A Justiça de São Paulo determinou a suspensão de 34 perfis nas redes sociais, suspeitos de serem usados para aplicar golpes, se passando por parentes das vítimas do acidente aéreo da Voepass. O desastre ocorreu em Vinhedo, em 9 de agosto, resultando na morte de 62 pessoas.
Depois de um pedido do Ministério Público de São Paulo (MPSP), através do CyberGaeco, a decisão foi tomada devido à resistência das plataformas Twitter/X e Tik Tok em remover os conteúdos sobre o acidente da Voepass por via administrativa. Os perfis estavam ativos em várias plataformas.
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De acordo com o MPSP, a medida foi necessária porque “especialmente o X e o Tik Tok resistem a remover conteúdo digital pela via administrativa”. As plataformas que não cumprirem a decisão judicial de retirar os conteúdos falsos sobre o acidente aéreo da Voepass enfrentarão uma multa diária de R$ 100 mil. Eis os perfis citados em ordem judicial:
- 19 no Twitter/X
- 7 no Tik Tok
- 7 no Instagram
- 1 no Telegram
Esta é a segunda decisão judicial relacionada ao caso. Anteriormente, o CyberGaeco, em parceria com o DIOP/Ciberlab do Ministério da Justiça, conseguiu derrubar 59 contas que aplicavam golpes ou divulgavam fotos e vídeos de corpos em chamas.
O acidente aéreo da Voepass em Vinhedo
O acidente envolveu um avião bimotor ATR-72 da Voepass, antiga Passaredo, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo. O voo partiu de Cascavel (PR) com destino a Guarulhos.
Conforme informações dos bombeiros, a queda do avião ocorreu às 13h25 na rua Edueta, próxima à rodovia Miguel Melhado de Campos (SP-324). O desastre resultou na morte de 62 pessoas, sendo quatro tripulantes.
Investigação premiliar indica que a aerenave voou entre oito e dez minutos em meio a gelo severo. O manual do bimotor de modelo ATR 72-500 classifica a condição climática como “emergência”. Nessa situação, a aeronave pode perder sustentação e girar.
O gelo severo acumulado nas asas e no estabilizador horizontal pode não ser removido pelo sistema antigelo. A condição degrada a performance e a controlabilidade da aeronave, conforme o manual obtido pelo portal G1.
As orientações do documento do ATR alertam que “gelo severo indica que a taxa de acúmulo é tão rápida que os sistemas de proteção contra gelo falham em remover o acúmulo”.