Depois de dar vários passos para trás, distanciando-se de um pequeno grupo de jornalistas que o entrevistavam sobre o resultado positivo para covid-19, Bolsonaro tirou a máscara. Disse que era para todos poderem ver seu rosto e constatar que ele estava bem, apesar de infectado pelo coronavírus. O alarme foi imediato.
Apesar do desfecho até tranquilo da cena, qualquer um que estivesse assistindo pôde ouvir, em pressentimento, os gritos que fatalmente sobreviriam. E não deu outra: criminoso, assassino, genocida — alguns velados, outros explícitos, como o de um deputado do Psol, já denunciando o presidente por crime de responsabilidade, ou de irresponsabilidade, ou algo assim.
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Neste momento em que o país tenta se libertar da pandemia — ou pelo menos boa parte dele tenta — é urgente parar de patinar nas incertezas científicas. Por isso é importante que o referido deputado (não vamos tirar a máscara dele em público) calce sua ação com demonstrações concretas de sua premissa acusatória.
Seu rosto sem máscara pode virar estigma mesmo se você respeitar todas as regras de distanciamento
Em ambiente não fechado nem aglomerado, com cerca de 10 metros de distância entre a pessoa infectada e as demais, qual seria o percurso do vírus para o contágio? Segundo a Organização Mundial da Saúde, ele pode se projetar por cerca de 1,5 metro em caso de espirro ou tosse. Existe até uma ala de “especialistas” pedindo à OMS que reconheça a possibilidade de permanência do coronavírus no ar — ao que a OMS respondeu que não há evidência científica alguma disso, mas, já que eles pediram com jeitinho, vai ver o que pode fazer.
O que se pode dizer com base no que se sabe — e não no que se deseja — é que o risco de contágio na situação envolvendo o presidente e os jornalistas não existe.
Ou melhor: existe, na cabeça do deputado do Psol — e certamente de toda a torcida para a qual ele joga. A determinação legal para o uso da máscara tem como único objetivo evitar o contágio. Os talibãs da epidemia querem que o Estado multe (ou eventualmente prenda) alguém sozinho num automóvel, por exemplo, que esteja sem máscara — mesmo que a tenha retirado para tomar um remédio. Não interessa. Flagrante é flagrante.
Da reabertura de restaurantes à liberação das praias para exercícios, há muita gente virando alvo de um desvirtuamento da campanha pelo uso de máscaras. Você pode estar saindo de um mergulho no mar, ou prestes a dar um gole de chope, respeitando todas as regras de distanciamento, que o seu rosto sem máscara pode virar estigma. “Use máscara — respeite a vida” é o novo slogan simplificador que pode vir a servir menos para a pedagogia que para a patrulha. Exatamente como o “fique em casa” frequentemente virou convite à execração moral de quem pusesse o pé na calçada. O talibã é assim — quanto mais burra a simplificação, melhor.
Esse negócio de acusar os outros de botar vidas em risco é complicado para quem tem morte nas costas
No seu estilo rude e eventualmente destrambelhado, Bolsonaro tirou a máscara contra esse tabu — contra a evidente tentação dos “empáticos” de estigmatizar a cara limpa. A semente autoritária do politicamente correto já era óbvia havia muito tempo e agora achou o ambiente ideal para germinar em toda a sua covardia. A luta para controlar a liberdade sob o escudo da suposta ética sanitária, humanista e solidária é o crime perfeito. Ou quase — se as vítimas acordarem a tempo.
Esse negócio de acusar os outros de botar vidas em risco é complicado para quem tem morte nas costas. É o caso do referido deputado do Psol. Ele gosta tanto de máscara que instigou uns idiotas a se fantasiar de black bloc e sair perpetrando boçalidades por aí — especialmente contra o que chamavam de “grande imprensa burguesa”. Foi assim que dois desses pimpolhos sanguinários mataram o cinegrafista Santiago Andrade, da Band — sob estímulo e proteção do deputado bonzinho e de seu partido humanista.
Foi esse mesmo partido que pariu a sanha assassina de Adélio Bispo — filiado por sete anos ao Psol, no qual ouviu exaustivamente essa pregação de destruição do “inimigo”. Foi à luta de seu destino revolucionário e deu a famosa facada — consumando o atentado que continua sendo encorajado por gente culta como aquele articulista da Folha, de quem também não vamos tirar a máscara.
O quase místico confinamento geral foi um crime contra a humanidade
A esses que têm aproveitado a pandemia para tentar fantasiar de lógica seus instintos persecutórios, um alerta: o custo humano do lockdown também está sendo calculado. Quem pôs vidas em risco? Alguns postulados, como o do Nobel de Química Michael Levitt, sustentam que a experiência do trancamento totalitário já custou mais vidas do que a própria pandemia. O nível de adoecimento em casa por empobrecimento, por doenças represadas e também por covid-19 é expressivo e aterrador.
Trocar o isolamento dos vulneráveis (com livre distanciamento dos demais) por um confinamento geral, indiscriminado e quase místico possivelmente foi um crime contra a humanidade. E, na era do registro total, os que advogaram furiosa e irresponsavelmente esse atentado não conseguirão sumir atrás de suas máscaras.
Leia mais sobre lockdown: “Sociedade esperta, população estúpida”
Mais sobre as pressões de movimentos politicamente corretos: “Hoje é o passado do futuro”
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Parabéns Fiuza, é um grande prazer ler as suas matérias e posicionamentos.
Parabéns a Revista Oeste pelo excelente trabalho.
Só uma palavra Fiuza: G E N I A L
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Parabéns!
EXCELENTE o texto, Fiúza! Parabéns pela clareza e agradeço a redação gentil e perspicaz que traduz exatamente aquilo que também penso, de uma forma que eu não saberia expressar – nas minhas palavras, só sairia um monte de xingamentos em uma descontrolada verborragia contra esses comunistas.
Parabéns pelo artigo Fiúza!
Brilhante!!! Aliás, como sempre.
O acerto de contas vai chegar, e essa gente vai receber o pior castigo: Vão ser ridicularizados e sofrerão o desprezo das pessoas que os sustentam. Parabéns Fiuza.
Parabéns Fiúza, por trazer ao conhecimento público a verdade dos fatos e não versões que insistem em atribuir ao presidente o crime de GENOCÍDIO nessa grave pandemia. Vocês precisam urgentemente tornarem-se a grande imprensa moderna qualificada para revelar a verdade dos fatos, e com grande abrangência em radio e tv., porque nossa imprensa tradicional, nos julga idiotas que são facilmente levados pelas versões que pretendem nos fazer acreditar.
O outrora conservador Estadão, que atualmente esta concorrendo com a esquerdopata Folha de São Paulo, para liderar a “imprensa do ódio” contra Bolsonaro, recentemente em risíveis editoriais de 4-5-6/07, tenta nos amedrontar com os possíveis nomes que o presidente Bolsonaro poderá indicar para o STF em substituição ao soberbo decano Celso de Mello. Revelam preocupação com a indicação de MEDÍOCRES, OBSCURANTISTAS, SEM PREPARO, TERRIVELMENTE EVANGÉLICOS e NÃO ÍNCLITOS JURISTAS formados em cursos de SEGUNDA LINHA, SEM CURRICULO e BIOGRAFIA, que em matéria de saber jurídico são o que Ruy Barbosa chamava de nulidades, para substituir essa SUMIDADE em Novembro. Vale lembrar, quem indicou Celso de Mello para o STF foi o ÍNCLITO Sarney por orientação do jurista Saulo Ramos, que contrariado com sentença proferida contra Sarney , lhe atribuiu a mais adequada qualificação. Esse notável jurista Celso disse que assim votou porque já não mais significava condenação.
Penso portanto que você, Guzzo, Ana ou Augusto, poderiam fazer matéria a esse respeito, orientando os preocupados editores desses jornalecos quais qualificações têm o Advogado Geral da União, o atual Ministro da Justiça, os juristas Ives Gandra Martins Filho, e outros que sejam possíveis indicações do presidente Bolsonaro. Outro trabalho importante da boa imprensa, é atuar junto ao Congresso para revogar a PEC da Bengala que poderá nos livrar de 4 ministros imediatamente além de Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, todos com mais de 70 anos, e merecedores de suas generosas aposentadorias. Da-lhe Fiúza.
Excelente quem viu o video percebe que o Pr so tirou as mascaras quando estava indo embora, se afastando mas assim que se vive hoje Tudo que vier dele é vil, criminoso, e esse pessoal nao perebe qu eestao falando mais de si do que dos que estao a criticar
Acho mais um texto Bolsonarista puro. O PR errou a não usar máscaras qdo está a menos de 1 metro de varias pessoas….acerta em outras ações….
Deverá haver um dia , alguém já disse, uma espécie de ” Tribunal de Nuremberg” para julgar os que estão praticando crimes contra a humanidade , fazendo confinamentos inúteis e negando tratamentos eficientes em nome da’ ciência” e do interesse financeiro de poucos
Como bem explicitado em outros artigos desta revista, este texto parece um combo de opiniões a favor do Bolsonaro e contra a dos não Bolsonaro. Sem críticas ….. O Pr errou sim ao não usar máscaras em situações q todos viram q não havia o distanciamento necessário. Acerta em outras, erra em outras…. será q é tão difícil analisarmos ações ao invés de ficar fechado com combos…… ?
Vai se tratar minha filha. Você é quem está doente. Mas sua doença nao é contagiosa, é doença mental. Estúpida.
Perfeito Fiúza, perfeito. Esta conta vai chegar para alguém pagar. Só não chegou ainda porque a coisa ainda não acabou e não há quem entregue o prontuário. Tão rigorosa consigo própria a Ciência não vai poder deixar terceiros e oportunistas de ocasião falar em seu nome, sob pena de perder credibilidade. Até o presente momento tudo tem sido um jogo de narrativas, que depois vai virar um jogo de veracidade. Quem não provar, paga.
Brilhante! ?????
Parabéns, Fiuza ! Mais uma análise brilhante e verdadeira.
Um dia esses idiotas vão enxergar as besteiras que fizeram , bastando ver que países que não fizeram o lock down estão em condições muito melhores do que os que fecharam tudo. Os dados estão aí à disposição de todos; é que eles não querem lê-los…
Ótimo artigo, grande Fiuza, pondo os Pingos nos Is, como diariamente você faz na Jovem Pan !!!!!
Só uso máscara quando não tem outro jeito e desde o início tenho levado a vida praticamente normal. Muito triste ver o que as “autoridades” estão fazendo com a população, principalmente com os comerciantes. Muitas lojas fechando. Mas vamos superar!
Fiuza, excelente artigo. A cada semana melhor.
Guilherme Fiuza, cada vez que leio suas matérias eu fico mais enojado com essa politica HIPÓCRITA e CANALHA do politicamente correto tomando de assalto a DEMOCRACIA no Brasil e no mundo. O poder judiciário o legislativo, todos mancomunados com essa sórdida narrativa de fica em casa, use máscara , vamos morrer isto é a unuca coisa certa hoje ou amanhã, somente Deus sabe o seu dia. Parabéns
Análise primorosa.
Fiuza sempre cirúrgico. Que venham mais textos, mais despertares de sol para esse ocidente tão cheio de tolices e canalhices.
Tenho dificuldade de entender. É tão simples. Liberdade para jovens e sadios e proteção rígida para os vulneráveis, senão a praga será difícil de diminuir e acabar. Tem sadismo em toda parte. Problemão!!!
Parabens Fiuza
Essa gente obtusa e dogmática simplesmente cansa!
Grande Fiuza, parabéns pela matéria.