Na Nicarágua de Daniel Ortega, existem cerca de 220 presos políticos. Na Venezuela de Nicolás Maduro, são 240. Em Cuba, passam de mil. No Brasil de Lula, são mais de 800 — sem contar as dezenas que, mesmo fora do inferno da prisão em regime fechado, continuam com a liberdade amputada por tornozeleiras eletrônicas.
Para simular que adotam o regime democrático, os quatro negam a existência de presos políticos. Os governantes juram que os enjaulados são criminosos comuns, punidos por agirem “contra os interesses do Estado e do povo” (Cuba), pela prática de “crimes de ódio e contra a paz” (Nicarágua) ou por serem terroristas (Venezuela). No Brasil do STF, meteram-se em “atos antidemocráticos”.
Se são criminosos ou inocentes, se foram até a Praça dos Três Poderes ou permaneceram nos acampamentos em frente aos quartéis, se participaram dos atos de vandalismo ou pediram para que nada fosse quebrado — nada disso interessa. Todos são culpados até que consigam provar o contrário. Na capital federal, centenas de presos sem julgamento aguardam, justificadamente ansiosos, a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito que vai investigar o que realmente aconteceu no 8 de janeiro.
Enquanto isso, na cidade gaúcha de Santa Maria, os pais e os filhos de Tatiane Marques, de 41 anos, esperam insones notícias da empresária encarcerada a mais de 2 mil quilômetros de distância. “Naquele dia, Tatiane dormiu com a consciência tranquila”, conta a reportagem de capa desta edição, assinada por Augusto Nunes e Cristyan Costa. “Na manhã de 9 de janeiro, despertou com policiais abrindo as barracas para levar os 1.397 acampados a um ginásio não muito longe do quartel. Depois de passar o dia todo em condições degradantes, ficou sabendo que seria detida na Colmeia, penitenciária feminina, por tempo indeterminado, e sem direito de defesa.”
Tatiane, Aline, Geneilson e Moisés são quatro dos incontáveis inocentes presos há dois meses em companhia dos culpados ainda não identificados. Eles não podem contar com a Justiça, seus dramas não ganham uma linha na velha imprensa. Dois dos 189 deputados que haviam votado pela instauração da CPMI retiraram suas assinaturas do documento.
“É um exagero chamar os manifestantes de golpistas”, afirma o jurista Ives Gandra Martins, em artigo publicado nesta edição. “Não havia nenhuma possibilidade de derrubar um governo. Bastaram algumas centenas de soldados para desfazer o grupo e deter os manifestantes.”
Segundo o jurista, este é o momento de “repensarmos no Brasil a importância do direito de defesa”. Para Gandra, esse direito, inexistente em ditaduras, deveria ser a estrela maior na constelação democrática brasileira.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
LIBERDADE . Item indispensável em uma Democracia. “ Mais vale um boi no pasto que uma boiada no curral “.
Lamentável !
Triste Brasil. O sinônimo de politico, desde que me entendo por gente, é ladrão e o judiciário feito para todos que tem dinheiro e pagam. Jornalista sérios acabaram, o que temos são vendilhões de fake news.
Por isto não assisto a nenhum jornal, minha televisão é ligada para o esporte, assim mesmo sabendo da sujeira que existe.
Lamentável a ditadura.
Prender indefesos é pura covardia daqueles que usam o Poder para cometer atos de vingança sórdida . Como idosos desarmados podem colocar em risco a Democracia .Como nosso exército se prestou , a mando desses senhores , usar os mesmos gestos Nazistas para iludir famílias inteiras . Idosos , mulheres., grávidas , crianças , colocadas dentro de ônibus a sua revelia com promessas inocentes mas levando-o-as para Campos de concentração . Como prender pessoas sem motivo definido, apenas preventivamente . Horrorizado com a sanha Ditatorial de importantes representantes do Poder Judiciário brasileiro . Quando a razão voltar, temos de punir esses maus elementos que povoam nossa República . O tempo passa , as pessoas se vão mas as fotos ficam como testemunhas indeléveis das atrocidades cometidas ..
Oeste se destaca a cada edição pelas posições firmes e corajosas de sua linha editorial, seus articulistas e colaboradores.
Sou assinante da Revista 0este,desde seu início. Seu time de jornalismo é simplesmente o melhor do Brasil, espero sempre as sextas feiras para me informar e admirar o time de excelência. Hoje ressalto dois artigos escritos por Augusto Nunes e Cristyan Costa pelos inocentes presos em Brasília. A única em toda imprensa a relatar de forma precisa e com histórias reais e comoventes uma das partes mais injustas do que vivemos atualmente, orquestrada por um tirano.
Derrubar um governo sem usar uma única arma é uma ficção da cabeça de ovo de Moraes e desse governo maldito e mal intencionado! Espero que quem está cometendo essas injustiças paguem por isso um dia!
Esses patriotas ficaram meses sob sol e chuva pedindo ajuda às FFAA e foram presas debaixo dos narizes das mesmas FFAA de quem esperavam ajuda. Deve ter sido muito frustrante para eles a constatação de total abandono ao serem presas da forma como ocorreu. Gostaria de saber se as FFAA ainda cantam em seus quartéis os seus hinos e canções que invocam suas imensas glórias, seu espírito patriótico, sua bravura, seu desapego pela vida em favor do País, a defesa da Pátria e da bandeira contra inimigos internos e externos, etc. Esses hinos e canções que se cantava no tempo em que eu servi, são muito bonitos e inspiradores.
Esses patriotas não “foram presas debaixo dos narizes das mesmas FFAA”, a própria os entregou a PF (que também se vendeu). Nunca foi admirada, só depois da operação lava jato passou a ter o respeito e admiração, mas durou pouco! Vai demorar a tê-lo!
Mudaram o nome de arruaceiros para preso político?Esses bolsonaristas não tem jeito.
Olha.. Que bacana! Nem tudo está perdido. Um petista que sabe ler. Mas, infelizmente, não sabe interpretar o texto. Como é mesmo o nome desse sujeito? Analfabeto funcional… Ou só petista mesmo… Dá no mesmo.
Sugiro que a revista oeste faça uma enquete, para que serve o STF.?
Senhores o(s) culpado(s) disso são as Forças Armadas do Brasil que de forma covarde, deixaram que isso acontecesse, nosso pais só vai tomar jeito depois que aparecer uma viva alma com coragem para enfrentar o sistema, temos ministros colocando suas esposas como funcionárias Vitalícias dos TCE’s. Aí eu me pergunto até quando? Mas vida que segue o Amor Venceu!
Muito orgulho de ter a assinatura da Revista Oeste. Revista dissemina a Verdade e que realmente defende os princípios da Democracia. Parabéns a todos os integrantes da Revista.
A sociedade em uníssono tem que diuturnamente gritar pela liberdade dos presos políticos e lhes dar apoio pra reconstrução de suas vidas.Esta deve ser a prioridade de cada cidadão ,dos políticos de bem,da mídia que ainda tem representantes que podem falar.