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Foto: Shutterstock
Edição 125

Indignação e inconformismo

Apesar de constar em nossa Constituição que todos os cidadãos são iguais perante a lei, isso não é verdade

Salim Mattar

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Muitos brasileiros estão indignados e inconformados pela forma como o Brasil tem sido conduzido nos últimos anos. Criaram excesso de governo nas esferas municipal, estadual e federal, agigantaram a máquina, não conseguiram fazer a estrutura pública funcionar de maneira eficiente, a burocracia continua infernizando a vida do cidadão, mantiveram a voracidade do Estado na arrecadação de impostos e, principalmente, baixa contraprestação de serviços aos cidadãos, o que mostra a falência do aparato estatal em cumprir seus objetivos.

A monstruosa arrecadação é suficiente apenas para custear a onerosa, lenta e gigantesca máquina estatal, e pouco sobra para os investimentos necessários à infraestrutura e ao saneamento. A população é prejudicada pela deficiência e pela má qualidade na educação, na saúde e na segurança. E não é por falta de recursos, pois estes são abundantes. Os Ministérios da Saúde e Educação, por exemplo, possuem os maiores orçamentos. É questão de falta de competência na administração e na gestão do dinheiro dos pagadores de impostos. É falsa a afirmação de que se trata de dinheiro “público”. Não existe dinheiro público, existe o dinheiro que pertence aos cidadãos, arrecadado de forma coercitiva, mas ainda assim continua sendo dinheiro do povo, e o governo é apenas o administrador desse monstruoso caixa e o faz de forma muito pouco eficaz. Na maioria das vezes, essas alocações dos recursos seguem uma ordem de prioridade de acordo com as expectativas e as necessidades dos partidos, dos políticos e dos governantes de plantão, e não do povo.

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