O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou que não acredita na prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas, caso isso aconteça, o ex-chefe do Executivo seria capaz de eleger “até um poste” para a Presidência em 2026.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Costa Neto acredita que, se o ex-presidente for preso, o número de seus apoiadores aumentará, tornando-o ainda mais influente na política nacional.
“Eu não acredito que o Bolsonaro seja preso”, disse o presidente do PL durante uma entrevista ao UOL, nesta quarta-feira, 6. “Se for preso, [Bolsonaro] elege um poste de dentro da cadeia. Eles não vão fazer isso com ele. Não há motivos para isso. Bolsonaro não é uma pessoa normal, é diferente de todos nós. No comportamento e em todos os aspectos.”
Durante a entrevista, o presidente do PL destacou que, na sua opinião, a prisão de Bolsonaro faria com que o ex-presidente conquistasse mais apoio popular, o que elevaria sua base eleitoral de 40% para 60%. Nesse cenário, Valdemar Costa Neto acredita que Bolsonaro teria poder para escolher o próximo presidente do Brasil em 2026.
“Se o Bolsonaro for preso, ele vai para 60% [do eleitorado]“, destacou Costa Neto. “Ele tem 40%, vai para 60%. Se ele for preso, ele vai poder escolher [quem será o presidente em 2026].”
Valdemar afirmou que Bolsonaro é o único nome viável para as eleições de 2026
Além disso, Valdemar reafirmou que o ex-chefe do Executivo é o único nome viável para as eleições de 2026. Segundo ele, a candidatura de Bolsonaro é incontestável dentro do PL, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), jamais disputaria a eleição contra o ex-presidente. Costa Neto afirmou que, no Brasil, não há outro político com o mesmo prestígio pessoal de Bolsonaro.
“O Tarcísio jamais disputaria com o Bolsonaro”, comentou o liberal. “Bolsonaro é o candidato. Nós não temos ninguém no Brasil que tenha o prestígio pessoal do Bolsonaro.”
Atualmente, o ex-presidente está inelegível até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele sofreu condenação por suposto abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em dois episódios. O primeiro ocorreu durante uma reunião com embaixadores estrangeiros em julho de 2022. O segundo episódio aconteceu quando ele promoveu sua campanha à reeleição durante um evento oficial no 7 de setembro de 2022.
Além disso, a Polícia Federal (PF) pode indiciar o ex-presidente e seus aliados em um inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado depois da derrota nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).