Em 22 de abril de 2021, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal que transformou Luiz Inácio Lula da Silva em vítima da parcialidade do juiz Sergio Moro, o ministro Luiz Roberto Barroso desenhou a metodologia utilizada para desmontar ofensivas judiciais contra delinquentes condenados à perpétua impunidade. “Quem acompanhou o que aconteceu na Itália conhece o filme da reação dos corruptos”, disse Barroso. Era uma alusão à Operação Mãos Limpas, abatida por um contra-ataque distribuído por três frentes. “Primeira: mudanças na legislação ou na jurisprudência”, prosseguiu Barroso. “A segunda é a demonização de procuradores e juízes. Terceira: sequestro da narrativa e cooptação da imprensa para mudar os fatos e recontar a história.” Assim que a Operação Lava Jato se aproximou de territórios jamais devassados por homens da lei, a estratégia que dera certo no país europeu foi reprisada no Brasil, com idêntico sucesso, pela confederação dos gatunos intocáveis.
Registradas as semelhanças, Barroso apontou uma diferença que não melhora a imagem do Brasil. Na Itália, os corruptos vitoriosos se contentaram com a restauração do direito de delinquir em paz. “Aqui a corrupção quer também vingança”, constatou. “Quer ir atrás dos procuradores e dos juízes que ousaram enfrentá-la, para que ninguém nunca mais tenha a coragem de fazê-lo. No Brasil de hoje, temos os que não querem ser punidos, o que é um sentimento humano e compreensível. Mas temos um lote muito pior. É o formado pelos que não querem ficar honestos nem daqui para a frente. Esses gostariam que tudo continuasse como sempre foi.” Amparado nesse diagnóstico, Barroso juntou-se à minoria contrária à ideia de colar em Sergio Moro, principal juiz da Lava Jato, o estigma da “suspeição”. O bloco vencedor achava que, com a desqualificação do magistrado, a soltura do réu Luiz Inácio Lula da Silva seria engolida sem engasgos até por quem aplaudia o desempenho da maior e mais eficaz operação anticorrupção de todos os tempos.
Em junho de 2020, numa entrevista ao programa Roda Viva, o ministro rejeitou enfaticamente a tese de que a operação “foi comprometida pela criminalização da política”. Na resposta, usou a expressão “foi crime mesmo” para definir o que aconteceu na Petrobras, na Eletrobras, na Caixa Econômica Federal, no crédito consignado e nos fundos de pensão. “A gente não deve criminalizar a política nem politizar o crime”, foi em frente. “Desvio de dinheiro, gerente devolvendo 150, 180 milhões, não é possível alguém achar isso natural. Isso não é política, isso é bandidagem. A corrupção no Brasil foi uma criminalidade estrutural, institucionalizada e sistêmica. A Lava Jato ajudou a mudar a cultura de impunidade no país.” Para o entrevistado, “a sociedade deixou de aceitar o inaceitável, e desenvolveu uma imensa demanda por integridade, por idealismo e por patriotismo”. Uma busca ligeira na internet atesta que a Lava Jato foi louvada também pelos ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia e até Gilmar Mendes. Publicamente, só o decano Gilmar mudou radicalmente de ideia. Depois de atribuir à operação o desmonte da usina de roubalheiras controlada pelo PT, a metamorfose de toga transformou os procuradores, os juízes e até Curitiba em seus grandes satãs.
No momento, Gilmar se emociona com o livro em que Emílio Odebrecht jura que só assinou o acordo de leniência que agora tenta anular por ter sucumbido à tortura. Eis aí outro forte candidato a uma vaga no Inquérito das Fake News. Barroso nunca renegou o que disse sobre a Lava Jato, mas tem evitado comentários sobre a operação desde que o STF virou protagonista do faroeste à brasileira que rebaixou a fascista, desinformado ou golpista todo brasileiro cujas opiniões possam retardar o sepultamento em cova rasa dos projetos políticos de Jair Bolsonaro. Os remanescentes da Lava Jato já foram castigados pelas mudanças na legislação e na jurisprudência profetizadas por Barroso. Há tempos vêm sendo sistematicamente demonizados. O consórcio da imprensa faz o que pode para transformar xerifes em vilões e bandidos em homens da lei. Vive-se agora a etapa da vingança, tramada por ressentidos sem cura, traumatizados pelo pavor de ouvir batidas na porta às 6 da manhã, que anunciavam a chegada da Polícia Federal e do ajuste de contas. Barroso acompanha em silêncio o cortejo de decisões arbitrárias, medidas absurdas, prisões ilegais, inquéritos secretos e outras bofetadas na cara da Constituição.
Juízes e procuradores da Lava Jato eram responsabilizados de meia em meia hora por agressões ao devido processo legal e ao direito de ampla defesa que só existiram na imaginação de advogados especializados em chicanas de picadeiro. Alexandre de Moraes não para de fazer o que Sergio Moro nunca fez — sem ouvir um pio dos colegas de Egrégio Plenário. No diversificado buquê de engaiolados pela ofensiva anticorrupção, não há um único e escasso injustiçado. Eram todos criminosos, mas foram socorridos pelos superjuízes. O TSE, um atrevido puxadinho do Supremo, precisou de 66 segundos, muito cinismo e uma argumentação de picadeiro para cassar o mandato do deputado federal Deltan Dallagnol. Punido por ter liderado a força-tarefa de procuradores, Deltan sofreu um castigo adicional. Fora o deputado federal Marcel Van Hattem, do Partido Novo, nenhum parlamentar compareceu à manifestação de solidariedade promovida em Curitiba. Animado com o avesso das coisas, o doleiro Alberto Youssef resolveu exigir alguma compensação pela ofensa gravíssima: a Polícia Federal grampeou sem autorização judicial uma conversa telefônica com algum parceiro de patifarias que se recusa a identificar.
Nascida em março de 2014 para investigar doleiros, a operação logo topou com bandalheiras envolvendo diretores da Petrobras, chefões do PT e empresários de estimação. Juízes, procuradores e policiais federais sem medo seguiram em frente. Acabaram desmantelando o maior esquema corrupto da história, adornado pela participação de empreiteiros podres de rico e até do ex-presidente Lula. O Brasil que presta sentiu-se num Carnaval temporão. Quem detestou a súbita mudança na paisagem foi o Sistema, codinome do ajuntamento de figurões dos Três Poderes, da indústria e do comércio, das cidades e dos campos, de todos os partidos e de todas as tendências — em resumo, o Sistema abrange todas as subespécies empenhadas em ganhar dinheiro com negociatas desde a chegada das primeiras caravelas. A colisão frontal entre a lei e o crime ocorreria em 2016.
Todos os punidos pela Lava Jato estão em liberdade, o Supremo faz o que quer e o Congresso capricha na cara de paisagem. A corrupção deixou de ser um problema a combater
Para a Lava Jato, seria esse o mais produtivo dos anos. As 45 prisões temporárias e 25 preventivas anexaram à população carcerária um punhado de celebridades — por exemplo, os ex-ministros da Fazenda Antonio Palocci e Guido Mantega, o marqueteiro do reino João Santana, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. Lula foi conduzido coercitivamente à Polícia Federal para depor sobre os casos do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia. Impressionado com o ritmo da operação, o país mal notou o aparecimento da senha para o começo da contraofensiva: “Estancar essa sangria”. A expressão foi recitada por Romero Jucá, líder no Senado de todos os governos, durante uma conversa com o ex-senador Sérgio Machado, então homiziado no comando da Transpetro, um dos braços da Petrobras mais castigados pela gangrena da corrupção. Poucos tiveram paciência para a leitura do diálogo grampeado da Polícia Federal. Como atesta a transcrição dos melhores momentos, a maioria dos brasileiros não sabe o que perdeu. Confira:
Sérgio Machado: Mas viu, Romero, então eu acho a situação gravíssima.
Romero Jucá: Eu só acho o seguinte: com Dilma não dá (…). Não adianta esse projeto de mandar o Lula para cá ser ministro, para tocar um gabinete, isso termina por jogar no chão a expectativa da economia. Porque se o Lula entrar ele vai falar para a CUT, para o MST, é só quem ouve ele mais, quem dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Lula vai reunir ali com os setores empresariais?
SM: Tem que ter um impeachment.
RJ: Tem que ter impeachment. Não tem saída.
SM: Acontece o seguinte, objetivamente falando. Com o negócio que o Supremo fez, isso de autorizar prisões logo após decisões de segunda instância, vai todo mundo delatar.
RJ: Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo e a Odebrecht vão fazer. Seletiva, mas vão fazer.
SM: Eu estou muito preocupado porque eu acho que o Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.
[Rodrigo Janot era o procurador-geral da República]
RJ: Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.
SM: Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel Temer.
RJ: Só o Renan que está contra essa porra, porque o Michel é Eduardo Cunha. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.
SM: É um acordo, botar o Michel num grande acordo nacional.
RJ: Com o Supremo, com tudo.
SM: A situação é grave. Porque, Romero, eles querem pegar todos os políticos.
RJ: Acabar com a classe política para ressurgir, construir uma nova casta, pura.
SM: Isso, e pegar todo mundo. E o PSDB, não sei se caiu a ficha já.
RM: Caiu. Todos eles. Aloysio, Serra, Aécio…
SM: Caiu a ficha. Tasso também caiu?
RJ: Também. Todo mundo na bandeja para ser comido.
SM: O primeiro a ser comido vai ser o Aécio. [Baixa o tom de voz] O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para ele ser presidente da Câmara? [Muda de assunto] Amigo, eu preciso da sua inteligência.
RJ: Estou à disposição, você sabe disso. Veja a hora que você quer falar.
SM: Preciso ter uma conversa emergencial com vocês.
RJ: Acho que a gente não pode juntar todo mundo para conversar, viu? Você deve procurar o Sarney, deve falar com o Renan. Depois que você falar com os dois, colhe as coisas todas, e aí vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.
SM: Não pode ter reunião a três?
RJ: Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é… Depois a gente conversa os três sem você.
SM: Se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.
RJ: [Em voz baixa] Conversei ontem com alguns ministros do Supremo. Os caras dizem “ó, só tem condições sem Dilma. Enquanto ela estiver ali, a imprensa, os caras querem tirar ela, essa porra não vai parar nunca”. Entendeu? Então… Estou conversando com os generais, comandantes militares. Está tudo tranquilo, os caras dizem que vão garantir. Estão monitorando o MST, não sei o quê, para não perturbar.
SM: Eu acho o seguinte: a saída para Dilma é ou licença ou renúncia. A licença é mais suave. O Michel forma um governo de união nacional, faz um grande acordo, protege o Lula, protege todo mundo. Esse país volta à calma, ninguém aguenta mais. Tem que ter uma paz, um…
RJ: Eu acho que tem que ter um pacto.
Parece conversa de pátio de cadeia. E é. Parece que foi ontem. Foi mesmo, se medido pelo tempo histórico. O parto demorou mais que o previsto e foi complicado, mas o pacto dos morubixabas em perigo está em vigor. Todos os punidos pela Lava Jato estão em liberdade, o Supremo faz o que quer e o Congresso capricha na cara de paisagem. A corrupção deixou de ser um problema a combater.
Tecnicamente, a Lava Jato não morreu. O ex-presidente Fernando Collor foi condenado pelo STF com base em revelações obtidas pela operação. E a juíza Gabriela Hardt, que considerou Lula culpado no caso do sítio em Atibaia, acaba de assumir o posto que foi de Moro e pertenceu por algumas semanas a um caso de polícia fantasiado de juiz. Mas é possível que Collor fosse absolvido se tivesse apoiado Lula. E ninguém sabe quantas semanas (ou quantos minutos) Gabriela permanecerá no cargo.
De todo modo, parecem tão remotos quanto a Primeira Missa os anos em que milhões de brasileiros puderam acreditar que enfim entrara em vigor a norma segundo a qual todos são iguais perante a lei, e que havia lugar na cadeia para qualquer vivente que incorresse em pecados graves, mesmo que fosse o presidente da República. A corrupção recobrou o viço e esbanja saúde.
Leia também “A bofetada do Benedito”
Sem palavras! Esses abutres estão conseguindo destruir nossa esperança de um país melhor. Será que o inferno existe ou estamos vivendo nele?
Obrigado, Augusto Nunes! O Brasil decente agradece essa peça de autêntico Jornalismo. Tão clara, tão esclarecedora. Reveladora. Meu Deus, até quando o brasileiro vai aguentar? O sistema de corrupios e corruptores continuam descaradamente esticando a corda. E os quartéis caladinhos, vergonhosamente. A quem esses generais servem? A nós, povo, certamente não é.
Excelente matéria!
Não podemos esquecer da afinidade das classes artística e acadêmica com a parte mais podre da classe política nacional e da imprensa, o que ajuda a mostrar bem o tamanho da infecção generalizada que assola o país e perpetua esse grande mal, a corrupção, causa maior da pobreza, da violência e da estagnação de que somos vítimas permanentes.
Foi só chegar nos políticos do PSDB que a coisa desandou.
Bem pontuado.
Muito bom e interessante ver o resumo do que foi esse mar de lama. O pior é que está tudo de volta e vai acontecer de novo, na nossa cara, com o aval do stf, para garantir a patifaria. O congresso participa lavando as mãos e levando muito dinheiro de quem paga o suado imposto.
O texto deste artigo é o resumo desta ópera deprimente… As nulidades continuam triunfando, estamos quase perdendo a esperança…e nos invade o sentimento de vergonha…pela nossa honestidade…
Sim. Mas não podemos e não iremos desistir. E nem sentir vergonha se sermos honestos.
Impecável artigo Augusto. Traz com maestria os fatos. O relato entre Jucá e Machado é vergonhoso e deprimente. E o pior, esse lamaçal todo de volta. Mas não vamos desistir. El Salvador, que vem sendo ha cerca de 1 ano governado por um jovem de direita, está demonstrando que a solução está em retomar ou valores que nos tornam dignos. E tolerância ZERO contra a corrupção.
Impecável Augusto!
Sugestão para começar a acabar com o ninho de serpentes do Brasil já. 1- Reforma política geral e irrestrita com o estabelecimento do voto distrital pleno. 2 – Reforma do poder Judiciário, acabando com o atual critério político de escolha dos membros das supremas corte. 3 – Criar a Corte Constitucional em lugar do atual STF, composta por Juízes de carreira avaliados por critérios ilibado saber jurídico comprovado pelo exercício da magistratura ao longo dos anos e escolhidos em concurso público e jamais por indicação de políticos bandidos e com folhas corridas junto às supremas cortes as quais os julgam. 4 – Acabar com o Foro privilegiado que faz com que estes políticos bandidos pra que não sejam julgados nem penalizados façam conluio com juizes igualmente corruptos na troca de favores de um não julgar o colega corrupto. 5 – Reforma política para acabar com financiamento público ou privado para a compra de votos e enriquecimento ilícito dos donos dos partidos. Tenho absoluta certeza que adotadas estas medidas, acabaremos com a maioria dos problemas e castas que hoje dominam e humilham a sociedade brasileira, devolvendo ao Brasil a verdadeira democracia e renova as esperanças da sociedade como um todo, de no mais breve possível recuperarmos nossa esperança de um futuro promissor para nossos filhos e netos. Como um cidadão comum mas que deseja o bem para todos os brasileiros, tenho contribuido dentro do meu entendimento e patriotismo para que possamos alcançar a tão sonhada alegria e felicidade, onde todos os brasileiros possamos viver em paz e felizes no pleno exercício dos nossos deveres e direitos de cidadãos desta terra brasileira reconhecida por todos como nação abençoada por Deus, mas que infelizmente a temos degenerado e ultrajado vergonhosamente nestes últimos tempos. Lembremo-nos, temos um País imenso em áreas agricultáveis, e muitas riquezas minerais que causam inveja Á muitas nações poderosas desta terra, somos na grande maioria um povo honesto e trbalhador, um povo criativo que enfrenta todas as lutas da vida sempre com determinação e certeza na vitória com a ajuda de Deus acima de tudo e de todos. Que o Deus criador e sustentador do universo entre com seu socorro e use os filhos desta terra nos unamos dentro deste propósito. Certamente ele levantará meios e pessoas que amam este Brasil e juntos o tiraremos deste vale de lama em que estamos nos aspectos político, social e econômico em que nos encontramos. DEUS, a solução para nosso Brasil certamente virá de Ti, assim esperamos vencer mais estes momentos de escuridão e desesperança. Força Brasil, ação e confiança em DEUS, e venceremos.
A gente precisa voltar às ruas e continuar denunciando esse circo
Até quando…
Excelente!
E nós, brasileiros, achando que ir para as ruas pedir a saída da “presidanta” havia sido ouvido pelos políticos, e na verdade fomos manipulados por eles, para livrar suas peles. Agora vi o quanto o povo é indefeso nesse país, governado por um sistema sujo.
Augusto Nunes descreve um verdadeiro filme de horror, onde os brasileiros de bem estão à mercê dos cavaleiros das trevas.
O SISTEMA (todos os poderes) age com vigor totalitário, objetivando vingança. Sendo o Congresso subserviente e inoperante, não há razão para existir. Os 350 mil eleitores de Deltan Dallagnol, humilhados pelo “bendito” tse é que, precisam reagir e mostrar que – o poder emana do povo -.Essas criaturas, que hoje se julgam donos da verdade. deveriam pensar na efemeridade da existência e na lei do retorno.
Mais um artigo fantástico do brilhante Augusto Nunes. Precisamos retomar com urgência o VOTO AUDITÁVEL.
PARABÉNS PELA MATÉRIA DOS FATOS, PENA QUE BOA PARTE DOS PODERES É PODRE E CORRUPTA , UM DIA ELES PARTIRÃO DA TERRA E NÃO LEVARÃO NADA DAQUI, DEIXARÃO UMA TERRA MAIS LIMPA DA PODRIDÃO
Acho interessante é que tudo acaba na dedução que o povo é que tem que fazer. Fazer o que e com o que? Num pais com 50% de semi alfabetizadas, esperar o que? Estarrecedora a conversa dos dois meliantes e, o povo indo as ruas pedir o impeachment da Dilma, achando que era sua vontade que iria prevalecer. Ledo engano. Somos um povo ignorante, e vamos pagar o preço dessa nossa ignorância, quabdo tentamos mudar, durou só 4 anos, e tudo voltou a ser como os meliantesvm do norte e nordeste querem que seja.
Imagino que isso é reflexo da indiferença de todos nós. Ninguém jamais quiz saber de controlar o seu direito oferecido pelo voto aos deputados e senadores, os quais, sendo pusilânimes, tornaram-se escravos do dinheiro e do poder.
Alguns deles estão sozinhos na luta pelo cumprimento da lei.
Hoje, todos somos culpados pela incompetência e subserviência do legislativo que está com uma ‘bola de ferro’ nos pés.
Queremos ver solução e menos ‘mi-mi-mi’.
Além de vocês, bravos e corajosos jornalistas, quem se levantará contra isso?????
Como é que conseguiram fazer? A Sociedade precisa saber.
Lendo essa reportagem penso que ainda podemos acreditar numa virada a canalhice foi imensa.
Mais uma brilhante obra de arte do nosso querido Mestre Augusto.
Augusto Nunes maravilhoso. Brilhante artigo. Jornalista como você nos orgulha e nos dá esperança. Parabéns
O mesmo Supremo Tribunal Federal de hoje, que absolveu Lula e todos os condenados da Lava Jato, é o mesmo que os condenou no verão passado agora com 02 (dois) inúteis e subservientes: Nunes Marques e André Mendonça. Ambos aceitaram a voz de comando de Alexandre de Moraes e rezam na mesma cartilha dos demais membros. Quem tem coragem no Brasil para quebrar o sigilo telefônico, bancário e etc. desses ministros? Ninguém. Alexandre de Moraes conseguiu instaurar o Estado de terror no país. Tudo e todos estão, severamente, fiscalizados e censurados. Lula, a Esquerda, Forças Armadas e todo o aparato estatal em todos os entes federativos aderiram a essa onda. A internet, as redes sociais e os telefones, principalmente, estão censurados. Está tudo dominado salvo se o povo se rebelar contra esse estado de coisas. Alegar suspeição de Sérgio Moro porque ele aceitou o cargo de Ministro da Justiça de Bolsonaro é pura enganação. Da mesma forma que alegar erro de endereço para a impetração daquelas ações da Lava Jato, anulando-as, é pura balela. Todas essas ações, inclusive, já tinham transitado em julgado. Eu, particularmente, não vejo Sérgio Moro uma pessoa confiável. Ele tinha a certeza de que uma das vagas no STF seria dele. Ledo engano. Gravou aquela reunião no Palácio do Planalto e se rebelou contra Bolsonaro. Os vídeos não provaram nada contra Bolsonaro, mas desgastou a imagem do ex-presidente naquele momento. Depois de eleito Senador, pelo Estado do Paraná, passou a apoiar Bolsonaro, inclusive, aparecendo nos debates da televisão ao lado do ex-presidente. Este, há muito tempo, já sinalizava em direção a André Mendonça, homem de Deus, voltado à religião e aos bons costumes para uma das vagas do STF. André Mendonça mostrou-se ser conivente com os seus colegas de toga. Muito parecida foi a escolha de Nunes Marques. Deu no que deu. O que o povo brasileiro, eu, principalmente, gostaríamos de saber foi como se deu os bastidores da descondenação de Lula e sua terceira recondução ao cargo de Presidente da República. Para sabermos isso, repito, temos que quebrar o sigilo das contas bancárias, fiscais e telefônicas desses ministros do STF, mas, até agora, não apareceu ninguém com essa coragem. Em relação ao Congresso Nacional, estamos órfãos. Há exceções, Graças a Deus, mas, infelizmente, continuam sendo uma minoria de exceções. Melhor do que nada. Quem manda no Brasil é Alexandre de Moraes assessorado por Lula e a Esquerda. Em relação à Juíza Federal Gabriela Hardt, dificilmente ela aceitará a titularidade da Décima Terceira Vara Federal de Curitiba – PR. Ela é jovem, bonita, provavelmente, casada e com filhos. Vocês acham que ela tem coragem para enfrentar os corruptos descondenados pelo STF? Em pleno governo Lula? De forma alguma. Quem matou Celso Daniel e ficou impune até hoje, matar essa Juíza e a família dela é muito fácil. Da mesma forma que acabar com Bolsonaro e os opositores do regime, também, é muito fácil. Eu concordo com Augusto Nunes, a corrupção está mais do que saudável e revigorada, ela está mais viva do que nunca. Quanto ao diálogo de Romero Jucá e Sérgio Machado, é o retrato vivo daquilo que, até o momento, continuamos a viver no Brasil: a eterna corrupção de sempre.
Excelente! Atualmente a esperança dos brasileiros de bem está restrita somente ao bom jornalismo, pois nossas instituições não estão funcionando como deveriam…
Prezado Augusto Nunes!
Meus parabéns por mais este brilhante artigo, Pecadores Vingativos: verdade muito bem retratada!!!
Acompanho, regularmente, o programa OSF: programa em nível de excelência jornalística e um dos poucos canais, ainda, onde a verdade e os fatos são discutidos livremente! Parabéns a todos os integrantes do OSF.
Continuem perseverando nessa jornada!
Abraço,
Dolor – Campinas – SP
Parabéns ao Jornalista,Augusto Nunes!Excelente análise!E a luta continua,não podemos desistir do Brasil!🇧🇷🇧🇷
Artigo excelente! As vezes perdemos a esperança!
Brilhante artigo de ANunes! Mais pessoas precisam lê-lo, isentões desinformados , principalmente! Parabéns ao autor!
Caríssimo Mestre Augusto Nunes, Brilhante, Cronológico e Verdadeiro Comentário! Como Patriota e ingresso na Política desde os 5 anos de idade, estou com 73, Creio nos Velhos Livros e Ensinamentos de Tempos Idos. Estamos no Tempo do Apocalipse, não o que “chamam de fim-do-mundo”, mas o de Revelações, o tempo de João 8, 32: Conhecereis a Verdade… e, após esta , teremos a Apocatástase: Um Novo Céu, Uma Nova Terra, o Paraíso, para Homens e Mulheres de Bem… Estes corruptos, mentirosos, aproveitadores, malignos, irão para “os quintos dos infernos”… como diz o Livro do Apocalipse, Ap. 21, 8! O Processo STORM, está chegando! Saúde e Paz .
Excelente!
Excelente artigo,detalhes preciosos que mostram o caráter e o procedimento dos corruptos que roubaram o Brasil. Não podemos permitir essa farsa jurídica que deu liberdade a quem teria que cumprir mais de quatrocentos anos de prisão.
“Quem acompanhou o que aconteceu na Itália conhece o filme da reação dos corruptos”. Frase chave do pitoniso Barroso. No valhacouto as raposas aguardavam à espreita, aguardando o momento certo de contra-atacar. Não deu outra. Como já dizia o compositor Miguel Gustavo “enquanto a plebe rude na cidade dorme” os urubus se articulavam e preparavam a refeição: tal como a Prometeu, estão devorando novamente os nossos fígados. Eta!!!
É mais também não podemos deixar de ver o quanto a AMBICAO ESTRAGOU A LAVA JATO. DELTAN E MORO , ti há visão POLITICA E CONTOU EM TROCA DE PERDAO COM AECIO/ PSDB..PSDB COM DORIA ..
Assim não atingiram seua anseios de ambição e ainda ajudaram com 32 JUÍZES a deixar brecha pra contestação do PRESIDIÁRIO.
Apesar que preso , sem invasão a CUT, MST E A JANJA COM 17 MIL SALARIO PODERIAM CONTINUAR ACAMPAFOS OU FAZENDO VISITINHAS E AINDA CRIANDO NOS CARCEREIROS A SINDROME DE ESTOCOLMO.
ERA A POSSIBILIDADE DE PASSAR O BRASIL A LIMPO NAO COMO MÁRTIR, mais como destruidor desde 1981( S.PAULO OS METALURGICOS) EX INAMPS ( SAUDE/ PREVIDENCIA) E OUSOU A VOAR ALTO NA DESTRUICAO A QUE CHEGOU PASADENA( MOSTRANDO QUE PODIA VOAR MAIS) ESTA DOMINADO UNIVERSIDADES E POSSE ALEXANDRE/ PCC O JUDICIARIO..
Infelizmente continuamos na mesma novela. Lava jato foi um sonho de colocar o país no rumo do progresso, da integridade moral, da justiça, porém a turma do status quo jamais iria permitir. A preferência é o domínio do Estado e regrar do jeito que eles querem, a verdadeira ditadura que persiste desde sempre mas agora, mostraram a verdadeira faceta de ódio e vingança.
Perfeito e esclarecedor como sempre, mestre Augusto! Parabéns e obrigada. Duras verdades!
O Sistema voltou sim!
E mais forte do que nunca, ancorado na Justiça. Ninguém quer perder a boquinha dos negócios fáceis, do dinheiro fácil, dos contra-cheques polpudos, ainda que a lei limite, imponha um teto.
De fato a situação piorou e muito. Seria a hora da população resiliente e consciente voltar às ruas do País e dizer quem é de fato que manda nesse Regime Democrático!
A Democracia não é o melhor sistema, mas é o único que garante uma certa liberdade. Até quando não sabemos. Ou até que a dominação se efetive de uma vez por todas, talvez.
O certo e líquido é que não há sistema e nem regime político que aguente O POVO NAS RUAS!
Ou faremos agora ou nunca, será tarde demais!
Se existe um lugar em que a igualdade de gênero é exemplar é o STF: lá há satãs de terno e satãs de saia. No Inferno à brasileira, em vez de rabo e chifres os personagens usam capas pretas e brincam de ser Deus. Eles gozam quando bagunçam os mandamentos mudando a legislação e a jurisprudência. Eles gozam ao contemplar brasileiros e brasileiras vagando no limbo, tateando perdidos no tempo e no espaço. Sádicos gozam.
O ARTIGO, embora arrepiante, ESTÁ MAIS QUE PERFEITO.
Desde muito jovem aprendi que não existe meio termo em ser honesto ou não. Ou se é honesto ou é ladrão. É muito frustrante para as pessoas de bem , o que é uma obrigação, constatarem que a justiça realmente não funciona em nosso país . Valores invertidos é o que mais vemos hoje em dia. Quem cometeu crimes, mesmo com o passar dos anos continuam a ser criminosos , mesmo que as narrativas mudem em 360º a opinião dos magistrados.
Augusto parabéns pela coragem e profissionalismo. Políticos e Tribunal Superior todos um SUJOIS, apoiando a corrupção e dela participando. O audio é assustador. O STF fez o seu papel, liberou todos os corruptos. Que vergonha.
Uma pergunta: Porque do silencio do Barroso? Alguém teria um dossiê, a lá ACM? Os petralhas teriam dossiês para impor suas vontades aos ministros?
Nunes, perfeita reconstrução da história. Tens que escrever um livro para que no futuro todos saibam a verdade sobre estes canalhass.
Chegamos finalmente a conclusão que no Brasil compensa muito ser desonesto.
Augusto, quem deve estar muito puto da vida é o Japonês da Federal.
O agente da PF ficava na frente das mansões e prédios de alto luxo esperando o relógio marcar 06h00min para entrar em ação… para quê?
“Se o Brasil não acabar com a saúva, a saúva acaba com o Brasil”.
Essa frase do pesquisador francês Yves Saint-Hilaire se transferida para os atos de corrupção serve como uma luva ao país.
E pior, em níveis nunca vistos neste país onde judiciário, executivo e legislativo com raras exceções atropelam a tudo e a todos.
Mestre Augusto, espero que você viva muito, o que será do bom jornalismo sem você.
EXCELENTE MATÉRIA. POR ESSAS E OUTRAS FICO SATISFEITO POR TER ASSINADO A REVISTA OESTE. DEUS ABENÇOE E FORTALEÇA VOCES PARA SEGUIREM DEFENDENDO A DEMOCRACIA NO BRASIL.
Agora está muito pior do que do início da lava jato. Hoje tem 11 comunistas no STF destruindo a constituição diariamente e dando cobertura total aos comunistas. Estão roubando o país, cometendo crimes a luz do dia com anuência de todo o judiciário. E vai piorar muito.
Um dia o chicote mudará de mãos.
Artigo impecável, relembrando o dialogo do sistema parasita e perdulário. Em um coloquial, presumo, da máfia, o dialogo não seria tão rasteiro. Ali estava escancarada a tríade do poder em todo seu esplendor.
O Império Romano é considerado a maior civilização da história ocidental. Durou cinco séculos; O Terceiro Reich durou 1933 e 1945. Nestas épocas não a havia a comunicação e internet atual. Este tenebroso período que vivemos no Brasil atual é efêmero, pois qual a agua que procura desesperadamente seu nível, assim faz a razão e a verdade. Os provedores deste descalabro tem seu lugar reservado no limbo da historia.
Parabéns Augusto, sua luta nunca será em vão.
Augusto, parabéns pela coragem de expor o que realmente aconteceu e o que está acontecendo.
Mas estou triste, pois não vejo saída, para nós, simples mortais.
E esses cabras DORMEM todos os dias em seus “santos leitos”, mesmo cientes, absolutamente cientes, de que agem em oposição à lei, em oposição a fatos horrorosamente delituosos, em oposição à racionalidade, em oposição à sociedade composta por mais de duzentos e quinze milhões de brasileiros pagadores de impostos?
Ou seja, de que forma esses cabras chegam a suas casas e olham nos olhos de cônjuges e de filhos?
Ou de que modo seus cônjuges e filhos os olham, uma vez cientes de todas essas patifarias jurídicas?
Dito de outro modo, esses cabras não cultivam nem um MILIONÉSIMO de vergonha?
E intentam levar para suas respectivas sepulturas todo esse enredo excrementício?
Este é o país do faz de contas! Lava jato nesses senhores de toga! Só os novos parlamentares, ainda não contaminados pelas ratazanas, podem transformar este país!
Augusto parabéns, sempre corajoso. Entretanto discordo dessa santidade Barroso que você inicia com elogios, pois se estamos vivendo esse autoritarismo do Judiciário e do Executivo cabe-lhe a responsabilidade por ter conseguido possivelmente sob ameaça, a mudança de posição da maioria 2/3 da Câmara dos Deputados para aprovar a PEC do voto impresso. Vale lembrar que levada ao plenário da Câmara a proposta foi vencedora porem por maioria simples. Caso não houvesse a intervenção de Barroso, e o resultado fosse o mesmo, ou seja, o eleitor gosta mesmo desse tipo de governo, paciência, assim como disse varias vezes Bolsonaro que passaria a faixa para o vencedor com eleições transparentes e auditáveis. Entendo que aprimorar as urnas eletrônicas sequer precisaríamos de PEC mas somente de Técnicos da Informação (TIs) e não de juristas, e evitaríamos graves conflitos.
Qual o preço de uma suprema côrte mudar da água pro vinho? Não precisa responder, Romero Jucá já respondeu de sobra
Somente uma reforma política poderia acabar a médio prazo com essa vergonha. Extinguir todos os partidos e deixar apenas dois. Muitos deputados, senadores e agregados, com gastos exorbitantes. Será que não tem uma solução?
Augusto, que artigo! Nem um bisturi corta tanto como as tuas frases.
Vontade de vomitar!!!!!!!!!!!!!!!!
Nunes,
excente analise !!!
Lamentavelmente no Brasil a suprema corte ( letras minuscullas ) é partidaria e formada por exemplo por um advogado da pior especie da justiça Italiana – Cesare Batista. E este advogado olhou nos olhos e acreditou no homen que depois na Italia confirmou seus crimes – VEJA EM QUE MÃOS ESTA A JUSTIÇA DO BRASIL.