Desde o seu início, Oeste conta com J.R. Guzzo e Augusto Nunes, dois astros do jornalismo brasileiro, e com figuras estelares como Ana Paula Henkel, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Caio Coppolla e Silvio Navarro. Mas a constelação aqui reunida não para por aí. Abrange nomes que brilham em áreas que ultrapassam as fronteiras da política e da economia.
Nesta edição, por exemplo, Paula Leal, editora do site de Oeste, discorre sobre uma pergunta perturbadora: o que será dos médicos que, formados durante a pandemia, passaram meses trancados em casa, à margem de conhecimentos que só são assimilados na prática? Como salvar uma vida humana apoiado apenas na teoria? Só em 2021, no auge do coronavírus, 25 mil médicos se formaram no Brasil. Essas evidências são agravadas por outra constatação inquietante: das mais de 350 escolas de medicina do país, 90% estão em cidades que não atendem a critérios essenciais para o exercício da formação prática profissional.
Dagomir Marquezi, que semanalmente presenteia os leitores de Oeste com temas que percorrem desde a vida em Marte até a história da saga de James Bond, mostra em detalhes como é o caça sueco F-39 Gripen, a mais recente aquisição da Força Aérea Brasileira. De quebra, o jornalista faz uma retrospectiva de todos os caças que já voaram com o logotipo da FAB. Uma aula repleta de curiosidades, fotos e vídeos — como costumam ser os textos de Dagô.
Com a leveza de quem escreve como se estivesse conversando na mesa de um bar enquanto aprecia uma taça de vinho, Theodore Dalrymple explica o que os ambientalistas têm a ver com a guerra. “O conflito na Ucrânia é, em certo sentido, a primeira guerra causada ou no mínimo propiciada pelos ambientalistas”, afirma. “Se o movimento não tivesse insistido tanto para que a Alemanha abandonasse toda a geração de energia nuclear, o país não seria tão dependente do gás e do petróleo russos e, por consequência, a Rússia talvez não tivesse os recursos financeiros para começar uma guerra.”
O agronegócio continua merecendo atenção especial também nesta edição. Evaristo de Miranda, um dos maiores conhecedores do agro brasileiro, escreve sobre os dez anos de existência do Código Florestal. Intensamente discutida antes de ser votada, essa lei conseguiu garantir a preservação ambiental e a sustentabilidade da agropecuária.
A reportagem de Artur Piva implode dois dos muitos mitos que rondam o setor: o de que a alimentação do povo brasileiro depende mais dos pequenos do que dos grandes produtores rurais e a ideia de que o agronegócio alimenta o mundo, mas deixa o brasileiro passando fome. “Na prática, quase todos os alimentos consumidos no país têm origem local”, mostra Piva. “Tanto que a exportação agrícola foi dez vezes maior que a importação: praticamente 120 milhões de toneladas, contra 12 milhões de toneladas.”
Augusto Nunes continua de férias. Mas as estrelas continuam brilhando. E com especial intensidade nesta semana.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
A LEI DA FICHA-LIMPA proíbe que políticos condenados em decisões colegiadas de segunda instância possam se candidatar.
Alô, alô. A Câmara de Indústria e Comércio e SErviços da cidade gaúcha de Bento Gonçalves cancelou evento com Luiz Fux. A pressão foi muito grande da sociedade. Avisa os guris colunistas para analisarem o fato, mas não comentem, pois correm o risco de serem cancelados pelo STF.
R. Dias,
Não consigo dizer mais do que isto: parabéns a todos os da Oeste.
Obrigado.
Prezados editores. O código florestal traz insegurança jurídica já no Artigo Primeiro Paragrafo Único onde se baseia no termo da chamada sustentabilidade de autoria de um dos mentores do Greenpeace, e abraçado salvo engano pelo governo Norueguês. Este termo foi criado para enfraquecer o direito de propriedade, pois tem tudo haver com econômico: na seca, na chuva, no frio, nos embargos comerciais e …Em todo código florestal tem somente dois termos ligados a agronomia: plantas lenhosas e agrossilvipastoril. Fica a dúvida se RL+APP são insuficientes para o equilíbrio? Preste atenção que APP ocupa área expressiva, por Ex. Em curso de água de 40 cm de largura se exige 30 metros de mata nativa em cada margem, totalizando 60 metros de largura, que em solo de alta aptidão agrícola constitui-se em exagero. A fome no mundo a gente olha depois.
Excelente edição.
É para se ler de cabo a rabo.
Essa revista é de um jornalismo que dá inveja a qualquer jornalista ou Jornazista
Eu também gosto de ler o editorial. Como antigo participante dos “veículos de comunicação” digo que na outra encarnação quero voltar ao trabalho e me candidatar a colunista da revista Western. Os pupilos desta Oeste, na lista dos melhores da América, sabem que não podem passar das quatro linhas. Mas, eu posso. O STF recriou o SNI e o Dops. Analisem e pensem um pouco e verão que estou com a razão. Vigiam, espionam, cancelam, prendem, multam e ainda por cima chamam o povão de imbecil. Diziam que o Bolsonaro daria um golpe. Quem recria o SNI que faz o que quer e não da mínima para o povo, imprensa, políticos, congresso e o presidente da república é porque o poder já chegou ao limite. Importunar pessoas que nem sabemos quem são os inimigos da democracia e do estado direito é lançar a mão da censura com ímpetos de segredo e sigilo absoluto. Colocar o presidente num processo que, segundo as palavras de Fux, envolve terrorismo é algo gravíssimo. Como é que as Forças Armadas, Serviços de Segurança, Abin, FBI, CIA e outros organismos que estão sob o manto da ONU não sabem que existem um foco terrorista no Brasil? Que eu sabia alguns jornalistas e políticos de esquerda é que eram terroristas e guerrilheiros…
Enfim, se eu colocasse isto na imprensa como cartinha do leitor ou uma opinião com um espaço concedido para “coluna” estaria frito. Aliás, acho que já estou sendo vigiado.