O agronegócio brasileiro é a atual obsessão de empresas europeias — muitas de olho em investimentos diretos no setor. “Houve um recorde de PIB no agro só este ano, isso é fato”, diz o empresário italiano Graziano Messana. “Só o PIB do agro é o mesmo de muitos países, como o Egito. E como aconteceu esse crescimento? Com tecnologia. Não é que aumentou o faturamento porque passaram a cultivar mais terras, mas as mesmas terras passaram a ser cultivadas de uma forma melhor.”
Invasão de estrangeiros
Graziano Messana acaba de assumir a liderança da Eurocâmaras no Brasil, instituição que representa 5 mil empresas europeias no país e 15 câmaras de comércio, como Alemanha, Espanha, França e Itália. Messana recebeu Oeste na sede da Câmara de Comércio Italiana, onde também é presidente, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. Entre belos pratos com sashimis de salmão e peixe branco (e não uma pasta com molho vermelho), o italiano da Sicília afirmou com seu sotaque carregado que o interesse europeu no país é muito maior do que há cinco, dez anos — e um dos sinais dessa tendência é a lotação do Agrishow, uma das maiores feiras de agronegócio do mundo. “Foi invadida por estrangeiros.”
Da gestão das galinhas às fazendas conectadas
O papo que circula por países europeus, segundo Messana, é a imensidão e a variedade de possibilidades de negócios num setor que não sabe o que é a palavra “crise”. “Tem várias tecnologias sendo desenvolvidas para cá”, diz. Entre essas tecnologias, há empresas para todos os gostos e necessidades: desde uma gestora de ovos de galinha verticais até uma que conecta wi-fi em fazendas localizadas em rincões brasileiros. “A agricultura na Europa é de um tamanho, digamos muito menor, e aqui no Brasil é gigante. Existe uma forte sinergia”, diz.
O Brasil é agro
Residente no Brasil há 20 anos, casado com uma brasileira e com filhos paulistanos, Messana defende o setor como deveria fazer todo brasileiro: “Somos um país que vai acabar com a fome daqui a 25 anos, porque vamos dar comida para todo mundo. A parceria então funciona assim: vocês, europeus, investem aqui para colocar uma agricultura de mais precisão e sustentável, e a gente consegue entregar comida”.
Pais de pets
Mas não é só pelo agronegócio que o europeu está interessado no Brasil. Dois outros setores foram apresentados numa recente reunião de relacionamento entre empresários em Milão: um deles é o de pets — são 150 milhões de animais de estimação no país, sendo mais de 55 milhões apenas cães. O interesse de marcas europeias vem da profusão de produtos destinados aos públicos abastados que desejam mimar seus dogs. O mais citado é a ração ultra-premium, com valores acima de R$ 400.
Mundo fitness
O segundo setor causou surpresa, até mesmo no Brasil: é o de roupas fitness. “O Brasil vive uma mudança de estilo de vida onde o pessoal procura uma boa alimentação e uma frequente rotina de exercícios físicos”, diz Messana. Essa realidade faz com que marcas de roupas, especialmente italianas, busquem o público brasileiro que veste a roupa fitness não só para malhar na academia, mas também para se sentir confortável no dia a dia. O empresário alerta que o setor fitness já abrange variados microssegmentos, como os de alimentação e de maquinário para exercícios em prédios e casas, além das academias.
Academia em todo lugar
A abertura de capital da rede de academias Smart Fit, em julho de 2021, se tornou chamariz dos estrangeiros que pensam em investir por aqui. Nenhuma academia da Europa, afinal, já foi listada na bolsa de valores, enquanto o Brasil superou o impressionante número de 35 mil academias. “São números que assustam”, diz Messana.
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Mercado de investimentos
Braço financeiro do Mercado Livre, o Mercado Pago fechou o mês de maio tendo três fundos de investimentos do banco digital em parceria com a Órama entre os cinco fundos que mais ganharam cotistas no Brasil. O fundo multimercado lidera entre o maior ingresso de investidores, seguido de renda variável (especialmente ações na bolsa) e renda fixa.
Detalhe
O mais interessante desse recorte do Mercado Pago: 50% dos usuários que ingressaram com dinheiro nos fundos do banco nunca tinham feito nenhum tipo de investimento antes.
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Interessante ver um estrangeiro, meio brasileiro, enaltecendo a pujança do agro enquanto o Executivo em exercício (que deveria estar na cadeia) o classifica de fascista e deseja implantar através do seu braço terrorista MST a agricultura dos tempos do feudalismo.
Tenho 66 anos e nasci na roça onde vivi até meus 10 anos.
Não existia praticamente nada e a agricultura de subsistência era realizada com foice, enxada e rastelo com produtividade baixíssima.
O Brasil importava em grande escala principalmente carne, arroz, feijão e trigo.
Em 1973 com a criação da EMBRAPA pelo governo militar 1964-1985 começamos a trilhar o caminho do sucesso numa área que assola as civilizações desde que o mundo é mundo. A segurança alimentar.
Hoje exportamos para o mundo produtos e sub produtos do agro que sequer conhecemos e tem artigo do Doutor Evaristo de Macedo sobre o assunto aqui mesmo na Oeste.
O agro movimenta todas as cadeias produtivas de bens e serviços no país embora alguns desinformados ou militantes doutrinados não consigam enxergar o óbvio.
Não sei o que é pior, se a moda fitness própria para exercício sendo usada em tudo que é lugar desde banco até supermercado ou se aquela velha conversa de vocês produzem (agro) e nós fabricamos e revendemos para vocês.
Todo brasileiro deve mesmo enaltecer o Agro, orgulho para o país. Apenas o Presidente da República chama o agro de Fascista. É uma vergonha . Um boçal.
No caso do ladrão descondenado é burrice mesmo…
Acompanho o Messana e sua equipe pelas mídias da Câmara Italo-brasileira. Tenho interesse pelo pistache siciliano.