Marcel van Hattem (Novo-RS) lamenta postura de parte da Corte
O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) não vê os presidentes da Câmara e do Senado, respectivamente os democratas Rodrigo Maia (RJ) e Davi Alcolumbre (AP), como os únicos derrotados com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a proibição de reeleição para as Mesas Diretoras das duas Casas legislativas do Congresso Nacional. Ao falar sobre o tema na noite desta segunda-feira, 7, ele considerou a própria Corte perdedora na história.
Análise, por Silvio Navarro: “A maioria do STF leu a Constituição. Mas e agora?”
Segundo o congressista do Novo, o STF sofreu derrota por duas razões. A primeira, por ter aceitado analisar algo “tão óbvio” na Constituição. De acordo com Van Hattem, o segundo fator que pesa contra o Supremo é o resultado do julgamento da ação de inconstitucionalidade movida pelo PTB contra as reeleições de Maia e Alcolumbre. O deputado define como “preocupante” o fato de cinco ministros terem votado contra o conteúdo exposto no parágrafo 4º do artigo 57 da Constituição.
“O placar deveria ser de 11 a 0”
“O maior derrotado dessa história foi o STF”, declarou Marcel van Hattem ao participar de Os Pingos nos Is, programa da rádio Jovem Pan que na edição de hoje contou com a participação do jornalista Augusto Nunes, colunista da Revista Oeste. “O placar deveria ser de 11 a 0 [contra a reeleição]”, prosseguiu. Nesse sentido, o deputado lembrou os cinco ministros que foram contra o texto constitucional: Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Nunes Marques.
Repercussão ajuda
Para Van Hattem, o caso pode ajudar a fazer com que os magistrados fiquem mais atentos. Apesar de se mostrar aliviado com o desfecho do caso, em que a “Constituição não foi rasgada”, o deputado reforçou a necessidade de a opinião pública ficar alerta aos passos do Supremo. “Que o STF passe a prestar mais atenção ao que diz a Constituição”, complementou o parlamentar gaúcho.
Leia também: “Uma Corte infestada de bobos”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 19 da Revista Oeste.
Concordo com comentários do deputado a respeito do STF. É um dos poucos que se salvam nessa galera do NOVO, criado por um VELHO. Mesmo assim, esta cheio de insatisfações com o governo Bolsonaro apesar de apoiar seus projetos reformistas. Nesse programa criticou a indicação de Bolsonaro ao STF.
Não basta dizer que apoia, todos nós observamos que Bolsonaro é boicotado desde o inicio do governo, pela maioria do Legislativo e do STF, além do falso Doria que criticou como “inoportuno e inadequado” logo no seu primeiro discurso na ONU.
Criticar os recentes apoios negociados com o Centrão e a indicação de Kassio Nunes para o STF, é o mesmo que desejar a ingovernabilidade e queda de Bolsonaro. Penso que o deputado é inteligente porem tem medo de se ligar ao governo e as suas necessárias indicações. Não vale querer participar somente dos acertos e não aceitar compartilhar com as dificuldades. Marcel lembra, Janaina Paschoal, Kim Kataguiri e outros novatos, que não tem coragem de apoiar o governo em alguns momentos necessários.
Parece que há alguns togados que foram analfabetizados pelo método anti-opressão paulofreireano…
Os cinco patetas, que votaram pela reeleição dos dois piores presidentes das duas casas do congresso, simplesmente rasgaram a constituição.
Derrotados somos nós brasileiros enquanto a matilha estiver no STF!
Discutir o indiscutível! Vergonha!
Viramos um rebanho nas mãos defensores de bandidos! Nos trancam e soltam as feras!
A atual composição do STF não tem mais legitimidade, nem eles confiam neles!
Parabéns para o jovem deputado
Concordo com o jovem deputado. Se trata-se de um Supremo minimamente sério, o placar deveria ser de 11 a 0, como disse o parlamentar. A “regra é clara”, como diria o Arnaldo, mas este nosso STF não decide de forma isenta, e sim, de acordo com suas conveniências político-ideológicas.