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Procurador do Ministério Público de Constas Cristiano Pimentel | Foto: Divulgação
Edição 111

O covidão que embalou o Consórcio Nordeste

Cristiano Paixão Pimentel, procurador do Ministério Público de Contas de Pernambuco, afirma que os escândalos de desvio de recursos destinados ao combate à pandemia continuam impunes

Vinícius Sales

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Mais de dois anos se passaram desde o início da pandemia de coronavírus e o cidadão brasileiro ainda precisa lidar com notícias sobre desvios de recursos públicos na Saúde. Em diversos Estados, ações dos órgãos de controle descobriram verdadeiros escândalos locais com a verba que deveria ter sido usada para combater a covid-19 e salvar vidas.

Na polêmica mais recente, o Consórcio Nordeste, grupo formado por governadores da região, pagou mais de R$ 48 milhões a uma empresa importadora, a HempCare, para fornecimento de 300 ventiladores pulmonares. De acordo com o que ficou definido pelos integrantes do consórcio, cada Estado da Região Nordeste receberia 30 equipamentos, com exceção da Bahia, que ficaria com 60 respiradores. O governador baiano, Rui Costa, à época responsável pelas compras, alegou o erro por não saber inglês. Hemp significa cânhamo, planta que faz parte da mesma família da cannabis, de onde se extrai a maconha. Até hoje, nenhum dos respiradores foi entregue.

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