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Edifícios de Brasília | Foto: Thandy Yung/Unsplash
Edição 176

Carta ao Leitor — Edição 176

A reação ao assassinato de um policial militar, o aparelhamento do IBGE e a atuação de Flávio Dino nas investigações do 8 de janeiro estão entre os destaques desta edição

Redação Oeste
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Não é de hoje que as coisas no Brasil parecem do avesso quando o assunto é justiça, ética, moral e outros conceitos semelhantes. Mas poucas vezes esse fenômeno manifestou-se com tanta nitidez quanto no episódio do assassinato do policial militar Patrick Bastos Reis com um tiro de fuzil no peito, disparado por um sniper do crime. 

Reis teria sido apenas mais um policial morto em serviço, não fosse a resposta do governo paulista. Para recuperar uma região praticamente expropriada por traficantes de drogas, foram enviados 600 agentes à Baixada Santista. Até a noite de quinta-feira, 3, haviam sido presas 84 pessoas, 54 das quais em flagrante. O balanço da operação também registra a apreensão de mais de 150 carros e quase 120 motocicletas, além da localização de dez veículos roubados. 

Também foram apreendidas 21 armas, entre pistolas e fuzis. “Dos 16 mortos identificados, 11 tinham antecedentes criminais como homicídio, sequestro, porte ilegal de armas e tráfico — e alguns que estavam cumprindo pena em regime aberto”, informa a reportagem de capa desta edição, assinada por Silvio Navarro.

Há motivos para comemorações, certo? Errado. Em vez de apoiar a polícia paulista, optaram pela defesa dos criminosos o governo federal, a Ordem dos Advogados do Brasil e a maior parte da imprensa. Para o ministro Flávio Dino, por exemplo, “houve uma reação imediata que não parece, neste momento, ser proporcional em relação ao crime que foi cometido”. 

Enquanto protege culpados, Dino também faz o possível para ocultar provas que podem inocentar centenas de presos por vandalismo no 8 de janeiro. Por motivos ignorados, o ministro faz o possível para ocultar as imagens das sedes dos Três Poderes.

“Dino alegou que não poderia liberar gravação nenhuma sem a autorização do Supremo Tribunal Federal”, afirma Augusto Nunes, em sua coluna. “O que há nesse terceiro lote de imagens para tirar o sono e o juízo do seu guardião?”

Também afetada pela marcha da insensatez, a Petrobras volta a sofrer as consequências da ressurreição do tripé que destroçou a estatal nos governos anteriores do PT: manutenção de preços artificialmente baixos dos combustíveis, planos de investimentos mirabolantes e aparelhamento político. “É a mesma receita que, no passado recente, levou a maior empresa brasileira ao desastre”, observa Carlo Cauti

A terceira assombração já acampou no IBGE. Como mostra J.R. Guzzo em seu artigo, pouca gente neste governo Lula preenche tão bem o perfil do incompetente metido a “transformador social” quanto Marcio Pochmann, novo presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

Segundo Guzzo, a sorte dos brasileiros é que Pochmann tem pouco poder para colocar suas ideias retrógradas em prática. O azar é que tanto os diretores da Petrobras quanto Flávio Dino têm poder de sobra.

Boa leitura.

Branca Nunes

Diretora de Redação

Capa da Revista Oeste, edição 176. Patrick Bastos Reis, policial da Rota, metralhado durante patrulha, no Guarujá | Foto: Reprodução
7 comentários
  1. Renato Sarmento leal
    Renato Sarmento leal

    Faz o L

  2. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    O bem vai vencer, eu creio.

  3. DURVAL LICERIO FILHO
    DURVAL LICERIO FILHO

    O Brasil de hoje, é digno de pena. Os 3 poderes estão corrompidos por uma ideologia não se sabe onde se quer chegar, pois que temos de verdade é a ganância pelo poder e a corrupção desenfreada que atinge esses poderes. Uma total inversão de valores.
    POBRE PAÍS!!!
    DURVAL LICERIO FILHO

  4. Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva
    Luzia Helena Lacerda Nunes Da Silva

    Navarro
    Nunes
    Cauti
    Guzzo
    Branca Nunes
    Um time da pesada

  5. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    A melhor revista que eu já li

  6. ISILDA SILVEIRA COLLENGUE LAVANDOSKI
    ISILDA SILVEIRA COLLENGUE LAVANDOSKI

    Quero deixar o registro do meu apoio ao Governador De SP Tarcísio de Freitas e ao Secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite! Estamos cansados de acompanhar tantos roubos, violências, tráfico de drogas, etc…estamos nos trancando em casa, com cercas elétricas, alarmes e os bandidos soltos. Essa Democracia relativa em que estamos inseridos nesse momento, só proporciona o aumento da criminalidade! Governo que defende bandido é tão bandido quanto! Meus sinceros sentimentos à família do soldado Reis🙏🏻 que Deus os fortaleça!
    #naoaocrimeorganizado

  7. Antonio C. Lameira
    Antonio C. Lameira

    No Rio de Janeiro, a desgraça iniciou no governo Brizola, expulsou a formula 1 do Estado, estimulou a criação de favelas, Na Av. Brasil, temos favelas vertical, prédios esses que outrora foram empresas que forneciam empregos aos cariocas, de lá pra cá, com a esquerda no poder, só piorou, e agora no Brasil todo.

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