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Flores e plantas comestíveis, também conhecidas como Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) | Foto: Madeleine Steinbach/Shutterstock|Beldroega | Foto: Shutterstock|Livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCS) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp e Harri Lorenzi | Foto: Divulgação|Foto: Marian Weyo/Shutterstock|Foto: Madeleine Steinbach/Shutterstock|Beldroega | Foto: Reprodução/Embrapa|Ora-pro-Nóbis | Foto: Reprodução/Embrapa|Receita Major Gomes refogado (cariru, joão-gomes) publicada pela Embrapa | Foto: Divulgação
Edição 158

Sobre punks, PANCs e beldroegas

Essas plantas reúnem tesouros nutricionais ainda pouco conhecidos (altos teores de ômega 3, proteínas, vitaminas e minerais). Muitas têm virtudes medicinais

Evaristo de Miranda
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“Beldros nem beldroegas se não semeiam,
porque nascem na infinidade de uns e de outros,
sem os semearem, nas hortas e quintais
e em qualquer terra que está limpa de mato.”
Tratado Descritivo do Brasil, 1587
Gabriel Soares de Sousa

Qual a diferença entre punks e pancs? A cultura punk é conhecida por sua aparência agressiva, estilo musical, sarcasmo niilista e busca de subversão do elitismo cultural. A cultura das PANCs é um patrimônio vegetal, genético, culinário e gastronômico. O acrônimo PANC significa “Plantas Alimentícias Não Convencionais”, sobretudo fruteiras e hortaliças. O interesse por essas plantas tão especiais não para de crescer.

A sigla PANC foi criada pelo doutor em agronomia Valdely Kinupp. No livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, ele catalogou 351 espécies, uma pesquisa de 12 anos, em parceria com Harri Lorenzi. Em seu trabalho pela conservação da flora brasileira, Lorenzi percorreu o Brasil, por mais de 40 anos, em expedições científicas. Levantou, catalogou e coletou plantas, sobretudo as com potencial econômico e ameaçadas de esquecimento e extinção.

Livro Plantas limentícias Não Convencionais (PANCS) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp e Harri Lorenzi
Livro Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil, de Valdely Ferreira Kinupp e Harri Lorenzi | Foto: Divulgação

Para o pesquisador de hortaliças PANCs da Embrapa, Nuno Madeira, existem pelo menos 10 mil espécies de plantas com partes comestíveis e alimentícias, não convencionais. “Apenas” umas 150, no máximo, em todo o Brasil, são comerciais, em maior ou menor escala. Dentre elas, algumas são consideradas PANCs, possuem uso tradicional e são encontradas em mercados e feiras livres, como bertalha, serralha, jambu, vinagreira, taioba, mostarda, almeirão-roxo, cariru e ora-pro-nóbis.

Sugestão de receita com a planta major gomes (cariru, joão-gomes) publicada pelo site da Embrapa | Foto: Divulgação

Entre hortaliças PANCs existem perto de duas dezenas mais conhecidas: almeirão-de-árvore; amaranto; anredera; araruta; azedinha; beldroega; bertalha; capuchinha; cará-moela; cariru (joão-gomes); caruru (bredo); dente-de-leão; físalis; jambu; mangarito; maxixe-do-reino; muricato; ora-pro-nóbis; peixinho; serralha; taioba e vinagreira. Boa parte delas pode ser cultivada em casa, em jardins e vasos. A Embrapa Hortaliças oferece cursos de produção de PANCs e manuais. As PANCs são encontradas cada vez mais em feiras livres, lojas de produtos naturais, supermercados com produtos raros e sofisticados e em sites para consulta, compra e entrega na internet. 

Existem milhares de espécies vegetais com alguma parte comestível de interesse para a culinária e a alimentação humana

A vinagreira é a base do arroz de cuxá, prato tradicional sobretudo no Maranhão. O jambu é ingrediente essencial do tacacá, muito consumido na Região Norte. O ora-pro-nóbis, a carne do pobre, é comum na culinária do interior de Minas Gerais e São Paulo, com diversidade de receitas a se comer de joelhos. O caruru, também conhecido como bredo, comum na culinária do Nordeste, na Bahia, dá nome a um dos pratos típicos do Estado, o caruru (sic), apesar de em geral nem ser mais usado neste. 

Ora-pro-Nóbis
Ora-pro-nóbis | Foto: Reprodução/Embrapa

Partes consideradas não convencionais de plantas alimentícias comuns também podem ser categorizadas como PANC. O consumo do “umbigo” ou “coração” (mangará) da bananeira é saboreado em muitas receitas. A flor de abóbora e abobrinha, a célebre fiore di zucca, empanada ou em sopa, tão apreciada na Itália e por seus milhões de descendentes no Brasil, além de dar nome a tantos restaurante no Brasil, é uma delícia PANC. As partes terminais de hastes e brotos de cucurbitáceas (abóboras, abobrinhas e chuchus) são utilizados como cambuquira na preparação de tortas, sopas ou omeletes, refogadinhos, cozidos e até como recheio de pastéis. Cambuquira, nome até de um município mineiro, é termo de origem tupi (ka’aumbykyra) e significa extremidade, rabadilha, grelo ou talo de folhas. A utilização da medula do caule do mamoeiro ou o consumo das folhas da batata doce e da mandioca são outros exemplos. O uso das folhas de mandioca na multimistura para ajudar a superar carências alimentares de crianças pela Pastoral da Criança (mesmo se não elimina a anemia) é um exemplo de PANC, valorizada no combate à desnutrição e à mortalidade infantil. 

As PANCs eram muito consumidas no passado. No século 19, o maestro Carlos Gomes, em sua longa estadia na Itália, sempre expressava suas saudades do mangarito. Se as PANCs caíram em desuso nos centros urbanos, com o avanço de outras espécies com cadeias produtivas bem estabelecidas, ainda seguem relevantes por diversas razões. A população brasileira alimenta-se mal e existem poucas opções de hortaliças nos supermercados. Hortaliças PANCs podem contribuir para uma alimentação mais natural e saudável, sem deixar o sabor de lado. 

Chefs de cozinha conectados com o patrimônio gastronômico da culinária tradicional e regional já descobriram e utilizam cada vez mais as PANCs. O movimento vegetariano e vegano as incorporou e as valorizou em suas receitas. É cada vez mais frequente encontrar flores de capuchinha em saladas e enfeitando pratos, bem como frutos e inflorescências da físalis. Em feiras livres, vendedores de hortaliças — quando solicitados — passam a fornecer PANCs, surpresos pelo interesse dos consumidores por essas “verduras”. 

Foto: Marian Weyo/Shutterstock

O patrimônio das PANCs faz parte da memória culinária brasileira. E há muito por descobrir. Existem milhares de espécies vegetais com alguma parte comestível de interesse para a culinária e a alimentação humana. As PANCs reúnem tesouros nutricionais ainda pouco conhecidos (altos teores de ômega 3, proteínas, vitaminas e minerais). Muitas têm virtudes medicinais. O conhecimento sobre seu manejo e uso alimentar, até pouco tempo atrás, era passado de geração em geração. 

Em geral, as PANCs ainda não apresentam cadeias produtivas estruturadas. Rústicas e adaptáveis, são pouco exigentes em insumos. O seu cultivo é feito, sobretudo, por pequenos agricultores. Muitos plantios estão em pequenos quintais e até em vasos, para o consumo da família ou a venda em mercados locais, sem grande apelo comercial. A pesquisa da Embrapa com Plantas Alimentícias Não Convencionais e a difusão dos resultados obtidos na extensão rural e no mundo da gastronomia estão mudando o panorama. 

As experiências da Embrapa com a Emater, em Minas Gerais e em outros Estados, mostram como as PANCs ajudam a melhorar o padrão nutricional local. Sua reintrodução em comunidades rurais não é tão difícil. A Embrapa indica variedades e tecnologias para a produção em maior escala de várias dessas plantas. E possui dezenas de cartilhas de como cultivá-las e utilizá-las na culinária doméstica. A beldroega é um exemplo. 

Beldroega
Plantação de beldroega | Foto: Reprodução/Embrapa

A beldroega é uma hortaliça herbácea anual, da família Portulacaceae, com 115 espécies e um único gênero: Portulaca. Possui folhas suculentas, espessas e pecioladas, com até 3 centímetros, flores solitárias amarelas e sementes pretas diminutas. Aparece em áreas de cultivos em todo o país como erva daninha, e poucos conhecem seu uso culinário. É uma planta rica em ômega 3, vitaminas, minerais (zinco e magnésio) e usada no preparo de saladas, sopas, bolinhos, chás e produtos cosméticos e medicinais. 

No conto O Luzeiro Agrícola, de Monteiro Lobato, o funcionário ministerial recém-contratado Sizenando Capistrano, inspetor agrícola, recebe como primeira demanda direta do ministro da Agricultura a elaboração de um relatório sobre a beldroega. “Sizenando deitou mãos à tarefa e levou a cabo um estudo botânico-industrial da beldroega, com afã tal que, transcorridos dez meses, dava a prelo o Relatório sobre (…) beldroega e sua aplicação na culinária.” Após “rever as provas do calhamaço, a modo de escoimá-lo dos mínimos vícios de linguagem (…) saiu obra papa-fina, em ótimo papel e com muitas gravuras elucidativas. Entre estas, em belo destaque, os retratos do ministro…”. Impresso pela gráfica oficial, o relatório foi entregue ao ministro da Agricultura. Este sugeriu a Sizenando a incineração imediata de todos os exemplares no forno da Casa da Moeda, antes de qualquer leitura. 

“Sizenando abriu a maior boca deste mundo. Compreendendo aquela estuporação, o ministro sorriu. 

— Então? Que queria que eu fizesse de cinco mil exemplares de um relatório sobre a beldroega? Que o pusesse à venda? Ninguém o compraria. Que o distribuísse grátis? Ninguém o aceitaria. Se é assim, se sempre foi assim, se sempre será assim com todas as publicações deste ministério, o mais prático é passar a edição diretamente da tipografia ao forno. Isso evitará a maçada de nos preocuparmos com ela e de a termos por aí a atravancar os arquivos. Não acha vossa senhoria que é o mais razoável? Retire o que quiser e forno com o resto. 

— E depois, que devo fazer? indagou Sizenando, ainda tonto com o expeditismo ministerial. 

— Escrever outro relatório, respondeu sem vacilar o ministro. 

— Para ser queimado novamente?, atreveu-se a murmurar o poeta-inspetor.” 

Beldroega
Beldroega | Foto: Shutterstock

A agricultura brasileira, seu ministério, ministros e funcionários mudaram muito desde o tempo dos personagens de Monteiro Lobato, como o Jeca Tatu e os do Luzeiro Agrícola. A bem da verdade, não todos. As PANCs não terão destino semelhante ao relatório de Sizenando, graças à valorização das tradições culinárias, à gastronomia sofisticada, ao movimento vegano, às oportunidades de negócio e renda para pequenos agricultores, às lojas e aos empórios de produtos naturais e ao trabalho de conservação, seleção e melhoramento das espécies e ao desenvolvimento de seus sistemas de cultivo por pesquisadores. 

O que é uma erva daninha? É uma planta cujas virtudes ainda são desconhecidas. E, talvez, candidata ao patrimônio culinário brasileiro. 

Foto: Madeleine Steinbach/Shutterstock

Leia também “Equinócio de outono, tempo de refletir”

21 comentários
  1. Célio Corrêa de Almeida Filho
    Célio Corrêa de Almeida Filho

    Faço uso contínuo da beldroega, tanto para uso alimentar como medicinal.

  2. Julio Francisco Gregory Brunet
    Julio Francisco Gregory Brunet

    Em cada coluna uma aula sobre agricultura e Brasil!

  3. Flávio Figueiredo de Andrade
    Flávio Figueiredo de Andrade

    MAIS NOVIDADES QUE EU NÃO SABIA.
    TODO DIA APRENDO MAIS.
    VALEU EVARISTO.

  4. Marcio Bambirra Santos
    Marcio Bambirra Santos

    Ótimo artigo, Professor. Como sempre, instigante e elucidativo.

  5. Klyber M. Ambrosio
    Klyber M. Ambrosio

    Coitado do Sizenando Capistrano! Zeloso e dedicado amanuense, às voltas com tamanho mister, viu sua Pesquisa (e que trabalho!) ser jogado ao forno e transformado em cinzas!
    Nem a bajulação, em por a fotografia do Ministro (e Chefe!), costume no Serviço Público, salvou da fogueira, o fruto da sua árdua Pesquisa. Imaginem se os Europeus botassem as mãos nessa Pesquisa! Pobre Sizenando…

  6. DONIZETE LOURENCO
    DONIZETE LOURENCO

    À medida que a leitura deste artigo do fantástico Dr. Evaristo ia avançando, um filme passava pela minha cabeça.
    Na minha infância no norte do Paraná meus pais trabalhavam nas lavouras de café e eu ia junto.
    Minha tarefa era colher serralha e beldroega que seriam utilizadas na preparação do nosso jantar com polenta e frango preparado na panela de ferro.

  7. Francisco Albuquerque
    Francisco Albuquerque

    Mestre Evaristo prossegue nos surpreendendo a cada artigo

  8. Francisco Albuquerque
    Francisco Albuquerque

    Vivendo e aprendendo com o mestre Evaristo de Miranda

  9. José Camargo
    José Camargo

    Se ainda não experimentou uma salada de “serralha” não deixe de fazê-lo antes de morrer.É uma delícia.

  10. Antonio Carlos Neves
    Antonio Carlos Neves

    O dr. Evaristo parece que escreve sorrindo de alegria ao nos ensinar o que a natureza nos proporciona. Caramba, não poderia ser nosso presidente ou ao menos nosso Ministro da Agricultura e Meio Ambiente. Evidentemente não neste governo, que tem Carlos Favaro como Ministro da Agricultura que apoiou o que disse o politico Jorge Viana presidente da APEX criticando nossa agricultura e meio ambiente. Defendeu-o nas criticas que fez aos 4 anos do governo Bolsonaro.

  11. Rosely M G Goeckler
    Rosely M G Goeckler

    Gente! Vivo arrancando a beldroega da minha horta! E q planta PANC maravilhosa!

    Obrigada por mais este artigo!

  12. Letícia Mammana
    Letícia Mammana

    Os artigos do Dr. Evaristo na Revista Oeste são uma aula sobre o agronegócio e o mundo rural, sobretudo para quem nasceu e viveu nas cidades, distante dessas realidades. Parabéns à Oeste pelo articulista! Ele mostra com didática como nossa vida depende do campo, do trabalho dos agricultores, da modernidade dos sistemas de produção, cada vez mais tecnificados e competitivos. A agricultura tropical brasileira é líder mundial. Este artigo sobre as PANCs mostra esse rico patrimônio histórico, culinário e agrícola do país e seu potencial ainda por desenvolver. Os artigos do Dr. Evaristo são um oásis em tempos tão desérticos e tórridos.

  13. Geraldo Toledo Moraes
    Geraldo Toledo Moraes

    O segundo relatório pedido do ministro ao Sisenando Capristano era sobre o caruru. Ambos beldoegra e caruru mais a pimenta compro são “ pragas “ nas lavouras de café na minha fazendinha.

  14. Olmir Antonio De Oliveira
    Olmir Antonio De Oliveira

    A matéria ficou muito boa, parabéns. De muito tempo as “panc” tem chamada atenção, mas o mercado permanece muito estreito e raso. Mas como é que esse mercado e oportunidades podem evoluir, crescer e ganhar importância, ser “útil” e ou de mais “valia” para os consumidores. Não diagnóstico e ou analiso, e ou seja temos instituições oficiais para tal, para estudo, qualificação e até indicações, plantio, uso, nodo de uso e logística e ou “industrialização” . Penso que após tais certificações e indicações, bom percentuais de tais “pancs” podem mudar de perfil, passarem por ampliação, produção, consumo, e até como “industrialização”, umas como farinhas e ou assemelhadas, outras com novos padrões de logística e modos de conservação e uso. Leva a crer que podem quando concluídas tais etapas de análises e listagem, boas atividades para pequenas players e postos de trabalho e renda, e até para os incluir como insumos para as industriais tradicionais de alimentos. Muito se fala a respeito de benefícios alimentar e saúde, alguns nutricionistas e técnicos em plantas, afirmam que seriam grandes os para a saúde, pública, popular, e ou seja atuando na prevenção, ajudando as pessoas e as instituição saúde pública e seus custos.

  15. José Menezes
    José Menezes

    Mais um estupendo artigo do Prof. Evaristo. Compartilhando conosco sua enorme sabedoria com um estilo sempre prazeroso a cada quinzena, torna-se leitura obrigatória aos assinantes da Revista Oeste.
    Agradecimentos ao Mestre Evaristo.

  16. Alice Helena Rosante Garcia
    Alice Helena Rosante Garcia

    Boas lembranças !!! Ajudava minha avó empanar as flores de abóbora. A sopa de cambuquira com fuba ainda mora na minha lista de sabores incríveis. Enfim, temos tanta diversidade tanta riqueza, mas “alguns” ainda insistem em incinerar as iniciativas. Uma pena, ainda acredito que isso vai mudar. Forte abraço Evaristo e continue nos presenteando com texts tão maravilhosos

  17. José Gilberto Jardine
    José Gilberto Jardine

    Mais um excelente artigo. É uma compilação de informaçoes dispersas reunidas nesse artigo elaborado com maestria didática. Vou divulgar.

  18. RCB
    RCB

    Ao ler esse belo artigo minha memória levou-me ao Mercado Central de São Luís onde meus pais buscavam joão-gomes e vinagreira, nas feiras do Largo da Glória e Praça São Salvador, no Rio, o encanto com a bertalha. Por fim, na Taverna Cestia em Roma a melhor fior di zucca empanada com toque de mozzarela e alice em seu interior. PANCs saudáveis ao corpo e hoje também à minha mente. Obrigado Dr. Evaristo!

  19. Clécio Eloy
    Clécio Eloy

    Evaristo: Sempre fui fã do seu trabalho na Embrapa, e agora, como articulista, minha admiração por você só aumenta. Que bom termos pessoas como você, ainda dispostas a compartilhar conhecimento…

  20. Agnelo A. Borghi
    Agnelo A. Borghi

    Mas que texto legal! Aprendi muito.

  21. Paulo Ricardo
    Paulo Ricardo

    Ótimo artigo, informativo e inteligente, como já é marca registrada do Evaristo, reforçado desta vez por esse gigante chamado Monteiro Lobato. O conto “O Luzeiro Agrícola”, se por um lado fala de um país anterior à criação da Embrapa e ao extraordinário crescimento mais recente da agricultura brasileira, por outro mostra um sistema político-administrativo incompetente e autocentrado, que insiste em não desaparecer.

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