Cerca de R$ 3 milhões em espécie. Esse foi o valor que a Polícia Federal (PF) apreendeu, nesta quinta-feira, 24, dentro de uma mala na casa do desembargador Julio Roberto Siqueira Cardoso. Aposentado desde junho, o magistrado é um dos alvos da Operação Última Ratio, que visa a desmantelar o esquema criminoso de venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Além da residência de Siqueira Cardoso, em Campo Grande, agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão em outros 43 endereços. No âmbito da ação, cinco desembargadores do TJMS foram afastados por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O presidente da Corte, Sergio Fernandes Martins, está na lista dos magistrados que foram impedidos de, por ora, seguirem com suas funções no Poder Judiciário sul-mato-grossense.
A quantia milionária na mala encontrada na casa de Siqueira Cardoso não foi o único destaque das ações desta quinta-feira. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, em outro local, os agentes da PF apreenderam um cofre — não há, no entanto, detalhes do que haveria dentro do objeto. Policiais também encontraram, num terceiro endereço, um conjunto de armas de fogo, incluindo espingardas e revólveres.
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A PF chegou a pedir a prisão de Siqueira Cardoso. O ministro Francisco Falcão, responsável por analisar o caso no STJ, rejeitou. Para ele, seria necessário parecer do Ministério Público Federal nesse sentido. A Procuradoria, contudo, entendeu que o afastamento de ministro do TJMS já seria suficiente para “estancar a prática delitiva e assegurar o bom andamento das apurações”.
Corregedor se manifesta a respeito do caso da venda de sentenças
A investigação que mira desmantelar a organização responsável por venda de sentenças no TJMS fez com que o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, se manifestasse. O magistrado, a saber, pediu o compartilhamento de todas as provas da Operação Última Ratio.
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“A partir do compartilhamento será aberto procedimento administrativo no Conselho Nacional de Justiça para analisar possível envolvimento de magistrados”, afirmou Campbell. “Caso sejam identificados indícios de irregularidade, serão adotadas as medidas necessárias à preservação dos jurisdicionados do Mato Grosso do Sul.”
Em nota, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul afirmou que “os investigados terão certamente todo o direito de defesa e os fatos ainda estão sob investigação.”
A PF informa que, além da venda de sentenças, a Última Ratio investiga a prática de crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas.
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E são aposentados enquanto outro servidor seria exonerados e preso. A impunidade não é um estímulo para cometerem crimes?
O cara é desembargador, ganha um salário astronômico, um monte de benefícios e ainda não satisfeito, participa de corrupção. Tem que mofar na cadeia e tomar todos os bens dele!
O máximo de pena que essas figuras deploráveis é uma aposentadoria proporcional ao tempo de serviço Ê salvo-conduto para gastar o dinheiro dos crimes que cometeram
É o fim da picada…!
A corrupção milionária nos tribunais superiores não surpreende ninguém. Assim como não será surpresa se o caso for colocado em segredo de justiça e que a divulgação dessa notícia seja rotulada de “atentado à democracia”. Vivemos num país onde revelar verdades sobre os podres poderes da república é perigoso.
Revista OESTE, sugiro que se faça reportagem focalizando detalhes a respeito do preço do TRÁFICO de sentenças na primeira instância, preço do TRÁFICO de decisões na segunda instância, preço do TRÁFICO de decisões nos tribunais superiores, comparativamente com o preço da COCAÍNA no varejo, com o preço da MACONHA no varejo, além de também ser abordado o abastecimento dos viciados do STF que, segundo a polícia federal, compram drogas tranquilamente e com a utilização de “apelidos de estimação” junto aos traficantes.