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Edição 14

Carta ao Leitor — Edição 14

Nossa desconfiança em relação ao senso comum está a serviço do leitor

Redação Oeste
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Na sua edição de lançamento, em 27 de março deste ano, a Revista Oeste expôs na capa a reportagem “Como voltar a produzir — As lições, os aprendizados e os equívocos com os quais o Brasil pode aprender para retomar a atividade econômica”. Apenas cinco dias depois do primeiro decreto de confinamento no país, assinado em São Paulo pelo governador João Doria, a Oeste já propunha o debate acerca da efetividade das medidas restritivas à economia. Agora, um estudo insuspeito do banco J. P. Morgan, uma das maiores instituições financeiras do mundo, constata que os lockdowns não contribuíram para o achatamento da curva de contaminação do coronavírus. Mais: a tal “Ciência” que fundamentou decisões políticas era na verdade um conjunto de análises de extrema fragilidade. Como resultado, o número de vítimas dos lockdowns tenderá a ser superior ao das mortes causadas pela covid-19. É esse o tema da matéria de capa desta Edição 14 e também do artigo do escritor Guilherme Fiuza.

Desde o início da pandemia, Oeste tem publicado reportagens e artigos, na revista e no site, com questionamentos sobre a base técnica das políticas públicas. Com firmeza, depois de analisar decretos, portarias e resoluções de prefeitos e governadores, assinalamos que, objetivamente, os atos eram mais políticos do que em favor da saúde da população.

Um certo nível de desconfiança quanto ao senso comum é componente importante do bom jornalismo. Ao suspeitar que o clamor antifake news tem potencial de produzir legislações autoritárias, Selma Santa Cruz foi atrás de dados e pesquisas para fundamentar seu artigo, “Quem manda nas redes?”. Augusto Nunes também desconfia dos democratas de ocasião, e Ana Paula Henkel, dos ativistas cujo objetivo é “cancelar” todos os que apresentem ponderações a suas propostas radicais.

O foco da inquietação da editora Paula Leal foi o consenso anticloroquina. Por que, afinal, a mídia se apressa em divulgar a mais remota dúvida sobre o medicamento, sem a devida atenção ao processo de checagem de informações? A matéria “O perigo do debate político sobre a cloroquina” discorre sobre o assunto.

J. R. Guzzo trata com sua proverbial clareza de uma suspeita que é pauta de conversas reservadas em rodas influentes mas não ganha as páginas da imprensa. E Bruno Garschagen aponta quanto a credulidade nos modelos contemporâneos de educação contribui para a formação — ou deformação — de jovens despreparados para enfrentar adversidades.

Na Revista Oeste, a desconfiança de repórteres, editores e articulistas está a seu serviço.

Boa leitura.

Os Editores.

21 comentários
  1. Caubi Iram Ataide De Oliveira
    Caubi Iram Ataide De Oliveira

    ESTAVA FALTANDO UMA ALTERNATIVA À O ANTAGONISTA. QUE BOM QUE CHEGARAM. SÓ ESPERO QUE MANTENHAM A LINHA EDITORIAL DE NOS INFORMAR, DEIXANDO-NOS LIVRE PARA OPINAR. DE MINHA PARTE TERÃO MEU RESPEITO E A MINHA ASSINATURA.

  2. Paulo Antonio Neder
    Paulo Antonio Neder

    Fui leitor do Estadão durante cerca de 60 anos. Não renovei a assinatura. Já havia cancelado a “Veja”. Há poucos dias já avisei à Crusoé que não iria renovar a assinatura (colocaram uma cláusula de renovação automática, um absurdo).
    Espero que a Revista Oeste continue sendo realmente informativa, confiável e um esteio para seus assinantes.

  3. Fernando Cortopassi De Oliveira
    Fernando Cortopassi De Oliveira

    Até duas semanas atrás, era assinante do Estadão (mais de uma década) e da Crusoé – ambas canceladas, infelizmente. Da primeira, por conta da linha editorial seletiva – não quero que apoiem o atual presidente mas que sejam isentos, como o mandamento da profissão de jornalista. Da segunda, pela guinada covarde daqueles que se sujeitam ao status quo. Vinham fazendo matérias esclarecedoras sobre os homens de toga até que foram censurados e chamados a depor. Dali por diante, sumiram as matérias sobre os onze – assim como sumiram as matérias sobre os hackers… ninguém mais fala disso na imprensa! A Oeste nasce com a tropa que vem denunciando atos espúrios desde o mensalão e se consolida como um oásis. Pessoal, não deem trégua e não se vendam e, muito menos, aos seus princípios.

  4. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Tá bom. Mas continua um fantasma rondando as estatísticas oficiais. Aqui no Sul cerca de 2000 trabalhadores testados em diversas empresas não foram notificados aos agentes públicos. Ou seja, se colocassem mais 2000, a abertura estaria ameaçada Só que as mortes e internações aumentaram. Além da corrupção temos também frágeis estatísticas. Alguns prefeitos manipulam para cima para conseguirem verbas e outros manipulam para baixo para poderem abrir o comércio e a indústria. Enfim, estão tomando consciência de que há necessidade de união para equipar hospitais, deixar bons estoques de medicamentos, convocar e contratar mais profissionais, mais testagem e pedir colaboração da população para se cuidarem. Cada região tem suas peculiaridades. Umas cidades estão com sorte de terem bons administradores (prefeitos) e noutras estão com azar, pois as autoridades estão mostrando incapacidade e ignorância.

    1. Eric Kuhne
      Eric Kuhne

      Não é sorte ou azar… cada cidade têm o prefeito que elegeram

      1. Paulo Ângelo Lima Teixeira
        Paulo Ângelo Lima Teixeira

        É um dos maiores erros da Democracia. E

      2. PAULO ANGELO LIMA TEIXEIRA
        PAULO ANGELO LIMA TEIXEIRA

        Colocarmos crianças, analfabetos funcionais, e etc para escolher o gestor de uma grande empresa, é pedir para que ela seja destruída. É o que sempre fazemos em nossas eleições. É uma loteria, a grande maioria perde.

  5. Juliano Ferreira Faria
    Juliano Ferreira Faria

    A Oeste com certeza tem os melhores textos, repórteres e articulistas! Parabéns aos editores!

  6. G.E. Figueiredo
    G.E. Figueiredo

    Fui assinante da Crusoé, Antagonista, Estadão, Veja, Correio Braziliense e Folha de São Paulo. Cancelei uma a uma as minhas assinaturas e, atualmente, leio apenas a Oeste.

  7. Ruy Quintão
    Ruy Quintão

    Deixei de ler a Crusoé quando o Sabino disse “chega” e passou a atacar o governo. Eu procurava jornalismo e o que encontrei foi parcialidade.
    Estarei com a Oeste enquanto a revista oferecer jornalismo sério.

  8. Ibrahim Cotait Neto
    Ibrahim Cotait Neto

    Também eu. Assinante por 40 anos do Estadao fiquei indignado com os editoriais do “seu Pereira” diretor do Editorial. Além os Leitores de estimação.
    Bom, continuo recebendo o Estadao porque me serve para forrar a gaiola do papagaio!
    Sou grato por ter e ler a Revista Oeste

    1. Renato Ramos De Carvalho
      Renato Ramos De Carvalho

      Essa do papagaio foi ótima, coitado do bichinho…kkkk

  9. Altair José Alves De Souza
    Altair José Alves De Souza

    Era assinante de Crusoé e não estava mais satisfeito com a linha editorial, uma vez que estavam parecendo a folha de são paulo(assim mesmo, minúsculo). Ao ler as opiniões de leitores a respeito de uma matéria, vi que alguém também não estava satisfeito e falou a respeito da OESTE. Curioso, fui dar uma olhada. Fiquei super alegre ao me deparar com J.R.Guzzo, Fiúza, Augusto Nunes, Paula, etc.. Não tive dúvidas. Cancelei a assinatura. Cancelei, também, a Gazeta do Povo. Estou super satisfeito com OESTE. Para ficar melhor, ainda, chamem o Rodrigo Constantino. Abraços a todos dessa revista.

  10. Alberici Marques Da Silva
    Alberici Marques Da Silva

    Cancelei recentemente minha assinatura na Crusoé e assinei a Revista Oeste.
    O que desejo é apenas a notícia, sem que repórter algum tente deturpa-la ou menosprezar a minha inteligência.

    1. Giovani
      Giovani

      É o que estou fazendo agora!

  11. Iramar Benigno Albert Júnior
    Iramar Benigno Albert Júnior

    Também fui assinante da Crusoé por mais de um ano, quando começaram a escrever porcarias, cancelei e passei a ler a Oeste. Plenamente satisfeito com suas edições e notícias diárias. Junto com o Jornal da Cidade On Line são sem sombra de dúvidas minhas melhores fontes de informações.

    1. Luciano Vasconcellos
      Luciano Vasconcellos

      Exatamente o que fiz.

  12. Ary Azevedo Franco Neto
    Ary Azevedo Franco Neto

    Jamais poderia imaginar como seria difícil encontrar um “porto seguro” de informação e de opinião, sem que um contamine ou seja contaminado pelo outro… Sou “órfão” da Cruzoé que, de início, me parecia lúcida, mas com o passar do tempo, em especial os últimos seis meses, minha indignação com o que lia moveu minha preguiça e cancelei a assinatura. Obrigado por essa Oeste que foca no “norte verdadeiro”…

    1. Ary Azevedo Franco Neto
      Ary Azevedo Franco Neto

      Acabo de me dar conta do meu erro de grafia “Cruzoé”, ao invés de “Crusoé”. Veio a calhar, belo ato falho, a rigor, “z” nada mais é do que a última letra do alfabeto….
      Que a linha editorial dessa Oeste, pela iniciativa, se preserve firme!

  13. Júlio Rodrigues Neto
    Júlio Rodrigues Neto

    A Revista Oeste faz um grande trabalho. Chegou na hora certa para evitar que a Nação desintegre, com os ataques constantes de antipatriotas. O meu sincero agradecimento a toda equipe que integra esta excelente publicação.

    1. Renato Ramos De Carvalho
      Renato Ramos De Carvalho

      Parabéns a toda a equipe da Revista do Oeste. Tendo eu me decepcionado com Veja, Estadão, Gazeta do Povo, O Antagonista e Crusoe, restou o oásis de bom e verdadeiro jornalismo praticado pela Revista do Oeste. Obrigado por não me fazer perder as esperanças..

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