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Gisele Bündchen causa alvoroço na Sapucaí | Foto: Divulgação
Edição 153

A ladeira abaixo da Globo e o meio do caminho das startups

O recorde negativo da Rede Globo no Carnaval, os próximos unicórnios brasileiros e a "única profissão que vai sempre funcionar"

Bruno Meyer
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O Carnaval brasileiro viveu uma controvérsia neste ano. Com ruas e arquibancadas cheias, camarotes abarrotados de gente e Gisele Bündchen no centro de um deles, a Rede Globo — detentora das transmissões dos desfiles das escolas de samba — vendeu uma mísera cota de publicidade de cinco disponíveis no mercado. É um recorde negativo que choca até mesmo a ala um tanto otimista da área comercial da emissora, que acreditava que, na semana anterior aos desfiles, mais marcas poderiam entrar. Não entraram — e o estrago acende um sinal amarelo nas próprias escolas de samba cariocas e paulistas, que recebem dinheiro da emissora pelas transmissões.

Gisele Bündchen | Foto: Reprodução

O Carnaval encalhado

A área comercial da Globo já viveu esse sufoco em 2022. Em maio, meses antes da Copa do Mundo, a emissora penava para vender as cotas de patrocínio — a ponto de um importante anunciante dizer à coluna que, em anos anteriores, a emissora já teria nesse período vendido 90%. Em 2023, mesmo com um evento de menor proporção que uma Copa, a situação foi pior: só a Ambev fechou. O que pode ter acontecido? “O consumo de imagens mudou: não há mais a hegemonia de um único meio para exibi-las, a audiência se divide em diversas plataformas, e, claro, as verbas publicitárias são cada vez mais fatiadas entre os meios”, diz o empresário e estrategista de imagem Luciéllio Guimarães. “Nunca mais será como antes. Se apegar às velhas fórmulas é nostalgia, e não estratégia.”

Imperatriz Leopoldinense, campeã do Carnaval do RJ em 2023 | Foto: Ismar Ingber/RioTur

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Entre a glória e a escassez

O Brasil deve viver um 2023 no “meio do caminho” nos investimentos em startups do país, se comparar o ano glorioso de 2021 e a queda de 2022. Essa é a opinião de João Ventura, investidor de empresas como o QuintoAndar e CEO da plataforma Sling Hub, focada em startups da América Latina. Em 2021, as startups brasileiras receberam US$ 10,5 bilhões em investimentos. No ano passado, o volume investido teve uma queda de 50%: US$ 5,2 bilhões, um valor considerado bom, maior que 2020, mas longe do ápice vivido antes.

Frente da sede do banco digital Nubank, em São Paulo | Foto: Shutterstock

Os unicórnios brasileiros

Os unicórnios — empresas que passam a valer mais de US$ 1 bilhão — também reduziram em 2022: foram apenas dois cases brasileiros, as fintechs Neon e Dock. Para efeitos de comparação, em 2021, esse número chegou a dez. O freio dos investimentos em startups se deve sobretudo a um fator econômico: a escalada de juros no mundo diminuiu o apetite por ativos de risco, como a renda variável. Mesmo assim, as startups ainda devem atrair bons investimentos em 2023. “Há muitas que receberam aportes nos últimos seis a nove meses e devem fazer rodadas maiores neste ano”, analisa Ventura.

Os Nubanks genéricos

Qual é o “próximo Nubank”, a mais famosa fintech brasileira? Eis uma pergunta que circula no ecossistema das startups. Para Ventura, as fintechsstartups do ramo financeiro — seguem dominantes na preferência de muitos investidores, mas há uma segunda onda que surgiu recente: bancos digitais que se especializam em produtos específicos

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“O empreendedorismo sempre vai funcionar”

Fernando Dolabela: mais de 350 mil exemplares com livro sobre empreender | Foto: Divulgação

A Sextante vai colocar nos próximos dias nas livrarias brasileiras uma nova edição de O Segredo de Luísa, de Fernando Dolabela, título que já vendeu 350 mil exemplares desde o lançamento, em 1998. É uma obra precursora de uma avalanche de livros que apareceu nas estantes do mercado editorial nos últimos anos. Dolabela, uma das vozes pioneiras do empreendedorismo nacional, falou à coluna.

Quais as maiores mudanças no perfil do empreendedor brasileiro e sobretudo no interesse dos brasileiros em empreender? 

Quando comecei, as pessoas não conheciam essa palavra: empreendedorismo. A crença, não só no Brasil, mas também em outros países, era de que a pessoa tinha de ter um dom. Mas não é isso. O que há de novo no mundo, do século passado para este, é que se descobriu que qualquer pessoa é capaz de criar um modelo mental empreendedor. Nos lugares onde o empreendedorismo é ativo e forte são geradas inúmeras startups e empresas de alto crescimento, e tudo porque existe uma cultura empreendedora. As pessoas valorizam positivamente o empreendedorismo, e isso é fundamental.

Qual dica funciona nos dias atuais e que funcionou também em 1999?

De todas as profissões, a única que sempre vai funcionar é o empreendedorismo. Seja na era do conhecimento, da velocidade, seja na era digital: ele vai funcionar. Nós estamos na era da inovação, e o papel do empreendedor é criar o futuro. Não estamos falando de uma atividade que vai se submeter a outras. O empreendedor não se submete. Não por rebeldia, mas porque ele quer expandir a sua criatividade e transformar o mundo.

Qual é o empreendedor brasileiro que mais admira? E por quê?

Eu admiro a Rosanira. Ela mora em São Luís do Maranhão, o avô era escravo. Ela é negra, tem seus 45 anos e há mais de 20 anos comanda uma empresa que gera empregos para outras famílias. Essa é a minha heroína, uma heroína brasileira que, apesar da sua origem e da dificuldade que encontra, é capaz de gerar renda. Há grandes empreendedores que eu admiro profundamente, mas eu estou falando do que o Brasil precisa: de empreendedores da base da pirâmide, que sejam incentivados, apoiados, porque deles depende o Brasil. Para mim, a Rosanira é a grande empreendedora do país.

[email protected] 

Leia também “9 milhões de livros e mais um banco digital”

15 comentários
  1. jose carlos gomes
    jose carlos gomes

    Pena que brasileiro esquece facil!!!!!!

  2. Renato Perim
    Renato Perim

    Bem off-topic, mas me permito comentar: eu simplesmente ODEIO quem fala “São Luís do Maranhão”. Ora, só existe São Luís no Maranhão. Não sei por que idiotas insistem em falar “São Luís do Maranhão”, “Belém do Pará”…

    1. LUCIANO KAROL DE FARIAS CARVALHO
      LUCIANO KAROL DE FARIAS CARVALHO

      Desculpe, existe São Luís do Piauí, Belém do Piauí …

  3. Marcos Antônio Braz lucas
    Marcos Antônio Braz lucas

    Logo mais vou deixar também de visitar o site da Jovem Pan e a TV.

  4. Luiz Carlos Zinato
    Luiz Carlos Zinato

    Lá em casa também não assistimos mais esse “lixo” já faz tempo.
    Existem muitos outros bons canais para se assistir, canais menos Tóxicos, que esse “lixo”. Ladeira abaixo é pouco.

  5. Edson Monteiro da costa
    Edson Monteiro da costa

    Graças ao bom Deus.
    Me livrei não só da globo mais de toda a imprensa esquerdopata militante.
    Desde 2017/18
    Hoje em dia nem futebol eu assisto nesta pocilga.

  6. Sávio
    Sávio

    Não assisto ou consumo zero de informação da globolixo.

  7. Ronaldo De Almeida
    Ronaldo De Almeida

    não vejo a globo ,cnn , sportv a 3 anos ,nem aos debates assisti ,são canais de bajulação a esquerdalha e manipulação

    1. Terezinha de Jesus Miranda Gonçalves
      Terezinha de Jesus Miranda Gonçalves

      Não assisto mais jornalismo na TV desde que começaram a contar os mortos,e o boletim do Dória ia me matar desliguei a TV,né informo por jornais na mídia e não preciso ver a cara do jornalista.

  8. Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva

    Pode não acreditar, mas não vejo a Globo desde o início da pandemia e das entrevistas ridículas do Doria de máscara preta fazendo aquela panca toda. Esqueço que ela existe.
    Gostei demais da entrevista, curta e animadora.

  9. Christian
    Christian

    Quem assiste a Globolixo é quem tem Merd@ na cabeça.
    Passei por uma loja ontem e havia uma briga lá dentro. Muitos palavrões. Quando fui ver, era uma reprise do BBB.
    Isto basta.
    Não precisa falar mais nada.

  10. Alberto Torres
    Alberto Torres

    E pela foto da matéria a ladeira abaixo não é só da Globo.

  11. Ed Camargo
    Ed Camargo

    Ninguém mais quer saber desta GloboLixo. Esse canal passou a ser um portal de entrada dos homossexuais em nossos lares.

  12. Gustavo G. Junior
    Gustavo G. Junior

    A globo afundou. Eu acho é pouco.

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