Os deputados acabam de aprovar, por 430 votos a 17, a prorrogação, por quatro anos, da lei que desonera a folha de pagamentos em 17 atividades que mais empregam. O governo tentou evitar, mas, quando viu que perderia, até o PT votou a favor, para não ser noticiado como derrota; afinal, a lei vem dos tempos de Dilma. A desoneração não isenta; cobra de 1% a 4,5%. Todas as demais atividades não listadas continuam pagando 20%. Imagine um país em que, para empregar, a empresa ainda tenha que pagar mais uma quinta parte da folha. O governo queria cobrar mais de R$ 9 bilhões de quem emprega e paga salários que geram impostos. Parece louco, não? Punir quem emprega; quanto mais emprega, mais paga. Esse sadomasoquismo pouco inteligente não se limita a isso.
Agora também o governo viu convertida em lei a sua medida provisória que elevou a isenção do Imposto de Renda de Pessoa Física: quem ganha até R$ 2.640,00 não paga. Quem ganha R$ 2.641,00 se torna pagante de imposto sobre essa irrisória renda, além de já ter pagado imposto sobre tudo o que comeu e sobre o pouco que conseguiu comprar. Esse pobre assalariado deve contribuir por mês, para o Estado brasileiro, com cerca de R$ 600 a R$ 800 em impostos embutidos nas compras, e recebe serviços ruins de segurança pública, ensino, saúde. É sadismo.
Para compensar a “isenção”, o governo vai taxar as aplicações em offshores, de 15% a 20%, embora não preste serviço ao aplicador. Calcula amealhar R$ 7 bilhões de 2,5 mil pessoas. Iria tirar, em média, R$ 2,8 milhões por pessoa. São pessoas que investiram no Brasil e lucraram. Investiram no ramo certo de atividade, empregaram os melhores, souberam vender e pouparam. Cautelosos, ponderando a segurança jurídica do Brasil, puseram dinheiro onde o viam mais bem guardado. Mas vão ser punidos com o quinto de seus rendimentos, por sinal o mesmo quinto que revoltou Tiradentes e seus inconfidentes mineiros. O governo quer punir quem se deu bem. Parece uma vingança da ideologia da luta de classes. Só que, prevenidos e bem-informados como são os bem-sucedidos, já mudaram de porto em R$ 40 bilhões, segundo a Anbima.
O governo anuncia que precisa de R$ 168 bilhões para fechar as contas do ano que vem, enquanto cria mais um ministério. Repetem-se os hábitos de gastos dos anteriores governos de Lula e Dilma
No fundo da escala econômica, é a ponta que tudo paga. Todo imposto que as empresas recolhem faz parte da formação de custos e vai para o preço final. Ao taxar o empregador, o governo desestimula o emprego. Em julho deste ano, o número de novos empregos com carteira assinada foi 36% menor que o de julho do ano passado. A insegurança tributária e jurídica está derrubando a arrecadação. Até agora a coletoria federal de impostos já recuou em 5,3% — e a queda aumenta a cada mês. A desconfiança com o futuro e a falta de segurança para planejar fizeram os investimentos estrangeiros recuar 32% — e a queda aumenta a cada mês. E o governo anuncia que precisa de R$ 168 bilhões para fechar as contas do ano que vem, enquanto cria mais um ministério. Repetem-se os hábitos de gastos dos anteriores governos de Lula e Dilma. Os resultados não serão diferentes.
Este é o cotidiano brasileiro do investidor, empreendedor, empregador, pagador de impostos: insegurança legal e insegurança jurídica. É uma política em que o Estado se serve da nação, para que ela o sustente, de modo cada vez mais pesado. E, quando as frentes parlamentares da agropecuária, do comércio e serviço, do empreendedorismo mostram ao presidente da Câmara que apoiam uma necessária reforma administrativa, o ministro político do governo Alexandre Padilha as acusa de quererem destruir o serviço público. O Estado quer ser maior que a nação. Aí se torna opressor, desestimulador, mau prestador de serviços, lento, burocrático. Tem que emagrecer para se tornar ágil. Se o Estado é grande, a nação fica pequena. É uma inversão. A avidez do Estado glutão taxa muito, põe regra em tudo e anestesia o desenvolvimento, o emprego, a renda. Quer se meter em tudo e tudo atrapalha. Faz propaganda de justiça social e cria a casta da nomenklatura estatal. Gasta fortunas do pagador de impostos em propaganda. A propaganda de um governo é a qualidade de seus serviços prestados. Outro dia, vi um mote de propaganda do governo afirmando que a reforma tributária é a base do desenvolvimento. Sofisma sádico.
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É pagar INSS para bancar, além das aposentadorias dos funcionários, também INCRA, SESI, SENAI, sindicatos de professores, e outros. PIS, COFINS, IRPJ, CSLL. Comércio ficar a mercê do manicômio de aliquotas de ICMS. São percalços do empreendedor…
Haja impostos para bancar essa turma da esquerda. Tá maluco.
O estado sempre foi usurpador do trabalho e dos impostos dos olhos da cara que ele, o estado cria para extorquir o cidadão e não nos dá a contra partida que deve em termos de segurança, educação e saúde. Agora então com este desgoverno da esquerda, menos ainda. É um salve-se quem puder.
Caro Alexandre Garcia, o que dizer de uma pai de família que ganha 10 e gasta 15??
Esse desgoverno é uma tragédia
Estado versus NAÇÃO, quem tombará primeiro.
Talvez a melhor coisa para destruir alguém definitivamente é deixá-la fazendo as M sempre. O brasileiro acordou para a política e não dormirá mais. A conferir.
Texto excelente, parabéns!
A tendencia é fortalecer o Estado e enfraquecer a nação resultando em opressão da população.
O Brasil dos políticos é diferente do Brasil dos brasileiros.
Somos saqueados sem pudor pelo estado letárgico. Esfaqueados pelo judiciário politizado e órfãos do Congresso omisso.
Muito bom Alexandre. O governo tem que gastar com propaganda para ter a mídia a seu favor. Não entrega nada , mas a mídia é militante pelas verbas milionárias. MÍIDIA VENDIDA.
O IBGE dá tudo ao contrário da realidade. Isso é que é uma corja de bandidos e esse Alexandre Padilha quando era ministro da saúde comprou dum laboratório do Canadá 400 milhões de doses de tamiflu pra curar a gripe aviária que contaminou 2 chineses, os funcionários quando chegava pra trabalhar tinha 200 mil na gaveta do birô. Isso é uma corja muito imunda estão todos aí de novo e com mais alguém, esse cara não foi eleito e a sociedade brasileira vai permitir uma imundice dessa?
Muito bom Alexandre Garcia, texto digno de nota. Nenhum empreendedor no geral quer seja pequeno, médio, grande, comércio, indústria consegue manter produção, emprego e riqueza para o País com impostos predatórios. Um empregado custa ao patrão o dobro do salário que recebe. Mas qual a voracidade da esquerda em uma simples reflexão: não há imposto, taxa etc que dê conta de manter um Estado inchado com salários e mordomias jamais vistas em outros países, exceto os assemelhados e olhe lá……Para não me alongar mais o Alexandre Garcia utilizou um termo que as vezes me vem a cabeça dos tempos de juventude. Naquela ocasião o que conhecemos hoje por Receita Federal era denominada de Coletoria da Fazenda Nacional.
Texto corretíssimo. O Brasil já sifu e vai naufragar novamente com o lulopetismo