No presente momento, o capitalismo tem sofrido inúmeras críticas, por diversos atores, dentre os quais parte da mídia, políticos e intelectuais que não gostam desse sistema e têm no anticapitalismo sua segunda religião. Os governos sempre buscam um culpado para as crises que eles próprios causaram. Muitas das críticas ao capitalismo são até justificáveis, mas não se devem à economia de mercado, e sim pela intervenção do Estado. Devido à falsa narrativa de que o mercado é imperfeito, os governos intervêm, gerando distorções nos resultados que seriam proporcionados pelo capitalismo, e, quanto mais os governos regulam, mais distorções surgem, gerando um círculo vicioso. Já é sabido que o intervencionismo do Estado no mercado não realiza os seus fins pretendidos. Para o exercício do puro capitalismo, algumas condições são necessárias, como o direito de propriedade, livre e competitivo mercado, respeito aos contratos, iniciativa privada livre para empreender sem interferência de governo e o Estado Democrático de Direito, embora o exemplo de capitalismo na China tenha, até então, sobrevivido em um ambiente diferente.
Desde a publicação da obra A Riqueza das Nações, de Adam Smith, em 1776, o mundo nunca mais foi o mesmo, e o advento do capitalismo foi o maior acontecimento de todos os tempos. Adam Smith compreendeu que o livre-comércio não é um jogo de soma zero, mas um jogo que beneficia ambas as partes. Graças ao capitalismo, houve uma grande criação de oportunidades de emprego para absorver o excesso de trabalhadores miseráveis do campo que migraram para as cidades em busca de meios de sobrevivência, e pessoas tiveram de se especializar para atender à demanda dos empreendimentos. Foi iniciado um processo contínuo e que se tornaria sofisticado nas transações de bens, serviços e dinheiro. O ciclo de importações e exportações se intensificou de tal forma que foi criada uma interdependência natural entre países. O capitalismo proporcionou a formação de novas classes sociais advindas do progresso proporcionado pelas livres trocas entre pessoas, empresas e países. Com isso, a renda aumentou, e os cidadãos passaram a consumir mais produtos e serviços, obtendo mais conforto, melhor qualidade de vida, maior longevidade e vivendo novas experiências muito mais felizes.
Quando a “mão invisível do Estado” prejudica o funcionamento da “mão invisível do livre-mercado”, o progresso fica comprometido
O capitalismo proporcionou ao homem dar asas às suas ambições, e, graças às empresas em busca do lucro, vivemos hoje com confortos outrora jamais pensados. Os humanos atingiram o seu ápice numa civilização de contínua prosperidade, apesar da existência de áreas subdesenvolvidas, como o continente africano, por ausência de capitalismo. No entanto, os exemplos de Dubai e Abu Dhabi são o testemunho da capacidade do capitalismo de transformar, em poucos anos, tribos do deserto em sofisticadas civilizações.
A chamada “ganância capitalista” foi o que motivou homens de negócios e trabalhadores ambiciosos a ajudarem centenas de milhões de pessoas a saírem dos grilhões da pobreza. Pelas lições da história, jamais existiu um sistema que produza e distribua mais riqueza do que o capitalismo funcionando adequadamente por meio do livre-mercado. Quando a “mão invisível do Estado” prejudica o funcionamento da “mão invisível do livre-mercado”, o progresso fica comprometido, embora uma das ideias mais desacreditadas, o protecionismo, tenha ganhado apoio, sob a aparência de estimular a economia.
Vivenciamos uma crise de grandes proporções devido a governos injetarem enormes somas de dinheiro na economia, obviamente, distorcendo o mercado. A destruição de riqueza, caso venha a acontecer por causa dessa crise, deve ser colocada no contexto e comparada com a enorme criação de riqueza e a melhora do bem-estar durante as décadas passadas. Observa-se, em todo o mundo, uma clara e direta correlação entre liberdade econômica e prosperidade dos povos. O princípio básico para o florescimento do capitalismo é a liberdade individual, política e econômica.
Não existe sistema mais justo que o capitalismo!
Precisamos de mais capitalismo!
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O grande desafio do capitalismo é compreender o que vem a ser a essência da ideologia de esquerda e porque que ela se opõe ao capitalismo. É a falta desta compreensão que faz com que a esquerda ganhe terreno no mundo.
O erro fundamental da esquerda é imaginar que a desigualdade é um mal e que devemos, especialmente o Estado, lutar contra ela. Na verdade muitos que se julgam de direita abraçam este equívoco. Um equívoco que encontra terreno fértil na mídia, na arte e na religião para florescer em mentes frágeis.
O primeiro erro é confundir desigualdade com injustiça. O segundo, é confundir desigualdade com impermeabilidade social.
A desigualdade em si é um bem, é algo que traz progresso e riqueza para todos, é algo natural na espécie humana.
A esquerda crê que a desigualdade seja um mal, que deve ser combatido pelo Estado, pela força, o que acaba gerando mais desigualdade, injustiça e miséria para todos.
Infelizmente poucos compreendem isto.
Concordo com o autor do texto. Ainda não surgiu um sistema que tenha possibilitado uma mudança significativa para melhor na vida das pessoas como o capitalismo.
Apenas discordo da mão invisível do Estado – ela é bastante visível!!!
Errado: precisamos ser apresentados ao capitalismo. Depois é que poderemos exigir mais. Ele ainda não deu as caras por aqui.