Indivíduos agem. Logo, indivíduos devem ser responsabilizados por seus atos. Claro que as ideias e os valores disseminados no entorno podem influenciar tais ações, mas, quando deixamos de culpar o próprio indivíduo por seus malfeitos, temos um convite a novos erros. Por isso a impunidade é um mecanismo perverso de incentivo a novos crimes.
Faço esta breve introdução para comentar a nova tragédia numa escola norte-americana. Mais um tiroteio. Uma pessoa abriu fogo contra crianças e professores, matando sete inocentes. Tais atos terroristas quase nunca apresentam uma razão simplista. Mas fica clara a tentativa de manipulação da mídia e da esquerda.
No caso, a atiradora era uma mulher biológica, mas se identificava como homem. Ou seja, era um homem trans. O alvo era uma escola cristã, na qual ela (ou “ele”) já havia estudado. A assassina deixou um manifesto, e a polícia disse que havia alvo certo, ou seja, o motivo do atentado era o fato de se tratar de uma escola cristã. Crime de ódio, certamente. Mas não para nossos jornalistas “progressistas”.
Para a patota woke espalhada pela imprensa, só há crime de ódio quando o algoz é homem e branco e a vítima pertence a alguma “minoria”. Existe uma narrativa predeterminada, e, se os fatos não atendem a tal narrativa, então pior para os fatos: ou se abandona a história, ou se muda o foco.
Ficamos assim: para “proteger” jovens trans da direita tacanha, aceitamos até mesmo que jovens trans matem… crianças!
Foi a escolha neste episódio lamentável. Como uma pessoa transgênero abriu fogo contra crianças cristãs, então a mídia resolveu falar apenas de armas. Eis que o objeto inanimado ganha volição e passa a ser o verdadeiro problema. É como quando fundamentalistas islâmicos praticam atos terroristas: carros, caminhões e aviões ganham vida própria, como se fossem os Transformers, para ocultar o sujeito da ação e suas intenções.
Em alguns casos mais bizarros, os comentaristas resolveram culpar as próprias vítimas! A culpa pelo tiroteio seria dos próprios cristãos, do “clima de intolerância” para com a comunidade trans. Se um cristão atira numa pessoa trans, então é prova do preconceito violento da direita; mas, se um cristão é alvo de tiros de uma pessoa trans, então isso também é prova do preconceito violento da direita! Cara, eu ganho; coroa, você perde: independentemente do que acontece, a culpa é sempre da direita “intolerante”.
Teve comentarista na mídia que ainda trouxe à tona uma decisão recente do Estado onde ocorreu a tragédia proibindo cirurgias em crianças consideradas transgêneros. Ou seja, se você é contra permitir a mutilação de crianças confusas ou que sofrem de disforia de gênero, acreditando ter nascido no corpo errado, então você só pode ser um defensor do genocídio de trans. E, para se defender de gente terrível como você, até o terrorismo parece justificável. Ficamos assim: para “proteger” jovens trans da direita tacanha, aceitamos até mesmo que jovens trans matem… crianças!
É tudo tão bizarro que dispensa maiores reflexões. Estamos diante da loucura plena. A turma que criou o “ódio do bem” tem ajudado a espalhar um clima de degradação moral enorme no país. Sendo sempre a “vítima” na história, essa gente que se diz “minoria” considera legítimo partir para o ataque em nome de uma suposta legítima defesa.
É a visão amalucada e revolucionária de Marcuse, como explica Theodore Dalrymple: “As ideias de Marcuse eram tão bobas que teriam sido engraçadas se ninguém as tivesse levado a sério. Apesar de ele estar quase esquecido hoje em dia, uma de suas ideias mais tolas e perniciosas, a da tolerância repressiva, está voltando, se não na teoria, na prática. De acordo com esse conceito, a repressão praticada pelos conservadores é intolerável, mas a repressão praticada pela esquerda é na verdade uma forma de libertação, e não representa repressão nenhuma”.
Vamos “libertar” o mundo do ódio e do preconceito, eliminando quem pensa diferente! É por isso que fascistas da Antifa agridem inocentes em nome do combate ao fascismo, enquanto autoritários esquerdistas praticam a censura pelo “crime” de opinião em nome da tolerância e da democracia. Essas ideias têm consequências, e, quando alguém nitidamente perturbado resolve agir com base nelas, não deveríamos ficar tão surpresos assim.
Claro que não seria justo acusar toda pessoa trans de ser potencialmente violenta, mas, quando as narrativas midiáticas fornecem justificativas para a “violência do bem”, devemos esperar que alguns malucos possam agir com base nesse contexto insano. E, como a doença mental é um dos fatores mais negligenciados nesses atentados em escolas, talvez seja um bom ponto de partida buscar suspeitos entre aqueles que juram pertencer ao sexo oposto e ainda bancam as vítimas quando o mundo não se curva diante de seus fetiches ou delírios.
Não podemos incorrer no mesmo erro de generalização em que a imprensa sempre cai para condenar toda a direita quando indivíduos violentos agem em nome de uma ideologia. Mas podemos — e acho que devemos — mostrar que essa ideologia de gênero que força a barra para enfiar goela abaixo de todos a ideia de que basta “se sentir” para de fato ser, num subjetivismo radical que desafia a própria natureza, tem produzido mais e mais indivíduos insanos e perigosos.
Leia também “Elos cabulosos”
Rodrigo, tb acredito q os fatores das doenças mentais poderiam ter mais atenção nesses casos. Na verdade, em várias outras situações. Negligência-las mas atrapalha q ajuda o doente e a família no convívio diário.
Gosto muito do seu trabalho. Assino a Revista oeste, a Gazeta do povo e o seu locals. Ainda, mas o frente, serei patrono tb 🙂
Abç e obga. Cristiane cn
Certamente que existe uma paranoia histérica em torno dos trans sexuais. Ainda mais quando involve “crianças trans” (o que não é impossível, pois a ciência prova que existe um coeficiente pequeno, porém maior que zero, de recém nascidos já terem sua identidade de gênero “trans” definida).
Também é histórica a intolerância e até a procura por bodes expiatórios (bruxas, na Idade Média, por exemplo) por parte da igreja católica e, com extensão, nos dias atuais, para as igrejas protestantes.
Os artigos malucos contra e pró (muito mais os contras) a inclusão de pessoas diferentes na grande mentira da “população igual” conseguem deturpar ainda mais as cabeças intolerantes.
Esse exemplo raro e incomum de uma trans armada dentro da de uma igreja é um prato feito para os tabloides e afins, muito distante de um jornal mais ético com preocupações sociais justas.
Resumindo, ainda falta melhor discussão social e pela imprensa sobre a questão.
Fazendo uma correção sobre o afirmado anteriormente:
“A expressão “bebês transexuais” pode gerar confusão, já que a identidade de gênero é algo que se desenvolve ao longo da vida e não pode ser determinada logo ao nascer.
É importante lembrar que a identidade de gênero de uma pessoa é uma parte fundamental de sua identidade e pode não estar alinhada com o sexo que lhe foi atribuído ao nascer. Isso significa que algumas pessoas podem se identificar como homens, mulheres, não-binárias, ou em outras identidades de gênero diferentes daquela que lhe foi designada ao nascer.
Em relação a bebês, é importante respeitar a identidade de gênero que a criança possa vir a desenvolver, independentemente do sexo que lhe foi atribuído ao nascer. Isso significa que os pais e cuidadores devem permitir que a criança experimente e explore sua identidade de gênero sem imposições ou expectativas baseadas em seu sexo atribuído.
No entanto, é importante lembrar que crianças pequenas estão em um estágio de desenvolvimento onde sua identidade de gênero ainda está se formando, portanto, pode ser prematuro rotular uma criança como transgênero ou não-binária antes que ela possa expressar isso por si mesma. Em geral, é recomendável deixar a criança livre para explorar e experimentar sua identidade de gênero, sem pressões ou expectativas de que ela deva ser de um determinado modo.
Caso a criança expresse sua identidade de gênero de uma forma diferente daquela que lhe foi atribuída ao nascer, é importante que ela seja apoiada e respeitada em sua identidade, e que sejam oferecidos recursos para ajudar os pais e cuidadores a entender melhor e apoiar a criança em sua jornada de autodescoberta.”
E reparem que a repórter brasileira, no primeiro, não diz que a atiradora se trata de uma Trans. Ela fala o tempo todo que é uma mulher, e ainda cita estatísticas de que os massacres feitos por mulheres são menos comuns. Claro, ela não poderia dizer que uma Trans realizou o massacre…
Consta como sempre muito cirúrgico nas suas análises!
Sinal do final dos tempos. Esse mundo tem que acabar, para ver se com um novo começo, dessa vez a natureza acerta na definição de suas espécies. Vamos se dessa vez dá certo.
Muito bem exposto, Constantino. Infelizmente, há
esse projeto da esquerda de confundir tudo pra ganhar relevância e poder
Parabéns Consta, excelente texto. Muito difícil entender o que estamos vivendo. Assustador..
Estou gostando de poder estar lendo algu m s comentaristas da revista Oeste.
Obrigado °°
Parabéns Constantino , por favor pelo bem das pessoas comuns ou seja : cristãs , pais de famílias , tementes a Deus , Héteros , contrários ao assassinatos de bebês no ventre maternos , favoráveis a defesa da propriedade , contrários a corrupção , favoráveis a eleições limpas e transparente …
Quando voltaremos a falar sobre as urnas eletrônicas? Quando voltaremos a cobrar transparência nas eleições, com contagem pública dos votos e possibilidade de auditoria? Vamos esperar para as vésperas das eleições para não dar tempo, de novo?
Comungo com vc Alirio ….. temos que voltar a discutir a possibilidade de implementar o voto impresso . Ainda temos tempo.
Como costumo dizer, pago as minhas contas nas “maquininhas” do comércio, mas posso ter o comprovante impresso e , porque não posso ter meu voto impresso, que logicamente seria depositado em uma urna?
O custo aumenta? é só diminuir as verbas destinadas aos políticos.
Parabéns por mais um excelente texto do Rodrigo Constantino.
Mamamia quanto absurdo nesse país
É o monstrinho alimentando o monstrinho e a platéia assiste estarrecida e paralisada.
Vi um “cumentarista” em um programa da TV americana muito aborrecido pois a polícia
e parte da mídia estavam se referindo à assassina como “mulher” (sexo biológico) ao invés de “homem”, e ainda errando os pronomes – falta grave para os ativistas LGXYZ da extrema esquerda radical.
Uma mulher o interompeu e disse: “Peraí, essa pessoa matou 6 pessoas, três delas crianças, a última coisa que me importa é o que a pessoa acha que é!”
Muito bom artigo Constantino!
Excelente análise Constantino.
Parabéns pela escassa lucidez nos dias de hoje.
Situação muito triste e preocupante para quem tem filhos na escola!
Tempos estranhos onde o normal é considerado errado
Constantino,já estamos sendo punidos por sermos heterossexuais. Em recente concurso público a prioridade na escolha para as vagas oferecidas era para o grupo LGBT . Não dá mais, saiu do controle.
Nao vou comentar nada, porque tem um todes infiltrado na Revista Oeste que apaga os meus comentarios. O meu ultimo comentario, feito no dia que a Revista Oeste divulgou essa noticia foi simplesmente censurado e apagado. Certamente o todes pensou que nao seria detectado.
Posta de novo…
Até hoje, quantos massacres a escolas foram executados por mulheres? Pois é.
Meus aplausos, Rodrigo! Cientificamente, ainda não creio que seja possível mudar a natureza.