O Parlamento Europeu confirmou, nesta quinta-feira, 18, a reeleição de Ursula von der Leyen como presidente da Comissão Europeia, o braço Executivo dos 27 países da União Europeia. A alemã de 65 anos continuará no cargo por mais cinco anos.
O Parlamento, que atualmente conta com 719 eurodeputados, exige uma maioria de 360 votos para a eleição. Em uma votação secreta realizada em papel, Ursula von der Leyen obteve 401 votos favoráveis, 284 contrários e 22 votos em branco ou nulos.
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“Mais cinco anos”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais, em agradecimento pelo apoio recebido. “Não consigo começar a expressar o quanto sou grata pela confiança de todos os eurodeputados que votaram em mim.”
Eleita pela primeira vez em 2019, Ursula von der Leyen se tornou a primeira mulher a presidir o Comissão Europeia. Agora, inicia agora seu segundo mandato. Em seu discurso antes da votação, ela destacou que suas prioridades serão defesa, moradia e comércio.
“Eu nunca deixarei que a polarização extrema de nossas sociedades seja aceita”, declarou. “Eu nunca aceitarei que demagogos e extremistas destruam nosso modo de vida europeu. E eu estou aqui hoje pronta para liderar a luta com todas as forças democratas nesta casa.”
Entre seus próximos passos estão os convites aos chefes de Estado ou governo dos países membros da União Europeia para apresentarem seus candidatos a comissários europeus, além de entrevistá-los e definir a estrutura de seu novo Executivo.
Ursula von der Leyen critica primiero-ministro húngaro
Em seu discurso nesta quinta-feira, 18, Ursula von der Leyen criticou a “missão de paz” do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, classificando-a como uma “missão de apaziguamento simples.”
O primeiro-ministro Viktor Orbán foi criticado por líderes europeus por se encontrar com Vladimir Putin em Moscou, na Rússia, no início do mês. Recentemente, disse que só Donald Trump seria capaz de acabar com a guerra na Ucrânia.
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A presidente da Comissão Europeia também defendeu uma Europa forte em tempos de ansiedade e incerteza, diante de demagogos e extremistas que ameaçam o modo de vida europeu.
Durante seu primeiro mandato, Von der Leyen impulsionou o Pacto Verde, visando a descarbonizar a indústria e os transportes — uma iniciativa criticada por suas exigências às empresas e a agricultores.
Ela estabeleceu uma meta de redução de 90% nas emissões até 2040 e prometeu um plano de habitação acessível, com um comissário específico para o tema.