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Foto: Shutterstock
Edição 170

‘O mundo é digital, interativo e imersivo’

Nvidia, a empresa de US$ 1 trilhão, age como uma startup

Bruno Meyer
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“O Brasil está se tornando competitivo.” A frase é do executivo Marcio Aguiar, maior liderança da Nvidia na América Latina. Fundada em 1993, no Estado norte-americano da Califórnia, a Nvidia é o mais concreto caso de transformação nos negócios e na economia que os avanços nos sistemas de inteligência artificial podem trazer. Suas raízes, no entanto, não estão apenas nos Estados Unidos. A participação que o Brasil tem desempenhado tanto para a empresa quanto para a área tem se tornado cada vez mais relevante. “Temos uma presença muito grande aqui, especialmente para levar novas tecnologias para as principais empresas do setor”, diz Aguiar. O executivo exemplificou à Revista Oeste algumas ideias por trás de uma das mais valiosas empresas do planeta.

Clube do trilhão

A Nvidia é uma rara empresa que chegou ao valor de US$ 1 trilhão. Sim, é quase inimaginável uma única empresa no mundo ter esse porte e um valor de mercado tão expressivo, comparável ao Produto Interno Bruto de uma nação com mais de 210 milhões de habitantes, como o Brasil. Esse é o peso atual da companhia de 28 mil funcionários. Outras poucas empresas, como o Google e a Microsoft, ostentam o título de trilionárias. A Apple vai além: está perto de atingir US$ 3 trilhões, graças às vendas dos imbatíveis iPhones. 

Nvidia: fundada em 1993, a companhia tem um importante braço de negócios no Brasil | Foto: Divulgação
Dos bancos à Petrobras

No seu escritório perto da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, em São Paulo, com 42 funcionários, a base brasileira da Nvidia tem trabalhado diretamente com várias empresas nacionais, dos mais variados setores. O principal cliente é a Petrobras. “O varejo tem buscado inovação para se tornar mais competitivo. No setor de saúde é a mesma coisa, além dos bancos, que buscam novos conceitos para se tornarem atraentes para um público mais jovem, que quer estar exposto ao que há de mais moderno em tecnologia”, diz Aguiar.

Petrobras: a estatal é a maior cliente da Nvidia no Brasil | Foto: Fernando Dias/Shutterstock
Não se acomode…

A Nvidia ficou famosa pela atividade que está na origem de seu lançamento: a fabricação de chips para videogames. “Os gamers são a nossa base, foi o que nos trouxe aonde estamos agora”, diz Aguiar. Mas a empresa aprendeu uma lição básica dos negócios e que muito empreendedor esquece: não se acomodar. “A gente se posiciona com a mentalidade de uma startup. Trabalhamos com inovação, temos de ser ágeis e atender à demanda do nosso cliente final”, diz o executivo.

Nvidia: os gamers são o foco, mas a inteligência artificial levou ao trilhão | Foto: Shutterstock
…e o segredo do trilhão

De expert em games, a Nvidia foi dividida em duas partes: Consumer e Enterprise. A segunda, comandada por Aguiar, responde pelas áreas de inteligência artificial, robótica, carros autônomos, data centers e supercomputadores. E foi essa área que a transformou numa das mais valiosas do planeta: a Nvidia foi a que mais se beneficiou da onda da inteligência artificial ao desenvolver o microchip usado pelo ChatGPT. Desde janeiro, com o aporte de US$ 10 bilhões da Microsoft na OpenAI, do ChatGPT, a Nvidia disparou: os papéis da empresa valorizaram 165%, atingindo o trilhão em valor, o que a fez superar pesos-pesados da bolsa norte-americana, como a Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp). 

A IA melhora nosso rendimento

Ao contrário de muita gente, os executivos da Nvidia não se preocupam com a possibilidade de perdas de emprego massivas no mercado de trabalho com a utilização ostensiva da inteligência artificial. “Muito pelo contrário. A IA existe hoje para melhorar nosso rendimento no trabalho”, diz Aguiar. “As técnicas de inteligência artificial estavam presentes há muitos anos em nossa vida, só que não existiam processamentos suficientes. O mundo que a gente vive é digital, interativo e imersivo. Todo mundo tem um smartphone, todo mundo assiste a streamings de vídeo, todos mandam fotos e vídeos. Ou seja, todas essas técnicas requerem grande poder computacional e humanos desenvolvendo softwares que vão permitir que a gente tenha mais experiências.”

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Renner
Foto: Divulgação/Lojas Renner
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Churrasco gaúcho no Canadá

Criada em 1979, em Porto Alegre, a Fogo de Chão vai abrir um segundo restaurante no… Canadá. A rede brasileira vai aumentar a presença global: em 2023, serão 12 novas operações internacionais. A nova unidade em Toronto apresentará uma churrasqueira aberta, onde os clientes poderão apreciar os chefs gaúchos preparando cortes de carne em uma chama aberta. 

Ambiente interno do restaurante Fogo de Chão | Foto: Divulgação
Bateu cem

Maior rede de livrarias do Brasil, depois do colapso da Saraiva e da Cultura, a mineira Leitura vai inaugurar a centésima loja em julho. Será em um shopping do grupo Iguatemi, em Sorocaba, no interior de São Paulo. Mais de 500 metros quadrados serão utilizados para levantar a livraria. A rede planeja abrir mais sete unidades pelo país em 2023.

Leitura: a maior rede de livrarias do país chegou a cem lojas | Foto: Divulgação

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Leia também “O Brasil do agro, dos pets e do fitness

3 comentários
  1. Marcus Borelli
    Marcus Borelli

    Eu sou do modelo antigo e por isto prefiro a inteligencia natural, aquela que está sempre comigo.

  2. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Já comentei

  3. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    O CHATGPT Quem inventou foi Lulinha, o Ronaldinho da Internet. Só não deixe ele ficar ai dentro da empresa

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