Youtuber diz que vai denunciar na OAB advogados de envolvidos no 8 de janeiro

Nos próximos dias, defesas de manifestantes do 8 de janeiro devem ser denunciadas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Isso porque o youtuber Victor Panchorra elaborou uma denúncia contra profissionais que cuidam desses casos.

Panchorra tem um canal no YouTube com pouco mais de 70 mil inscritos, no qual publica vídeos comentando audiências de presos por causa da manifestação. Em alguns conteúdos, o influenciador debocha dos réus que estão sendo interrogados e ironiza a situação na qual eles se encontram.

No documento de 30 páginas, entre outros citados, Panchorra faz menção aos advogados Cláudio Caivano, Taniéli Telles e Hélio Júnior, além de inserir fotos deles em eventos com a temática do 8 de janeiro. Na peça, Panchorra acusa os profissionais de formarem uma suposta “organização” que estaria divulgando “notícias falsas em prol de atos antidemocráticos”. O youtuber também leva a crer que há alguma ilegalidade nas informações que esses advogados transmitem em suas redes sobre os presos.

A jornalista Ana Cemin aparece também no relatório. Ela edita o blog Bureau da Comunicação, onde publica reportagens sobre os presos. “Todas as postagens de incitação dos advogados, teorias da conspiração, ataques aos Poderes, postagens de criminosos foragidos, todos os tipos mais escancarados de postagens golpistas de 2019 em diante, notícias falsas e atualizações diárias da situação de foragidos e divulgação de todos os atos antidemocráticos, são concentrados no blog da suposta jornalista”, diz Panchorra.

Nesta quinta-feira, 28, o youtuber publicou um vídeo, com as senadoras Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eliziane Gama (PSD-MA), em que diz ter entregue a ambas uma denúncia. Não se sabe se a queixa tem a ver com os advogados ou apenas a presos do 8 de janeiro. “Vamos fazer a leitura, de forma mais aprofundada, e encaminhar às autoridades competentes”, disse Eliziane. “Depois da CPMI do 8 de Janeiro, passamos a receber uma série de informações que serão remetidas à Polícia Federal, ao Supremo Tribunal Federal e à Procuradoria-Geral da República, de forma que eles tenham elementos que possam consolidar a investigação em curso no Brasil.”