A empresa brasileira Semantix anunciou a sua primeira aquisição, menos de um mês depois de ser avaliada em US$ 1 bilhão. Como anunciado antecipadamente por Oeste na noite de quarta-feira 31, minutos depois de uma reunião com investidores, a companhia do empreendedor paulistano Leonardo Santos comprou a health tech brasileira Zetta Health Analytic. A Zetta, fundada em 2019, oferece serviços de análise de dados a gigantes do setor de saúde. Foi um feito rápido para uma empresa que estreou há poucas semanas na bolsa norte-americana de tecnologia Nasdaq, em Nova Iorque. Com sede em São Paulo, a Semantix é a primeira deep tech brasileira listada na bolsa norte-americana, num ano em que o mercado financeiro global anda hostil a qualquer negócio que envolve tecnologia. Deep tech é o nome que se dá a empresas que fabricam tecnologia para outras empresas.
Da zona norte…
Faz exatos cinco anos que o empreendedor Leonardo Santos chegou para a equipe e anunciou o objetivo de levar a Semantix (fundada por ele em 2010) para a bolsa norte-americana Nasdaq até 2023, quando completará 40 anos de idade. No dia 4 de agosto, Santos tocou o sino da Nasdaq na abertura da companhia, ao lado de sócios e funcionários. Para ele, os simbolismos desse momento são enormes: Leonardo é de uma família de classe média da zona norte de São Paulo e se define como um curioso nato, ambicioso, cuja inspiração é Ayrton Senna. Na adolescência, vendeu o carro para estudar no Vale do Silício, na Califórnia. Está na área de tecnologia e dados desde os 16 anos, quando virou um beta tester da Microsoft. Beta tester é uma espécie de ajudante de desenvolvedores de produtos em versões beta. Do Brasil, ele reportava bugs, melhorias e novas funcionalidades do gigante de Bill Gates.
…à Nasdaq
Uma semana antes de anunciar a primeira aquisição pós-Nasdaq, o fundador e CEO recebeu Oeste na sede da empresa, no bairro de Perdizes, em São Paulo. “Meu sentimento é de gratidão, sem dúvida, pelas pessoas que acreditaram na companhia e no planejamento estratégico que fizemos em cinco anos”, diz. “Começa agora o futuro. Estamos no caminho de algo muito grande, e os talentos que emergem são fundamentais.”
O dado é o novo petróleo
A Semantix é uma companhia de software especializada em dados e inteligência artificial. Tem 400 clientes em 15 países, como a montadora Mercedes-Benz, o banco Bradesco e o gigante de tecnologia Samsung, e deve faturar mais de R$ 300 milhões, com alta de 25%, em comparação com o ano anterior. “Somos uma empresa de tecnologia que cria valor em cima do dado, a partir de uma plataforma única no mercado que faz desde a ingestão do dado até a gestão de algoritmos em cima do que coleto”, diz Santos.
“O dado é o novo petróleo” virou uma máxima para muita roda de conversa que se aprofunda para o meio tecnológico, sobretudo corporativo. “Décadas atrás, o petróleo gerava vários produtos, como a borracha e a gasolina”, diz. “O dado é a mesma coisa agora. Ele é a matéria-prima da nova economia, da inteligência artificial. Sem o dado, você não consegue criar o algoritmo ou até mesmo entregar valor a sua área de negócio. Toda e qualquer empresa vai precisar dos dados.” A importância deles na economia atual pode ser exemplificada com a atual compra feita pela Semantix: a Zetta tem a finalidade de reduzir os gastos dos mais de 600 clientes, por meio de inteligência tecnológica, com a missão de fazer com que o sistema de saúde seja mais sustentável.
Procura-se: gente curiosa
O recurso injetado há poucas semanas na Semantix será usado imediatamente para aumentar a equipe de engenharia e dados. Até o fim do ano, mais de 300 profissionais deverão ser recrutados. Os de tecnologia da informação são a massa de mão de obra mais desejada por eles, como por uma variedade de empresas no Brasil e no mundo. “Buscamos gente curiosa, com vontade de inovar, de trazer novas linguagens”, diz Santos. “As empresas identificaram que a tecnologia não é apenas um diferencial competitivo, mas uma questão de sobrevivência. Criar novos produtos e novas linhas de receitas tem tudo a ver com a tecnologia. Essa é a transformação digital das companhias no mundo.”
Bandeira brasileira no mundo
A obsessão atual de Leonardo Santos é transformar sua Semantix em uma companhia global. A plataforma já é utilizada em 20 países, e a empresa possui quatro escritórios: Brasil, México, Colômbia e Estados Unidos. Ele se mudou com a família há poucas semanas para Miami, para se estabelecer num dos mercados em que vê maior potencial de crescimento. “Vamos levar nossa bandeira para o mundo”, diz. “Sem dúvida, nosso país precisa disso.”
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O show dos vendedores
Depois de dois anos só com evento on-line, o Mercado Livre voltou a fazer o tradicional encontro presencial entre vendedores do maior comércio eletrônico da América Latina. E não teve para ninguém: na quarta-feira 31, 12 mil vendedores, de todos os cantos do país, apareceram no Transamérica Expo Center, em São Paulo, para uma bateria de palestras e o famoso networking.
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O dono e o inquilino
Dona de 185 mil contratos de aluguéis de imóveis no Brasil, a plataforma QuintoAndar fez testes por dez dias em cidades brasileiras. E anunciou a novidade da semana: deixou livre a locação direta entre proprietários e inquilinos, sem o intermédio de terceiros — no caso, a própria QuintoAndar. Após os testes, a empresa diz que aumentou 7% na listagem de novos anúncios. Essa foi a deixa para liberar para todo o país esse contato direto. A empresa quer aumentar o número de clientes em sua base.
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Nova era eu já passei
Todo mundo escuta falar de “ALGORITMOS” mas poucos sabem o quê deu origem REAL a essa ferramenta que, HOJE, alia matemática/estatística e IA para INFERIR resultados exitosos.
Na segunda grande guerra a “Batalha do Atlântico” foi o primeiro grande desafio para os Aliados tentarem retomar a Europa e África…. Os EUA não conseguiam abastecer as frentes de batalha com equipamentos/alimentos.
SUBMARINOS ALEMÃES destruíam comboios inteiros.
Dai surgiu a necessidade de terem uma BASE no Rio Grande do Norte…tamanha era a importância de se constituir essa BASE que os EUA estava preparados para INVADIR o Brasil CASO Getúlio não aceitasse a CSN dentre outras coisinhas (espelhinhos).
Conseguida a BASE para melhor logistica de combate aos submarinos, restou o PIOR problema de todos….ONDE OS SUBMARINOS ESTAVAM???
Usaram a ferramenta “PROGRAMAÇÃO LINEAR” HOJE…mais elaborada, inteligente e rebuscada e com enorme capacidade de processamento…. chamasse ALGORITIMO!
Lembrem-se antes de criticar!
Se você mapeia de forma eficaz sua logística….VOCÊ CONSEGUE DESCOBRIR A LOGITICA DE SEUS INIMIGOS….rotas, portos, pontos de abastecimento no mar ou em terra…os aliados descobriram onde provavelmente os submarinos alemães estariam vulneráveis.
A CAÇADA AOS SUBMARINOS TINHA METODO!
Conheço bem a Semantix… conheci o Léo Oliveira e o Léo Santos em 2011, um pouco antes deles fundarem a empresa… incrível o crescimento… surfaram a onda do big data quase que sozinhos até recentemente…