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Edição 10

Carta ao Leitor — Edição 10

A impossibilidade de prever o futuro, as ameaças à democracia e os rumos da retomada econômica

Redação Oeste
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Uma das aspirações da sociedade burguesa, que começou a ganhar forma a partir da segunda metade do século 18, é o controle. Por meio da técnica, do progresso e da ciência construiríamos um modelo capaz de controlar um conjunto crescente de variáveis de modo a assegurar a ininterrupta evolução da qualidade de vida. E foi assim que seguimos e chegamos aqui, crentes nesse cânone burguês — que, em grande medida, sem dúvida nos proporcionou numerosas conquistas. Ao mesmo tempo, a ideia de que tudo pode ser submetido ao controle humano talvez seja uma das razões por trás de nosso desespero diante da pandemia. Pensamos: “Como não fomos capazes de controlar um simples vírus?”.

Pois não apenas o vírus escapou ao controle da ciência, como a própria ciência dá sinais de incapacidade de manter-se na posição de oráculo da sociedade burguesa. Mesmo projeções matemáticas feitas por instituições celebradas e nomes de prestígio mostram-se equivocadas. É esse o intrigante tema sobre o qual se debruça Selma Santa Cruz nesta Edição 10 da Revista Oeste.

Outro tipo de controle, não relacionado ao ideário inconsciente da burguesia, é o que o Supremo Tribunal Federal  (STF) tenta exercer sobre o direito de expressão — objetivamente, estamos falando de censura. Parece haver uma espécie um tanto peculiar de “democracia à la STF” e, dada a relevância do assunto, tratam da questão os colunistas J. R. Guzzo, Augusto Nunes, Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza e Bruno Garschagen. Em momentos de tensão extrema, Alexandre Borges busca inspiração na sabedoria israelita.

Como mesmo na turbulência política convém manter os olhos atentos à economia, o repórter Rodolfo Costa e o editor Wilson Lima foram ao quarto andar do Palácio do Planalto ouvir o general Augusto Heleno sobretudo acerca da visão que os ministros de origem militar têm da retomada econômica.

Boa leitura.

Os Editores.

 

4 comentários
  1. Otacílio Cordeiro Da Silva
    Otacílio Cordeiro Da Silva

    Aqui em minha terra havia um senhor muito divertido, que morreu beirando os 100 anos, há uns 10 ou 12 anos mais ou menos.Sempre bem humorado, viveu a vida quase toda na roça, mas não saía da nossa cidade. Durante todos esses anos, segundo me disse, não viajou pra canto nenhum, só conheceu dois ou três lugares aqui na região mesmo. Gostava de uma pinguinha também, mas só na paz, sem nunca perder a compostura com ninguém. Um dia, quando já tinha 94 anos, nos encontramos no velório de uma tia minha. Sentamos numa pilastra no quintal e começamos a conversar. A um dado momento, arrisquei lhe perguntar: Tiafonso, o que senhor fez de certo na vida, pra chegar assim tão longe? E ele me respondeu na lata: “Eu, a vida toda fugi do perigo”. É, está certo, gostei da resposta. Mas hoje fico pensando: e nós agora, o que vamos fazer, se quisermos vida longa pra nossa democracia: fugimos do perigo ou enfrentamos o perigo?

  2. miguel Gym
    miguel Gym

    Irmãos oremos ao Senhor.Não deixeis que Satanás,o Faraó de Capa Preta,bata a nossa porta de madrugada e com a arma do mal para levar-nos às masmorras do inferno. Oremos para que a esquerda saiba que nunca mais voltará ao poder do Senhor.Que os 11 mandamentos do mal, sejam, pela oração, banidos da nossa casa e nossa família.Vossos servos são fiéis a nossa Bíblia OESTE e seus profetas da verdade.Não nos deixais cair em tentação e com Vosso povo em procissão nas ruas, demos graça ao nosso Rei e Messias para governar com sabedoria e paz. VADE RETRO SATANÁS!

  3. Rozemeire Silva
    Rozemeire Silva

    Vejo esta situação exatamente da mesma maneira, precisamos com urgência que se de um breque nas intenções do STF se não partiremos para a história como o mais covarde dos povos

  4. Paulo Ângelo Lima Teixeira
    Paulo Ângelo Lima Teixeira

    Me desculpem o que eu vou dizer , parece ser de um ativismo muito grande. Não sou e nunca fui um ativista político. Mas ao ver citado, general Heleno, Israel, revista de direita, e um grande movimento para fechar os canais de direita por um “Programa e Cidadania” a ser votado em uma hora tão frágil para o país. Me senti motivado a escrever este comentário. Os que estão preocupados em perder o controle do que entra em seus bolsos e arruinar o país sem patriotismo nenhum, inclusive já ouvi de um político, que teria que aproveitar a oportunidade de enriquecer o mais rapidamente, pela posição em que estava e por não saber se seria eleito novamente. Os que estão por trás desta situação atual, tem uma fome muito maior. Não querem perder esta fonte que jorra. O nosso povo, talvez até não tenha uma consciência do que nos espera, mas estão com uma preocupação interior muito grande. Com a doença, morte, pela perda de seus empregos, por uma provável miséria, sua, de seus filhos, da sua família. Estão angustiados, querem ter seu trabalho de volta sua casa abastecida, de seus filhos terem um futuro melhor. Estão no desespero por uma ajuda. Temos consciência de que estamos próximos de uma ruína, por olharmos para o mundo e ver o que aconteceu com os países que não se mecheram em um momento como este. Estamos em uma hora incomum de nossa história. Podemos ter a ajuda de um governo, também preocupado com a nossa casa, com o nosso povo. Precisamos da ajuda deste movimento de direita que está nas nossas portas, incoformados por anos de ser lastro desses reprensantes de si mesmo. Pedimos uma intervenção de quem possa nos ajudar, para de fato a sociedade possa ter uma roda que começe a andar. Com urgência, muita urgência, possamos por um calço para brecar esta pedra imensa que, com uma velocidade incomum está para nos destruir.

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