Por 17 votos a favor e 15 abstenções, a executiva do União Brasil aprovou, nesta quarta-feira, 13, a abertura do processo de afastamento e de expulsão do atual presidente do partido, Luciano Bivar.
Os membros da cúpula do partido estiveram reunidos nesta tarde na sede da legenda para definir os trâmites do processo. Agora Bivar será notificado da decisão da maioria e terá 72 horas para apresentar sua defesa.
Depois, executiva vai se reunir novamente para definir um relator para o processo de Bivar e aprovar, eventualmente, o afastamento e a expulsão cautelar (provisória) dele. Desse modo, Bivar terá mais 60 dias para se defender novamente das acusações. Bivar ainda é alvo de mais um pedido de afastamento no partido, da semana passada, que já está no conselho de ética do partido.
A Oeste, Bivar disse que apresentará sua defesa ao partido e à Justiça, pois não reconhece o processo realizado pela legenda. Neste momento, ele está em Pernambuco e só deve retornar a Brasília na próxima semana.
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Com a saída ou afastamento de Bivar, o presidente eleito do União Brasil, Antonio Rueda, assumirá o posto, pois é o atual vice-presidente do partido. Oficialmente, Bivar só sairia da cadeira no final de maio.
A reação do partido ocorre dois dias depois de a casa de Rueda ser incendiada. A residência está localizada no litoral de Pernambuco. A casa da tesoureira do partido, Maria Emilia de Rueda, também pegou fogo.
Na terça-feira 12, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, um dos principais nomes do União Brasil, disse à Globo News, que os incêndios envolvem crimes de “pistolagem” e que Bivar seria o responsável.
Segundo o governador, o partido vai acionar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Conselho de Ética com o intuito de tirar o mandato de Bivar. Ontem, a Oeste, Luciano Bivar disse que Caiado “não reflete o tamanho que é”. “Um pigmeu moral e oportunista, onde o próprio JB [Jair Bolsonaro] afirmou ontem no RGS”, escreveu.
O incêndio ocorre na esteira de Bivar ser acusado de ameaçar Rueda e seus familiares. “Eu disse que as propostas indecorosas que ele estava fazendo eu não aceitava e que iria ‘fud*r’ ele”, contou Bivar a jornalistas, sem detalhar quais propostas “indecorosas” Rueda fazia.
Apesar de negar ter ameaçado a família de Rueda, Bivar admitiu ter ameaçado o oponente. “Ele disse que ia me fud*r também”, continuou. Conforme o presidente do União Brasil, o áudio supostamente gravado por Rueda foi editado.