Nunca será demais lembrar, a cada momento, que a epidemia covid-19 está trazendo para os brasileiros não apenas uma ameaça para as suas vidas, mas também para as suas liberdades. Embrulhado no mesmo pacote de medidas excepcionais que vêm sendo aplicadas para enfrentar o vírus, apareceu algo tão ruim quanto a peste: autoridades por todo o Brasil estão aproveitando a desgraça pública para depravar as leis, suprimir direitos das pessoas e dar a si próprios o poder, totalmente ilegal, de criar tiranias nas áreas em que mandam. Obviamente, fazem isso unicamente para promover os seus próprios interesses materiais.
O problema tem se manifestado de maneira especialmente perversa em muitos dos 5.550 municípios do país – onde se multiplicam, de forma cada vez mais agressiva, os assaltos às liberdades públicas e individuais por parte de prefeitos transformados em ditadores de fundo de quintal. Com a frequente cumplicidade de juízes e agentes do Ministério Público, que se escondem embaixo de suas camas com medo de pegar o vírus e abandonaram o dever de aplicar a justiça, a pequena autoridade sente-se livre para fazer o que bem entende. Em tempos de peste, qualquer prefeitinho vira o Grande Ditador.
O que está acontecendo neste exato momento com o repórter-fotográfico Antônio Ribeiro, um dos mais notáveis jornalistas do Brasil, é um exemplo perfeito dessa situação de desordem legal. Ribeiro, que foi correspondente da revista Veja em Paris, trabalhou durante anos como uma das estrelas da Gamma, a mais prestigiosa agência de fotojornalismo do mundo, e dirigiu o departamento de fotografia do jornal O Globo, reside atualmente em Sacramento (25.000 habitantes), sua cidade natal em Minas Gerais, na região de Araxá. Há pouco, no exercício legal de sua atividade, ele publicou no jornal digital da cidade a informação de que o prefeito Wesley de Santi de Melo, conhecido como “Baguá”, declarou ao Imposto de Renda um crescimento patrimonial de 350% entre os seus dois mandatos na Prefeitura de Sacramento. Só no Ofício de Registro de Imóveis local o prefeito e seus parentes de primeiro grau tinham, no dia 30 de setembro de 2019, trinta (30) matrículas de imóveis – fazendas, apartamentos, casas.
Por conta disso, Ribeiro já foi ameaçado três vezes de morte, e apresentou queixa oficial ao Ministério Público. Ou seja: a Constituição Federal não vale em Sacramento, no entendimento de quem não gostou do que ele escreveu. A pergunta, aqui, é a seguinte: quantos casos como esse estão acontecendo no Brasil todo? O prefeito “Baguá”, como todos os seus colegas de cargo, com certeza não precisa do coronavírus para tornar-se pior do que é – com ou sem epidemia, é a mesma pessoa. Mas o ambiente de abandono da lei criado em função da epidemia tem um efeito decisivo, sim, no estímulo de casos como esse. Qualquer prefeito, hoje – para não falar dos 27 governadores estaduais – sente que os juízes e promotores estão com medo não apenas do vírus; estão com medo deles. A cada dia que passa, aproveitam para deitar e rolar.
O contraponto seria ter uma população armada. Assim esses bandidos iriam pensar duas vezes.
Caro Guzzo, aqui em Recife o governador Paulo Câmara e o prefeito Geraldo Júlio, decidiram dar uma de aprendiz ditador fechando a praia de Boa Viagem para quem quiser tomar banhos de mar e, também, andar pelo calçadão. Aderiram ao salafrário do João Dória e impedem o acesso a praia, tirando o direito de ir e vir do cidadão. Essa dupla dinâmica foi laranja do ex-governador Eduardo Campos e estão envolvidos em falcatruas brabas no tocante a propinas e roubo na refinaria Abreu e Lima. Querem esconder suas estripulias e estão se achando donos do estado. Vamos pra frente !
Na verdade vivemos a muitos anos um Estado Criminoso de Direito , legalizado pelo STF , aí todos os corruptos ganham poder não importa o cargo,
Lamentável que o Brasil esteja caminhando nesta direção… e o nosso PGR, MP, STF, STJ, onde estão? No STF não tem um mísero juiz que se pronuncie sobre o respeito à CF e nossas liberdades individuais… triste demais…. Por isso precisamos do Sérgio Moro lá!
Isso mesmo, o Estado de Direito está uma zona…
Quem quer dinheiro ? Quer ficar rico ? Ganhe na Megasena ou monte um Partido Político.
Não nos esqueçamos que essa avalanche de partidos têm a condescendência do STF, que vedou a cláusula de barreira. Essa daria tempo limitado para os partidos nanicos.
STF, sempre ele, na raiz das mazelas brasileiras.
Está mais do que na hora de dar um basta pra tudo isso. Como o povo brasileiro de um modo geral é desinformado, os Baguá da vida conseguem levar todos no bico, e a bagunça continua. Se isso não tiver um fim logo, uma nova intervenção patrocinada pelas Forças Armadas será muito bem-vinda
em Paraty (RJ) os idosos foram proibidos de utilizar ônibus, detalhe a maioria mora na zona rural, quem não tiver parente para auxiliá-lo vai comprar comida como; caminhando até a cidade?
Infelizmente essa onda de tirania tem sido encabeçada pelo próprio STF, cujos ministros não cansam de querer sobrepor-se aos demais poderes, sobretudo o executivo, que tentam inclusive constranger e neutralizar.
Hoje qualquer zé mané com um cargo de mando está se sentindo à vontade para bancar o ditador. A Constituição nunca foi tão rasgada e desrespeitada como agora e esses canalhas autoritários ainda têm coragem de sair com a cantilena de defesa do “estado democrático”.
As liberdades individuais estão sendo pisoteadas e quando terminar o surto do vírus chinês ficarão muitas cicatrizes desse processo e talvez perdas irreparáveis de liberdade.
Exatamente. O exemplo está vindo de cima, mais precisamente de uma pocilga apelidada de “stf”, presidida por um sujeitinho que sequer foi aprovado em dois exames seguidos para Juiz de Primeira Instância e que há poucos dias provocou gargalhadas ao defender o “isolamento diagonal”. É dali que vem os grunhidos de figuras como Gilmar Mendes, Alexandre de Morais, Marco Aurélio, Lewandowski e Rosa Weber. São eles os incentivadores desse estado de coisas.
Outra pergunta pertinente: a quem interessa promover esse caos tendo como desculpa a pandemia? Quais os interesses em jogo? Humanitários com certeza não são. Num mundo conectado, os políticos oportunistas são vigiados 24 horas por dia, seus desmandos tem repercussão imediata, muitos irão derreter, e o coronavírus, por incrível que pareça vai contribuir para o saneamento da política, sem precisar matá-los por infecção, mas por vontade do eleitor nas urnas. Aguardemos!
O mundo parece anestesiado, sonâmbulo. É um desânimo generalizado. Parece falta de vontade de lutar, gritar, fazer qualquer coisa que seja, mesmo que diante das maiores afrontas às liberdades individuais. Eu não sei para onde tudo isso vai nos levar, mas não gosto desse caminho.
A questão apontada por Antonio Ribeiro e JR Guzzo, é que podemos com mais eficiência lutar no nível municipal. São 5.550 municípios para 200 milhões de brasileiros tomarem conta, fiscalizarem, denunciarem. Somos muito mais do que os bandidos. Sim, eles matam, mas os da LavaJato também mantavam… E foram presos.