Desde 1º de janeiro, Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto para receber pela terceira vez a faixa presidencial. Por escolha da primeira-dama Janja, considerou-se escoltado por um grupo que representava o que chama de Brasil real. Passados 100 dias, não existe política econômica definida, não foi apresentado nenhum projeto consistente e a força no Congresso é cada vez menor. É um quadro alarmante. E pode piorar.
“Na próxima segunda-feira, 10, o presidente da República vai reunir mais uma vez seu imenso ministério para fazer o mais importante anúncio em 100 dias de governo”, conta Silvio Navarro, na reportagem de capa desta edição. “Lula decidiu relançar o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), uma peça publicitária criada em janeiro de 2007, que cruzou as gestões do PT até o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, sem que fosse concluída a planilha de obras.” Desde o primeiro momento, erros semelhantes têm sido cometidos pelo presidente.
A lista de reprises incompreensíveis é extensa. Inclui, por exemplo, a doação de dinheiro do BNDES a governos irremediavelmente caloteiros comandados por ditadores amigos. Ou a contratação das mesmas empreiteiras desmascaradas pela Lava Jato para um buquê de obras de infraestrutura. Ou, ainda, a reedição do programa Mais Médicos, que desvia para a ditadura cubana a maior parte do salário dos profissionais de saúde trazidos da ilha-presídio. A tudo isso se soma a certeza da impunidade.
“É perigoso viver num país em que a lei não vale por igual para todos”, afirma J.R. Guzzo nesta edição. “Para a imensa maioria, a lei vale sempre, quando se trata de limitar, proibir e castigar; quando se trata dos seus direitos, ela pode valer ou não. Para o grupo que não tem deveres legais, ela vale quando é aplicada em seu favor, e não vale nada, nunca, quando tem de ser usada contra os seus desejos, interesses e ações concretas”. Segundo Guzzo, nove homens e duas mulheres têm o poder de decidir tudo sobre a vida de todos. “O seu principal protegido, conforme atestam todas as decisões que tomou de pelo menos quatro anos para cá, é o presidente da República.” Por ordem do STF, Lula é inocente sempre — “mesmo que seja ou possa ser culpado”.
Simultaneamente, um Brasil que dá certo cresce nas imediações da capital federal. A produção de grãos em Mato Grosso saltou de 3 milhões para cerca de 90 milhões de toneladas, em pouco mais de três décadas. No mesmo período, o rebanho bovino passou de quase 10 milhões de cabeças para mais de 30 milhões.
Graças ao desenvolvimento de tecnologias agrícolas cada vez mais sofisticadas, como mostra a reportagem de Artur Piva, Mato Grosso ultrapassou a Argentina na produção de soja. Em 2023, a produção do grão no território estadual será a terceira maior do planeta, atrás apenas do Brasil em seu conjunto e dos Estados Unidos. Esse setor do agronegócio — que Lula acusou de fascista durante a campanha eleitoral — impediu que os últimos 100 dias fossem ainda mais preocupantes para o país do que o cenário desenhado para os próximos três anos e nove meses de governo.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Parabéns revista oeste por esta brilhante edição. Mas sinto falta dos artigos do general Villas Boas que espero esteja bem de saúde e não tenha sido cancelado pelo atual comandante do exercito que Lula diz pensar como ele.
É nojento…o que essa corja está fazendo ao nosso país.
quero a revista fisica
Se os 100 dias não foram bons, o governo tem uma alternativa maravilhosa, trazer todo pessoal do PSOL pra ajudar à despiorar
Sem contar que o desemprego e a inflaçao aumentou. Teremos dias sombrios pela frente, infelizmente.
Uma espiral rumo às profundezas mais obscuras,destas míseras reedições mal sucedidas dos governos do pt .
Lula é o monstro de um pesadelo recorrente.
E
Mato Grosso é o sonho de todo o Planeta.
Perfeito!