Felício Laterça é delegado de carreira da Polícia Federal. O parlamentar está na torcida por Alexandre Ramagem e André Mendonça, ministro da Justiça, mas assegura que vai manter a fiscalização para evitar interferência do Executivo na corporação
O deputado federal Felício Laterça (PSL-RJ) deseja o sucesso do ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, e do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Alexandre Ramagem. Mas vai se manter vigilante para cobrar transparência e garantir que a cúpula do ministério não interfira na corporação.
Delegado da PF, Laterça é primeiro-vice-líder do PSL. Dentro do partido, outros dois deputados também são delegados da PF, mesmo cargo de carreira de Ramagem. São os casos do Delegado Pablo (AM) e Marcelo Freitas (MG). O sentimento dos três é de ficar na torcida pelo novo diretor-geral. “A avaliação nossa é de continuar acreditando. Apesar de todo o recente alvoroço, somos torcedores do Brasil”, destaca.
A fiscalização sobre a cúpula do Ministério da Justiça e Segurança Pública, contudo, será mantida. Laterça destaca que não cabe ao Legislativo monitorar a PF, mas, sim, possíveis ingerências do ministério sobre a corporação. “Se acontecer algum desmando ou deslize vamos apontar também”, pondera.
Transparência
O deputado lembra que ele próprio sofreu com especulações sobre uma suposta interferência política da direção-geral da PF à época quando era chefe da corporação em Macaé. Por isso, defende que toda transparência feita na nova fase da gestão será primordial.
O vice-líder do PSL chegou a ser indicado à Superintendência do estado do Rio de Janeiro pelo então diretor-geral Fernando Segovia, mas, em decorrência de fake news, teve a posse vetada por associarem a escolha a uma indicação política. “Fica o alerta que a PF precisa e deve ser republicana. Não pode haver ingerência política”, sustenta.
Senhor Deputado, com todo respeito e admiração que tenho pelo homem público que zela pelo respeito a Constituição Federal e a Lei, gostaria de saber o que V Excelência tem a dizer sobre a interferência do Ministro Alexandre de Moraes sobre a decisão monocrática de suspender um ato lícito do Presidente da República.