Governador, que já está afastado do cargo por ordem judicial, encara processo de ‘impeachment’ no Poder Legislativo
O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), comparou-se a Tiradentes e Jesus Cristo. Pondo-se no papel de vítima, ele aproveitou o momento destinado à sua defesa no processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Estado Rio de Janeiro (Alerj) para afirmar que, em termos de punição, está no mesmo patamar do líder da Inconfidência Mineira e do messias do cristianismo.
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“Fui afastado sem o direito de falar, sem que a minha defesa pudesse se pronunciar”, lamentou o político após citar o militar enforcado e o líder religioso que foi crucificado. Além disso, ele se comparou ao povo brasileiro. “Sou parecido com quem vem das camadas de baixo”, declarou. “Sou filho de empregada [doméstica] e metalúrgico”, prosseguiu Witzel, que foi afastado do cargo de governador do Rio de Janeiro no fim de agosto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Processo de impeachment
Na tarde de hoje, a Alerj iniciou a sessão que deve contar com a votação do plenário a respeito do processo de impeachment de Wilson Witzel. Para avançar, basta que 47 deputados estaduais votem contra o político do PSC. Com gritos e críticas diretas aos parlamentares e ao Poder Judiciário, o discurso de Witzel ocorre após os espaços reservados aos partidos com representação na Casa legislativa fluminense — nenhuma legenda indicou votar favoravelmente ao governador eleito em 2018.
Witzel não demonstrou entusiasmo com o resultado a ser registrado na Alerj. “Já fui julgado e condenado”, lamentou. Por fim, ele disse que pode renunciar, desde que todos os atuais deputados estaduais do Rio de Janeiro também renunciem.
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Parece que um milagre ele já fez, o de ter a rejeição de todos os parlamentares. Nenhum voto a seu favor é realmente de causar admiração! Apelar para a demagógica cantilena da infância pobre já não impressiona mais ninguém! Apelar para a vitimização, pretendendo se igualar a Tiradentes, menos ainda. Pretender que todos os deputados renunciem junto com ele é delírio! Em respeito à própria imagem essa criatura deveria se manter em silêncio obsequioso, cuidando de sua defesa e evitando expor-se ao ridículo! Lamentável que todo esse espetáculo deprimente tenha vindo de um ex-juiz. E como perguntar não ofende, é de se perguntar como teria sido seu desempenho no exercício da magistratura?