Assim como os homens vinculados à instituição trabalham voluntariamente como obreiros, diáconos e pastores, as mulheres lideram projetos relacionados à educação, à saúde e à caridade.
Na Igreja Cristã Maranata (ICM), a presença feminina é indispensável. Assim como os homens vinculados à instituição trabalham voluntariamente como obreiros, diáconos e pastores, as mulheres lideram projetos relacionados à educação, à saúde e à caridade. Igualmente, não recebem nenhum salário.
Um desses projetos é o trabalho das professoras, que auxilia as classes de bebês (0 a 3 anos de idade), crianças (3 a 7 anos), intermediários (7 a 11 anos) e adolescentes (11 a 15 anos). Ao completarem 15 anos, os aprendizes recebem a oportunidade de batismo e passam a integrar o trabalho de jovens. Essa iniciativa começou em 1984, quando Sara Gueiros Dodd percebeu a importância da educação religiosa para os pequenos fiéis.
As professoras usam linguagens apropriadas para as classes, de maneira a otimizar a compreensão dos ensinamentos religiosos. Bebês de 3 anos de idade, por exemplo, têm uma capacidade de absorver conhecimento diferente da observada em adolescentes. Cuidado é a palavra-chave.
Mas não para aí. Além de transmitir os ensinamentos bíblicos aos aprendizes, as professoras realizam trabalhos sociais. O objetivo é conhecer as necessidades das crianças, dos intermediários e dos jovens.
“Minha alegria é ver o irmão próspero”
“Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro.” Jeremias 29,11
O trabalho das senhoras também representa a força da participação feminina na ICM. Quem comparece aos cultos às quartas-feiras, por exemplo, percebe que a cerimônia é inteiramente conduzida pelas servas. E tem mais. As mulheres são responsáveis pelas reuniões e pela ornamentação dos templos. Também prestam assistência às grávidas, às viúvas e aos idosos.
Jurama Barros Gueiros (in memoriam) destacou-se como pioneira nesse projeto. Seu empenho como coordenadora de Trabalho de Senhoras da Igreja Cristã Maranata contribuiu para a ascensão das mulheres na instituição.
A poeta Edna Maria Froede Santos é um símbolo dessa escalada. Ela desempenhou várias funções ao longo de seus 45 anos na ICM, como professora de adolescentes e jovens, coordenadora do grupo de senhoras e voluntária no grupo de visita e intercessão. Sua vocação, no entanto, é o louvor. Ela rege os ensaios dos grupos de adolescentes, jovens e senhoras.
“Fomos pioneiros nos chamados grupões, em que reuníamos excelentes instrumentistas e cantores”, lembra Edna. “Mas também trabalhávamos com aqueles que não haviam chegado ao estágio de aperfeiçoamento, porque sempre buscaremos melhorar as capacidades das pessoas.”
Hoje, Edna presta assistência aos membros da ICM. Ela os aconselha inteiramente com base nos ensinamentos bíblicos. “Sinto-me valorizada, respeitada e honrada por todos os meus irmãos”, salienta. “Queremos o bem comum. Minha alegria é ver o irmão feliz, próspero em todos os âmbitos e saudável — sobretudo espiritualmente, porque a fé ameniza a dor e lança fora o medo.”
Valorização é a regra
“Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.” Provérbios 22,6
A servidora pública federal Letícia Lyrio é outro exemplo de participação feminina na ICM. Ela afirma que o trabalho das mulheres é amplamente valorizado pelos pastores e pelos fiéis. “Por sermos colunas do ministério, auxiliamos na assistência aos membros e aos visitantes da igreja, trabalhando lado a lado para o crescimento da Obra do Senhor”, explica, ao ressaltar a importância do trabalho das professoras e do trabalho das senhoras.
Letícia detalha ainda o propósito de ambos os trabalhos. “Como professora de classes, sinto-me privilegiada por ter a honra de ensinar a Palavra de Deus aos meus alunos”, revela. “No trabalho de senhoras, por sua vez, somos intercessoras da Obra de Deus e responsáveis pelos cultos de quarta-feira. Fazemos uma dinâmica e aprofundamos nos estudos que são ministrados nas escolas bíblicas dominicais.”
Socorro aos enfermos
“Ele se compadece dos fracos e dos pobres e os salva da morte.” Salmos 72,13
O trabalho de acessibilidade entra no rol de serviços importantes prestados pela ICM. Esse projeto teve início em 1997, com o objetivo de auxiliar os surdos e os surdocegos. Seu propósito mudou nos últimos anos — para melhor. Hoje, o intuito é dar assistência àqueles que têm problemas físicos, mentais, intelectuais e sensoriais. A razão para a mudança: ajudar os fiéis a superarem os obstáculos que os impedem de acessar os ensinamentos religiosos.
Uma das formas de ultrapassar essas barreiras é a adaptação do material da Escola Bíblica Dominical (EBD), que atende às necessidades dos portadores de deficiência. A alteração contribui principalmente com as crianças, com os intermediários e com os adolescentes.
A pediatra Maria Amin é uma das principais responsáveis pelo trabalho de acessibilidade. Desde 2004, a especialista transmite os ensinamentos religiosos a diversos públicos: crianças, adolescentes, adultos, idosos, analfabetos, pessoas com transtorno de linguagem e portadores de TDAH.
“Não falamos de inclusão, porque isso já existe pela ação do Espírito Santo no corpo”, afirma Maria. “O que nossos irmãos precisam é de acessibilidade, ou seja, acesso aos ensinos bíblicos doutrinários.”
A eficiência do trabalho de acessibilidade pode ser comprovada na prática. Aos domingos, por exemplo, a ICM transmite cultos em Libras. Basta acessar o canal da Igreja Cristã Maranata no YouTube e dar play. Há ainda cerimônias específicas para deficientes visuais, transmitidas às sextas-feiras no aplicativo Zoom. Mas não é só isso. A lista de benfeitorias inclui uma coletânea de livros em braile e um projeto de construção de acervo tátil das principais passagens bíblicas. O objetivo é claro: ajudar os deficientes visuais
“Incentivamos a participação real nas igrejas”, diz Maria, ao ressaltar a importância do trabalho de acessibilidade. “Auxiliamos os deficientes e os demais grupos que precisam de ajuda. Meu grau de satisfação é enorme.”
Educação para a vida eterna
“Pais, não irritem seus filhos; antes criem-nos segundo a instrução e o conselho do Senhor.” Efésios 6,4
A participação das mulheres também é visível no Grupo Organização e Método. Desde 2019, as voluntárias orientam pais e responsáveis sobre a importância da educação dos filhos para a vida eterna — e, claro, para serem bons cidadãos na vida terrena. Os ensinamentos bíblicos envolvem aspectos proféticos, científicos e práticos.
A professora Fernanda Becalli, 44 anos, explica que o projeto surgiu para atender às necessidades das famílias modernas. “Os pais enfrentam grandes desafios para conservar os valores éticos, morais e religiosos”, diz.
O Grupo Organização e Método tem ainda a participação da professora Kezia Nunes, pós-doutora em educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). “Todos na Maranata trabalham de forma voluntária”, explica. “Isso não nos destitui de uma formação complementar, de uma exigência técnica. Os membros se formam a partir da dinâmica das relações da ICM.”
Os trabalhos de Fernanda e Kezia compõem o Programa Anunciando o Evangelho Eterno. A atração vai ao ar às sextas-feiras, pela Rádio Maanaim e pela TV Web Maanaim. Também está disponível no canal da Igreja Cristã Maranata no YouTube.
Sem oposição
Desde 2018, o Grupo Ciência e Fé promove diversas atividades: aulas em seminários, produção de artigos e matérias em revistas, conteúdo para o canal da ICM no YouTube e trabalho de evangelização no Instagram.
O nome do projeto mostra que o objetivo da Igreja Cristã Maranata não é confrontar nenhum tipo de ciência. Pelo contrário, a instituição acredita que o conhecimento adquirido por meio da utilização de métodos objetivos é fundamental para os seres humanos. A ICM destaca, todavia, que a ciência não concebe a transcendência do homem para a Eternidade — tal dádiva é possível apenas pela Fé em Jesus Cristo.
Membros com diferentes formações acadêmicas, jurídicas e militares e participam do Grupo Ciência e Fé. A equipe é formada por 160 pessoas, incluindo 60 mulheres.
Leonice Rocha, secretária do Trabalho de Acessibilidade da Igreja Cristã Maranata, ressalta a importância da colaboração das mulheres. “É maravilhoso podermos trabalhar na Obra do Senhor”, diz. “Assim como encontramos servas valentes citadas na Bíblia, Deus tem separado servas que têm se dedicado à Obra do Espírito Santo. Com suas experiências de vida, mães, esposas e avós têm sido usadas para levar a Palavra de Deus às crianças e para serem testemunhas em seus lares e no ambiente de trabalho.”
A infraestrutura do Maanaim
O Maanaim Domingos Martins, localizado às margens da BR-262, na Região Serrana do Espírito Santo, possui uma estrutura para a coleta de água de chuva. Esse sistema tem 12,3 mil metros quadrados e distribui-se em telhados e calhas, que podem ser utilizados para o aproveitamento da água. Para o consumo humano, há captação de água através da perfuração de poços. O líquido é bombeado para um complexo sistema de reservatórios, entre reservatórios de fibra e de alvenaria. A quantidade de água captada pelos voluntários é suficiente para abastecer os fiéis durante os eventos.
Existem 20 alojamentos coletivos e chalés no Maanaim. A ICM tem uma equipe voluntária de dez pessoas, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. A unidade possui oito leitos, que englobam atendimento médico inicial e assistência médica complexa. Há também duas salas para atendimento odontológico. O Maanaim tem dois auditórios, com capacidade para 2 mil pessoas, nos quais realizam-se treinamentos e capacitação dos voluntários.
O local abriga dez lanchonetes para atendimento ao público. Também possui dois grandes refeitórios, capazes de receber 1,5 mil pessoas. A quantidade de refeições é calculada pelo número de fiéis inscritos nos seminários e nos encontros. Para um evento com mais de 2 mil pessoas, por exemplo, a ICM prepara 570 quilos de carne, 180 quilos de arroz, 120 quilos de feijão e 180 quilos de verduras e legumes. Alimentos como repolho, alface, salsa e cebolinha vêm das hortas plantadas no próprio Maanaim. E as sobras das refeições vão para a compostagem, num sistema com base em biogás.
Um sofisticado circuito de monitoramento, com mais de 60 câmeras, alcança todas as dependências do Maanaim. Em caso de ocorrência criminosa, a equipe de segurança aciona os agentes de segurança pública.
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