobradores pelo coronavírus.
O prefeito Bruno Covas, no entanto, já deixou claro que vai recorrer e afirma que a vitória não foi do Sindimotoristas, mas das concessionárias de ônibus.
“Há uma expectativa de aumento de mais de R$ 300 milhões de aumento do subsídio aqui”, irritou-se o prefeito. “Foi uma solicitação também do sindicato das empresas concessionárias que é quem vai ganhar esse valor”.
De acordo com o Covas, os ônibus hoje já andam com “a tranquilidade necessária” e dentro da recomendação da vigilância sanitária.
“Há 48% da população que andava de ônibus usando o transporte e 80% da frota na rua”, concluiu o prefeito. “Mais do que o necessário para atender as recomendações”.