O disparate perpetrado pelo Supremo Tribunal Federal foi reeditado no Senado. O inquérito das fake news no STF e o PL 2.630/20, aprovado na terça-feira 30 de junho, são aberrações impensáveis em qualquer país democrático.
Observam-se atrevimentos dessa natureza em diversas nações, para a perplexidade de todos os defensores dos valores sobre os quais a civilização ocidental foi construída. Recentemente, a Corte Constitucional Francesa rejeitou uma lei aprovada pelo Parlamento, similar ao PL do Senado, sob a justificativa de que, na prática, se tratava de restabelecer a censura. E mais: havendo uma instância com atribuições para julgar se determinado conteúdo configura ou não “discurso de ódio” ou “fake news”, a Justiça estaria sendo terceirizada.
No Brasil, na eventualidade de o PL virar lei e o assunto ser levado ao Supremo, os sinais são de que os ministros do STF não seguirão o exemplo dos juízes constitucionalistas franceses. O artigo de J. R. Guzzo, capa desta Edição 15 da Revista Oeste, expõe todo o absurdo dessa lei da mordaça. Agora, convém que a sociedade exerça pressão sobre a Câmara dos Deputados, como alerta Ana Paula Henkel. O colunista Guilherme Fiuza também trata do tema, apresentando um diálogo tão nonsense quanto a tal lei que o Senado almeja estabelecer.
A vigilância também é exigida quando o foco é o uso do dinheiro do pagador de impostos. A repórter Roberta Ramos foi investigar o volume de recursos aplicados na montagem de hospitais de campanha e descobriu que a contratação de leitos na rede privada seria uma alternativa mais racional, embora menos midiática. E a editora Branca Nunes, com os repórteres Cristyan Costa e Artur Piva, fizeram uma alentada pesquisa sobre os custos do STF. Veja o resultado do dossiê e tire suas próprias conclusões.
Em Brasília, o repórter Wesley Oliveira esteve com a ministra Damares Alves para apurar como está sendo utilizado o orçamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. A conversa com a recordista de popularidade da Esplanada resultou na entrevista que é destaque nesta edição.
Lembrando que política também pode ser feita com respeito à beleza, o cientista político Bruno Garschagen oferece ao leitor um artigo de notável elegância.
Boa leitura.
Os Editores.
É uma ótima revista.
A Revista Oeste veio para balizar e equilibrar o bom Jornalismo levado a sério. quem nao se balizar por este bom jornalismo serao esmagados pela opiniao pública.
Parabéns pela Revista! Espero que cresça a cada dia mais e mais.
A Revista Oeste é muito boa, mais pelos articulistas e entrevistas, que pelas reportagens diárias, ainda com muitos erros