Nesta quinta-feira, 6, a Câmara dos Deputados aprovou em primeiro turno a reforma tributária proposta pelo governo federal. A votação em segundo turno foi programada para esta sexta-feira. Em seguida, o texto será enviado ao Senado.
Que é preciso colocar ordem no manicômio tributário brasileiro, todos concordam. O que nem o mais ferrenho partidário da reforma consegue explicar é por que tudo está acontecendo com tamanha rapidez.
Afinal, o que levou Arthur Lira a avançar com a reforma a toque de caixa? O presidente da Câmara, que não exibia pressa na última semana de junho, começou julho em alta velocidade. Como observa Augusto Nunes em sua coluna, Lira voltou bem diferente do que circulou por Lisboa como participante do seminário que reuniu também representantes do Executivo e do Judiciário.
“Para começo de conversa, a urgência incomoda”, afirma Rodrigo Constantino em seu artigo. “Alguns alegam que já se debate essa reforma há duas décadas, mas isso é falso: não era exatamente essa a proposta do relator. Há gente boa e séria, comprometida com o país, apoiando a reforma apresentada. Mas os mais empolgados com a aprovação são PT, Boulos, o centrão fisiológico guloso, a Globo e a deputada do Lemann”. A reportagem de Carlo Cauti esclarece boa parte dos prós e contras da proposta oficial.
O governo federal liberou mais de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para conseguir a aprovação de mudanças no sistema tributário. Em contrapartida, pouco investiu no setor de infraestrutura nos últimos seis meses. Sem apresentar uma única obra ou projeto relevante, como prova a reportagem de Silvio Navarro, Lula limitou-se a anunciar o lançamento de um novo Programa de Aceleração do Crescimento, terceira encarnação do velho e cansado PAC.
A imprensa brasileira finge não enxergar a incompetência federal e fecha os olhos aos incêndios que consomem o Canadá. Em dois meses, o país da América do Norte perdeu mais florestas do que todo o bioma Amazônia em dez anos. “Nenhum presidente ou primeiro-ministro europeu acusou o governo canadense de ser incompetente em proteger suas florestas nem sugeriu internacionalizá-las”, observa Evaristo de Miranda em sua coluna.
A preocupação com o meio ambiente canadense também não deu as caras em nenhuma das dezenas de mesas de discussão do Foro de São Paulo. Gustavo Segré, articulista de Oeste, foi o único jornalista independente a tornar-se testemunha ocular e auditiva do encontro. Ele conta em detalhes como pensa, fala e age a extrema esquerda latino-americana estacionada em algum lugar do passado. Segré voltou da viagem por outros séculos convencido de que o principal objetivo vai além do combate ao capitalismo. “Eles querem impedir que alguém pense diferente”, diz.
Esse autoritarismo explica, por exemplo, a perseguição movida pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro à deputada María Corina Machado, sua mais expressiva adversária política. “Com base em nossa experiência, recomendo aos brasileiros que cuidem do sistema judicial e não deixem de lutar pela liberdade de imprensa e de expressão”, afirmou Corina, em entrevista exclusiva a Cristyan Costa, publicada nesta edição. “A dilapidação desses fundamentos essenciais foi o início da destruição institucional da Venezuela.”
María Corina foi proibida de ocupar cargos públicos por 15 anos. Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Exatamente, a esquerda trabalha para proibir o pensamento diferente. Jamais podemos nos render diante destes picaretas.
Os fatos nos remetem à procura de luz no fim do túnel que a cada momento vai ficando mais difícil de encontrar mas desistir jamais .
Corja de bandidos ladrões comunistas terroristas
É comovente a resistência de Oeste em suas convicções, em sua marcha semanal rumo aos fatos, à verdade. É, sobretudo, inspiradora.
Não se discute a necessidade de substituir a colcha de retalhos em que consiste o nosso Sistema Tributário. Nisso estou de acordo. O grande e mais grave problema, ao meu ver, é a mais absoluta falta de discussão de um tema de tamanha importância para a vida dos brasileiros nas respectivas comissões de representantes eleitos pelo povo. Ouvi comentários de que o texto final foi entregue aos deputados em torno de 1 (uma) hora antes da abertura da seção que aprovou a PEC. Podemos estar diante da versão piorada de um certo Juiz de nossa Suprema Corte. E desta vez, trata-se de alguém eleito pelo Povo. O terceiro na linha de sucessão presidencial. Será que os R$ bilhões liberados na véspera têm algo a ver com toda essa urgência? Quais interesses se escondem por trás de toda essa urgência? Estamos caminhando a passos largos rumo a uma ditadura.