A Maranata tem o objetivo de levar o Evangelho para todos os fiéis, incluindo aqueles com deficiências físicas, mentais e intelectuais
Pois tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram. Então os justos lhe responderão: “Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’ O Rei responderá: “Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram”. Mateus 25:35-40
A Igreja Cristã Maranata (ICM) se destaca por seu compromisso em tornar os ensinamentos religiosos acessíveis a todas as pessoas, inclusive àquelas com deficiências físicas, mentais, intelectuais e sensoriais.
Para atingir esse objetivo, a ICM tem investido em diversos canais de comunicação, capacitação de seus membros e profissionais voluntários. Mas não para aí. A instituição religiosa também desenvolve projetos de atendimentos personalizados, que visam a alcançar pessoas com diferentes necessidades.
“Dentre as ações do trabalho de acessibilidade está o acolhimento aos autistas, que tratamos não como doença, mas como uma diferença na qual a glória de Deus se manifestará”, explica a secretária-geral do trabalho de acessibilidade da ICM, Leonice Rocha.
A assistência começa desde a recepção dos fiéis na igreja, perpassa os cultos e prossegue no dia a dia, a partir do diálogo com as famílias. No caso de pessoas que necessitam de acessibilidade, há um grupo de voluntários que faz a adaptação de materiais da Escola Bíblica Dominical (EBD) e de outras atividades fundamentais para o processo de aprendizado.
Ambiente inclusivo
O projeto de acessibilidade demanda constante aprimoramento. Para tanto, a Maranata trabalha na capacitação de seus membros, permitindo que atuem como intérpretes e proporcionem um ambiente inclusivo em cultos, seminários e eventos transmitidos pelo satélite.
Para quem mora longe, não sabe ler nem dispõe de internet, a Maranata deixa à disposição das igrejas municipais os grupos de assistência, os grupos de coordenação de senhoras e os grupos de pastores, assim como os ungidos e os fiéis especializados em saúde e assistência social.
A equipe também é formada por diáconos, professores e instrumentistas preparados, que desempenham um papel essencial no acolhimento de famílias com pessoas diagnosticadas com autismo. Para a ICM, a atenção individualizada é um dos pilares fundamentais para garantir que os autistas sejam amparados e tenham suas necessidades específicas atendidas.
“Esse trabalho de assistência espiritual abrange toda a igreja e alcança as famílias”, diz a pediatra Maria Amin, uma das responsáveis pelo projeto de acessibilidade da Maranata. “É assim que a igreja exerce o seu papel de acolhimento e de mensageira do projeto de salvação para todos.”
Para Maria, os pequenos fiéis também se beneficiam do projeto de acessibilidade. “As crianças acabam crescendo com uma mentalidade de aceitação e respeito ao próximo”, observa, ao acrescentar que as famílias com dificuldade em lidar com deficientes encontram refúgio na Maranata.
Os frutos do trabalho
A ICM dedica-se a criar materiais pedagógicos adaptados para o ensino das crianças, dos intermediários e dos adolescentes com autismo. As cartilhas sobre o espectro autista, por exemplo, fornecem às professoras as condições necessárias para oferecer uma assistência adequada aos fiéis.
Essas cartilhas tratam de assuntos como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), a Síndrome de Down e a Paralisia Cerebral. Com orientações práticas e embasamento teórico, aqueles materiais possibilitam um atendimento mais eficiente e inclusivo aos membros com autismo.
Os resultados do projeto de acessibilidade saltam aos olhos. Dentre os testemunhos tem-se o da família de Isabel, contado pela mãe.
“Passamos por uma experiência muito difícil, após o nascimento da nossa filha caçula, Isabel”, revela a mulher. “Tínhamos uma filha de dois anos, Ana Elisa, muito esperta e falante, e percebemos a diferença assim que a Isabel começou a se desenvolver. A princípio, apresentou um desenvolvimento normal. Mas, aproximadamente aos 18 meses, simplesmente ‘desconectou’, deixando de corresponder à interação conosco e, até mesmo, com a irmã”.
A família relata que Isabel emudeceu e ficou com o olhar perdido, apenas “puxando” os pais pelas mãos quando precisava de algo. A jovem tinha muitas crises de choro e problemas respiratórios frequentes.
Nesse período, a família não possuía informações sobre o possível problema enfrentado por Isabel. “Mas o Senhor foi nos direcionando às pessoas certas e profissionais que nos orientaram”, diz a mãe da jovem.
O diagnóstico de TEA veio aos três anos de idade. A partir daí, a família juntou seus poucos recursos para dar início ao tratamento de Isabel. A menina começou a desenvolver a linguagem e, aos poucos, começou a mudar o comportamento com os pais.
A Maranata teve um papel fundamental nesse processo, segundo a família. “Nos ajudaram em oração e com ações dos ministérios, para que Isabel participasse das aulas e pudesse tocar instrumentos”, relembram os pais. “Isabel começou com a escaleta e com a flauta doce. Depois, aperfeiçoando o tocar, destacou-se na aprendizagem da flauta e, mais tarde, do clarinete.”
Isabel é autodidata e aprendeu a tocar alguns instrumentos. Ela participa como jovem das atividades da ICM, usada com dons espirituais e no louvor. Recentemente, deu início à graduação em psicologia, pela Universidade Federal Fluminense (UFF).
De acordo com a musicoterapeuta Janaina Zumach, a jovem Isabel é um exemplo perfeito da importância do trabalho de acessibilidade de ICM. “Temos oferecido uma assistência especifica para as famílias”, afirma. “Cada criança é única, e precisamos estar atentos às suas necessidades em particular.”
Janaina acrescenta que a finalidade do projeto é proporcionar a todos a participação nas várias atividades da igreja: cultos, aulas, ensaios de louvores, evangelizações e seminários.
Exemplo inspirador
A identificação de pessoas com deficiências tem impulsionado as iniciativas de acessibilidade, visto que ampliam o trabalho inclusivo e permitem que os fiéis atuem como obreiros, professores e pastores.
A Maranata tem sido um exemplo inspirador de como a fé e o amor ao próximo podem transformar a vida dos necessitados, proporcionando-lhes uma experiência de inclusão, acolhimento e pertencimento.
Através dessas ações, a igreja reforça o compromisso de levar o Evangelho a todos os cidadãos, garantindo que ninguém fique excluído da mensagem de esperança, perdão e redenção de Jesus Cristo.
A ICM se destaca como uma instituição acolhedora, que abraça aqueles que mais precisam de ajuda. O trabalho de acessibilidade é exemplo disso, visto que promove a valorização e a dignidade de cada indivíduo, independentemente de suas limitações.
O projeto dedicado aos autistas é uma inspiração para outras instituições religiosas e para toda a sociedade. Ao investir em acessibilidade, a Maranata demonstra seu compromisso genuíno em levar a Palavra de Deus a todos os cidadãos.
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