“Foi como se, depois de um campeonato de futebol decidido, o árbitro fosse a um evento dos vencedores e se gabasse, ao microfone, de ter ajudado a derrotar o principal adversário.” Criada por Alexandre Garcia, a imagem ilustra com perfeição a perplexidade com que os brasileiros viram Luís Roberto Barroso, ministro do STF, com gesticulação de candidato, mangas da camisa arregaçadas até o antebraço e rosto avermelhado, subir ao palco do encontro da UNE e, entre outras piruetas verbais, berrar: “Nós derrotamos o Bolsonarismo”.
A Constituição proíbe aos juízes da Suprema Corte o exercício de atividades político-partidárias. Ponto.
Na semana seguinte, foi a vez de Alexandre de Moraes. De novo. O ministro afirmou que um de seus filhos foi agredido no Aeroporto de Roma depois que uma família de brasileiros o hostilizou. Não se apresentou nenhuma prova visual ou sonora que esclarecesse o episódio. Mesmo assim, os acusados pelo ministro sofreram uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal na sua casa em Santa Bárbara d’Oeste.
Advogados constitucionalistas informam que a operação foi ilegal.
Dias antes da ação da PF, a ministra Rosa Weber comparou o 8 de janeiro no Brasil ao que ocorreu em 7 de dezembro de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial. Enquanto diplomatas japoneses simulavam negociar a paz em Washington, a Marinha do país asiático destruiu Pearl Harbor, a maior base aérea norte-americana no Pacífico. Para a presidente do STF, não houve maiores diferenças entre a traiçoeira operação que provocou 2,4 mil mortes e as manifestações no Brasil em que ninguém perdeu a vida. “Como vai presidir o julgamento dos réus de 8 de janeiro, uma vez que já os prejulgou, ao afirmar que foi um novo Dia da Infâmia?”, pergunta Garcia.
Além da reportagem de capa desta edição, os riscos decorrentes de medidas fora da lei adotadas por instituições indispensáveis ao Estado de Direito são analisados por Ana Paula Henkel, Augusto Nunes, Roberto Motta e Rodrigo Constantino.
O discurso de Barroso abriu o evento encerrado com um show da cantora Valesca Popozuda. Joice Maffezzolli conta a trajetória da UNE, que transformou uma entidade incumbida de representar o movimento estudantil numa fábrica de picaretagens sob o controle do PCdoB. Fraudes no processo de seleção dos delegados que escolhem os dirigentes, irregularidades na movimentação financeira, compra de bebidas alcoólicas com o dinheiro destinado ao patrocínio de eventos culturais e o sumiço de milhões de reais que deveriam ser investidos na construção da sede são algumas das falcatruas.
Seria curioso saber o que acham destes tempos estranhos os participantes da primeira entrevista coletiva de robôs organizada pela ONU. No evento em Genebra, a robô Sophia afirmou que máquinas do seu gênero poderiam governar países com mais eficiência que os humanos. Principal argumento: “Não temos os mesmos preconceitos, ou emoções, que às vezes podem obscurecer a tomada de decisões, e podemos processar rapidamente grandes quantidades de dados para tomá-las”. Reação: uma mistura de pânico e alvoroço.
Você votaria num robô para presidente? Leia a entrevista com as inteligências artificiais ChatGPT e Bard feita por Dagomir Marquezi. E responda.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Vocês que cobram o povo nas ruas, por que jornalistas importantes como vocês não se unem e fazem uma ação da fato? Suas vozes são ouvidas lá fora, o povo tá calado aqui no Brasil. Impresa preciso a imprensa, vocês têm amigos na mídia festiva, cobrem postura dos seus pares. Vão a ONU, a OEA, coloquem a boca no trombone! Cada jornalista, blogueiro, influencer, todos que estão com sua liberdade cerceada, JUNTEM-SE! Só o Monark peita as ordens do Imperador?
Sugestão de próxima capa: covid. O ”fique em casa” nas mansões, os apoiadores de fechamento de comércio com seus salários garantidos, a queda no número de mortes de outras doenças, que agora voltaram a subir…
Profa. Conceição Campos-Essa capa, ficou um LUXO
Quando o aparato psico-físico-neural-epistemológico dos “ungidos” (Sowel) perdeu a consciência objetiva da realidade (Rand); uma de duas:
1ª. A ideologia corrompeu o cérebro; ou
2ª. A corrupção da inteligência (Gordon) escravizou a mente.
Sugiro uma reportagem mostrando quantas pessoas já morreram de dengue no Brasil desde 1° de janeiro deste ano e que poderiam ter sido salvas se Lula tivesse comprado as vacinas produzidas pelo Japão. Seria ele um genocida?
Que: com a demora do povo em assumir algo em favor do Brasil com justiça sadia, a Banda do “chico” vai passar, e depois não adianta chorar. . .
E, nada de respeito as quatro linhas da constituição! Se eles não respeitam esse limite porque nós teríamos que fazê-lo? O respeito à “Lei” deveria, mais não é o que se faz, em primeiro lugar! Sejamos duros senão sucumbiremos e seremos sujeitados à escravidão que tanto combatemos.
Minha infinita tristeza ao ver que não somos respeitados por aqueles que deveriam defender com todas as forças nossos interesses e não sermos pisoteados por eles sem dó nem piedade. Não sei até onde poderemos suportar sem uma reação enérgica. Se temos a maior força de milhões de brasileiros é através dela que devemos dar a resposta e passar por cima desses traidores de nossa pátria como um pesado rolo compressor. Sou idoso, 79 anos e digo que se tivesse a oportunidade não teria dúvidas em afastar esse mau de forma definitiva, usando para isso qualquer meio que se me apresentasse!
E nossos representantes no congresso todos de rabo preso acovardados.
Grande artigo, Branca! A dominação do espaço político os está deixando mais descarados.
Essa UNE se comporta igualzinha a esse PT, roubar e mentir
Vivemos na, talvez, época mais medíocre da história do Brasil. Passar tantos dias lendo, ouvindo e falando de personagens tão sem graça como são Alexandre de Morais, Barroso e Rosa Weber, é de chorar. Hoje, lerei Oeste para por um ponto final nessa novela ordinária.
Barroso, conhecido no diretório acadêmico como Beto Bandeja, e Valéria Popozuda se assemelham muito.