“É como se eu falasse: ‘Acho que você não gosta de mim e que vai me matar. Então, condeno você antes mesmo do crime acontecer'”. Foi assim que a deputada federal Adriana Ventura, em entrevista publicada nesta edição de Oeste, resumiu o critério criado pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para cassar o mandato de Deltan Dallagnol. O julgamento durou 66 segundos.
A lei estabelece que um integrante do Ministério Público se tornará inelegível em duas situações. Primeira: se foi demitido. Segunda: se responde a um processo disciplinar e deixa o MP para evitar uma provável demissão. Dallagnol não foi demitido. Ele nem mesmo respondia a processos disciplinares. O ex-chefe da força-tarefa de procuradores da Operação Lava Jato era apenas alvo de “reclamações disciplinares”.
No exercício de futurologia retroativa praticado pelos ministros do TSE, uma dessas reclamações inevitavelmente se converteria em processo disciplinar, que em algum dia resultaria numa condenação e, em seguida, na demissão inevitável. Nesse destrambelhado roteiro de filme classe C em mente, Dallagnol teria resolvido abandonar uma carreira consolidada no Ministério Público, um ano antes das eleições, para tentar uma vaga sempre incerta na Câmara dos Deputados.
“Deltan Dallagnol tornou-se o primeiro parlamentar brasileiro cassado por mera suposição de cometimento de fraude com base em nada”, resumiu Mario Sabino, que acaba de juntar-se ao time de colunistas da Revista Oeste. “A chapa Dilma/Temer não foi cassada, em 2017, por excesso de provas; já Deltan Dallagnol foi cassado, em 2023, por falta de provas”.
A cassação do mandato do parlamentar paranaense prova que eleições deixaram de ser um problema para a ditadura concebida pela frente autoritária que o PT lidera. Como afirma J.R. Guzzo no artigo de capa desta edição, “enquanto existir TSE, a ‘Justiça Eleitoral’ vai funcionar como um serviço de atendimento aos extremistas de esquerda que mandam no governo”. Para Guzzo, “a oposição elegeu alguém que incomoda para o Congresso? E daí? O TSE cassa o seu mandato”.
“Numa democracia, o Poder Moderador é o povo”, lembra Adriana Ventura em outro momento da entrevista. Mais de 344 mil brasileiros votaram em Deltan Dallagnol. Ele foi o deputado federal mais votado do Paraná nas eleições de 2022.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Partindo deste caso, então um deputado esquerdista que respondia processo judicial antes de sua eleição, que poderia torná-lo inelegível, também merece cassação. Alô advogados dos partidos de direita!
Não vai durar. O regime petista não vai durar.
Jah chegou os ETs?
Muito bla bla bla, vai ficar por isso mesmo? Nosso Congresso Nacional (kkkkk) mais uma vez ficará omisso? Já não chega o que fizeram com o Daniel Silveira? Até quando irão abaixar as calças para os pulhas do TSE/STF? Não esqueçam, os próximos podem ser qqr um de vocês…
Brasil, temos acompanhado os abusos praticados pelo TSE em nosso país, especialmente pelo Ministro Benedito Gonçalves. Temos visto a ditadura imposta por este senhor e o desrespeito aos limites constitucionais quanto à sua competência. Chega de nos curvarmos diante das atrocidades praticadas por ele, é hora de acabar com a impunidade por seus atos ilegais. Precisamos demonstrar a posição e força do nosso povo. Vamos lutar pelo IMPEACHMENT de Benedito Gonçalves e mostrar que supremo é povo.
Esses políticos incompetentes deveriam extinguir o TSE à muito tempo, ficam o povo contribuintes pagando salários para esses ministros que não tem nada haver com a política.
A charge de Schmock define a atual situação do país, o ditador dormindo após jogar a Constituição no lixo. Consequentemente, 66 segundos serão suficientes para o Benedito conseguir uma vaga no stf.
Esse comentário da deputada Adriana Ventura, estampado no primeiro parágrafo do texto, mostra que a nossa “justiça” já está aplicando o que o advogado esquerdista Antonio Claudio Mariz pregou naquele jantar em homenagem ao molusco eneadáctilo: “se o crime já aconteceu, de que adianta punir”. Sendo assim, estão punindo só os crimes que ainda não foram cometidos.
Muito bem OESTE!
Hoje é o melhor dia da semana. E como não faltam boas reportagens, bons temas, estou começando aqui a minha leitura!
Obrigado.
Parabéns!
Os tapinhas no rosto mostram o quanto a justiça está subjugada e é subserviente. Estamos descobrindo que existem muito mais comunistas corruptos no poder, do que se supunha. É muito descaramento dessa gente vendida.
Eu não entendi quando se fala da cessação da chapa Dilma/Temer
Bom, o comportamento do ministro Benedito Gonçalves, ao emitir um parecer, tentando adivinhar o que poderia acontecer com Deltan Dalagnol no futuro e que, segundo o ministro, levou o acusado a pedir exoneração do cargo de Procurador da Justiça, parece ser inspirado nas falas do ministro Barroso, quando elogiou os “dons transcendentais” de João de Deus. O ministro deve ter se inspirado e utilizado dos dons transcendentais para adivinhar o que poderia acontecer e, diante desses fatos transcendentais, definiu a sentença.
A justiça deixou de ser cega. Julgamentos passam a depender de quem esta sendo julgado e nao o fato. O PT aos poucos esta calando a todos q pensam diferente deles. Temos q ir pras ruas e mostrar nosso descontentamento com este desgoverno q até agora nao fez nada, só revogou projetos do governo passado.