A passagem do general Augusto Heleno pela CPMI dos “atos golpistas” deu o que falar, e pelos motivos errados. Quando foi acusado de promover o massacre de inocentes no Haiti, uma denúncia leviana, irresponsável e criminosa, o general perdeu a calma e interrompeu Duda Salabert (PDT-MG), alertando que poderia processar “o senhor” na Justiça. Salabert rebateu: “É senhora”. E imediatamente a imprensa alinhada à agenda woke destacou esse comportamento “absurdo” do ex-ministro bolsonarista.
A “senhora” que me perdoe, mas o general está certo! Ele vai acreditar no que seus olhos veem ou no que alguém confuso diz, negando a própria biologia? A ideologia de gênero tem ganhado força perante a mídia, mas continua representando uma afronta ao bom senso e à ciência, que essa turma diz defender da boca para fora. E não é uma simples questão semântica ou de aceitar o pronome escolhido pelo sujeito, pois ideias têm consequências.
No site oficial da Câmara dos Deputados, Duda é tratado como mulher. Na Wikipedia idem, onde consta: “Duda foi designada ao gênero masculino, e viveu socialmente como homem até 2014, quando passou a se assumir mulher. A ativista é casada desde 2011 com Raísa Novaes, que é educadora. O casal está junto desde 2006”. Designada? Por quem? Viveu socialmente como homem? Ou seja, o gênero é apenas uma construção social, sem qualquer elo com a biologia? Isso é pura ideologia! E uma um tanto irracional…
No mais, Duda casou-se com uma mulher, teve filhos e, por conta da gravidez, ainda segundo a Wikipedia, teve de interromper o tratamento hormonal da “transição de gênero”. Mas quem ficou grávida?! Afinal, por mais que a esquerda repita a ladainha de “pessoa com útero”, só existe um sexo com capacidade de gestação de bebês: o feminino. Aquele “designado” pela natureza, por Deus. Homens nunca serão capazes de engravidar.
Não obstante, Duda Salabert conseguiu sua licença de maternidade e ficou “afastada” do trabalho por 120 dias, mesmo não sendo gestante ou lactante, o que foi considerado uma vitória para o movimento transgênero. É a tirania da visão que se impõe sobre a realidade, o hipersubjetivismo onde basta “acreditar” que é uma coisa para “ser”. Uma sociedade que passa a acreditar nessa loucura está fadada ao fracasso.
O escritor britânico Brendan O’Neill, em A Heretic’s Manifesto, trata do tema logo no primeiro capítulo. Ele escreve: “O pênis dela. Nada capta melhor o irracionalismo da nossa época, e o seu autoritarismo escorregadio, do que o fato de esta frase absurda ser frequentemente proferida, tanto na imprensa respeitável como nos fóruns de discussão na internet. Se alguém tentar lhe dizer que a guerra cultural é um mito, mostre-lhe o pênis dela”.
Esse absurdo, porém, tem sido utilizado para perseguir conservadores, como fica claro nas tentativas de prejudicar o deputado mais votado da última eleição, Nikolas Ferreira. O deputado federal foi condenado pela Justiça de Minas Gerais a pagar indenização de R$ 80 mil a Duda Salabert por danos morais. O juiz José Freitas Véras, da 33ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte, entendeu que Nikolas cometeu ilícito passível de responsabilização por se negar a reconhecer a identidade de gênero do parlamentar, que se considera uma mulher transexual.
Ao subir na tribuna com uma peruca no Dia da Mulher, ironizando que era agora a Nikole, Nikolas disse o óbvio: que era um absurdo um homem invadir o esporte feminino só porque diz se sentir uma mulher. Mas a esquerda radical chegou a pedir a cassação do deputado por “transfobia”. Ou seja, transfobia agora é se recusar a aplaudir um homem espancando até a morte uma mulher no ringue!
Um recado da Nikole. pic.twitter.com/4iYD2nmnip
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) March 8, 2023
Como mostrou Matt Walsh no excelente documentário What is a Woman, do Daily Wire, nenhum desses ativistas ou mesmo acadêmicos consegue definir com um mínimo de objetividade o que configura ser uma mulher. A ideologia de gênero tem se espalhado por intimidação e imposição da turma no poder, enquanto uma maioria silenciosa observa com um misto de curiosidade e medo. Obrigar as pessoas a negar o que os olhos enxergam e o bom senso diz é uma velha tática comunista.
O’Neill comenta sobre o que isso significa para a sociedade moderna: “O fato de o ‘pênis dela’ aparecer agora em todo lado — do The Times aos processos judiciais e às deliberações das forças policiais que investigam alegações de estupro — demonstra o abandono da realidade pela era moderna e a sua aquiescência a uma nova forma de autoritarismo cultural que exige a santificação dos delírios subjetivos das pessoas acima da verdade objetiva”. E ainda tem esquerdista que nega a existência ou importância da guerra cultural, como se fosse uma paranoia de conservadores “reacionários”.
A ideologia de gênero é uma reprogramação cultural pela qual nossa tradição desaparece dando lugar a um “admirável novo mundo” em que as elites definem o que é verdade ou não, abandonando séculos de conhecimento acumulado
O escritor acrescenta: “A ideologia transgênero é central para a visão de mundo das novas elites. E, com a sua distorção da linguagem, o seu desdém pelos fatos biológicos e o modo como inculca numa nova geração a mentira de que o sexo de uma pessoa é uma questão de escolha, é uma ideologia que parece uma versão da vida real do Big Brother”.
Para O’Neill, “é uma sociedade profundamente perturbada que considera a validação das identidades alucinatórias dos homens maus mais importante do que o estabelecimento da verdade”. Lembrando que para essa turma não há apenas dois gêneros a “escolher”, mas dezenas deles, e tampouco apenas na espécie humana, pois há quem se “identifique” como animal (o que nos leva, nesse caso, a abrir uma exceção e até a concordar).
Virou uma heresia dos tempos modernos a simples constatação de que homem é homem e mulher é mulher. A biologia virou uma heresia! Chesterton previu que um dia as pessoas seriam atacadas por dizer que dois mais dois dá quatro, e não por acaso essa é uma das cenas finais de 1984, de Orwell, com nosso herói insistindo no direito de dizer essa obviedade, ainda que só para ele mesmo. Mas esse dia chegou no mundo de hoje, pois somos atacados por dizer que os cromossomos XY e um pênis fazem um homem, jamais uma mulher.
Nada dessa ideologia de gênero é sobre ser mais gentil, sensível ou educado com indivíduos, e sim sobre internalizar na marra o pensamento politicamente correto. Nossa concepção milenar sobre paternidade e maternidade está sendo ameaçada e transformada, e o intuito é enfraquecer o matrimônio responsável pela própria sobrevivência da nossa espécie — e de todos os demais mamíferos, vale notar.
O impacto disso não pode ser subestimado, como diz o autor: “Ao ‘encorajar’ o cumprimento das novas regras linguísticas e punir como ‘transfobia’ qualquer desvio das regras, as elites conseguiram perturbar milênios de crenças humanas e transformar a forma como pensamos sobre o sexo, a sociedade, nós próprios e as nossas relações com os outros”.
A ideologia de gênero é uma reprogramação cultural pela qual nossa tradição desaparece dando lugar a um “admirável novo mundo” em que as elites definem o que é verdade ou não, abandonando séculos de conhecimento acumulado. O homem, porém, deve ser o mestre de seus próprios pensamentos, como ensinou Spinoza. Ele nunca deve ser obrigado a falar somente de acordo com as permissões do poder supremo. Este, então, seria o primeiro ato de um herege: resistir a essa compulsão de repetir o que as elites mandam. Falar de acordo com aquilo que ele vê. Nunca temer dizer a verdade. Recusar, sob todos os riscos e custos, falar algo abominável como “o pênis dela”.
Que me perdoe a “senhora” parlamentar, portanto, mas enquanto eu for vivo e o movimento radical da ideologia de gênero se recusar a nos oferecer uma definição objetiva e científica do que significa ser uma mulher, vou continuar chamando de senhor alguém que tem cromossomos XY e um pênis. Isso, afinal, não é mulher.
Leia também “A ideologia da inveja”
Correto Constantino, no mundo real existem macho e fêmea, homem e mulher. A ideologia de gênero não cola em pessoas saudáveis mentalmente.
Exatamente, Constantino. Também trato como senhor ou senhora, de acordo com a biologia. E ponto final.
Deus criou o homem e a mulher. Ao negar isto, nos estamos negando a existencia de Deus. Este é o objetivo deste movimento LGBT plus.
“Nunca ví rastro de cobra nem couro de lobisomem
Se ficar o bicho pega se correr o bicho come
Porque eu sou é homem, porque eu sou é homem, porque eu sou é homem
e como sou”
Perguntem à essa figura exponencial coberta de predicados meritórios chamado
Ney Matogrosso, o que acha dessa bizarrice “soi disant! mulher chamada(o) Duda
Salabert
Esse negócio de ideologia de gênero é uma bizarrice que um dia vai passar!
EXCELENTE MATERIA E ANALISE !!!!
PENSO QUE A SOCIEDADE ESTA FICANDO DOENTE.
PRECISA DE ANALISES DESTA CATEGORIA PARA REVER O POLITICAMENTE CORRETO, O SOCIAL E OUTRAS COSITAS MAIS.
Aqueles que votam para eleger um sujeito bizarro como este para ser seu representante no congresso, devem ser mais alucinados do que ele. Ai esta a prova que a esquerdopatia é uma doença mental.
O século XXI está mostrando uma sociedade imensamente doente em todos os aspectos.
O que a pessoa faz da sua vida privada, dentro da sua casa, não me diz respeito.
Agora vir a público exigir ser chamado (a) disso ou daquilo por um capricho idiota aí fica demais.
A humanidade está repleta de pessoas homossexuais que venceram nas suas carreiras por capacidade produtiva e competência seja no cinema, na música, no direito, na indústria, no comércio, etc.
É um absurdo ter de escrever o óbvio ululante. O século XXI é definitivamente o século da decadência em todas as áreas, seja ela cultural, moral e inclusive científica. O prêmio Nobel para os indivíduos que plagiaram a tecnologia do RNAm e fizeram um experimento que se considera vacina ( uma ” transvacina”) mostra a exaltação aos medíocres.
Para me isentar de algum tipo de repressão por parte da turma do “todes” irei me referir a esse tipo de ser como “aquela senhora com pênis”, ou “com próstata” ou ainda “portadora de cromossomos XY”.
Será que ainda assim serei incriminado por alguma lei do tipo “Minority report”?
Somos proibidos de reconhecer e expor a realidade.
Texto excelente, como sempre, Constantino. Contra certos fatos não existem argumentos. Quem tem cromossomos XY e pênis, definitivamente não é mulher.
Caro Constantino , maravilha de artigo.
Essa desgraça em forma humana chamado Duda Salabert devia fazer um favor para a humanidade e se matar.
O pior é que esta besta teve votos para se eleger. A humanidade está muito mal.
Triste ver que tipo de parlamentar o eleitor mineiro está elegendo. Sou mineiro e nunca ouvi falar nesse ou nessa parlamentar, lamento ser mineiro.Nos envergonha.
Parabéns Constantino. Que texto maravilhoso acabo de ler. Que pena, termos de assinar uma revista para lermos artigos como este seu e dos demais jornalistas que figuram aqui. O Brasil está à deriva e nós que estamos assistindo a eventos como os de hoje só podemos ler aos artigos como este, assim, em revista de Jornalistas que foram alijados das mídias mais acessíveis. Obrigada.
Pois é Rodrigo Constantino, tem gente que não aceita o sexo que Deus lhe deu. Ora bolas ele que vão catar coquinho.
Constantino sempre impecável.
Consta excelente texto. Essa turma de esquerdista vive em outro mundo: da mentira ou da ilusão.
Pior é a mídia militante apoiando toda essa aberração.
Grande Constantino, excelente, aliás Constantino, Guzzo, Adrilles e outros devem ser um peso enorme na consciência de nossos mandatários, elencando judiciário, legislativo, executivo e também a imprensa vendida.
Não existe verdade pra esquerdistas jumentólogos é cavalo de carroça quando se estrutura o socialismo essas minorias são os primeiros a ser reprimidos
E não se esqueça que um laboratório pode ser processado por negar o exame de próstrata a um trans.
Existem realidades que nunca poderão mudar,a determinação do sexo é uma delas,nascemos homens ou mulheres. A cor da pele,dos olhos e outras características são imutáveis. Não adianta querer reinventar a roda,nunca dará certo. Um dos objetivos dessa fanática ideologia de gênero é destruir a família e sua vital importância para a sociedade.
depois de ler muitos livros sobre evolução humana, vejo com muita satisfação o Alexandre Garcia, por diversas vezes, corrigir o erro que se faz nesse assunto. Nosso gênero é Homo, nossa espécie é Homo Sapiens (nossa classificação taxonômica completa é Eucariontes/Animália/Cordata/Mamalia/Primata/Hominidae/Homininae/Homo/Homo Sapiens).
Nosso sexo é Masculino, se tivermos 1 cromosso X e 1 Y. Feminino, se tivermos 2 cromossomos X.
E a língua oficial do Brasil, de acordo com o artigo 13 da CF, é o Português. Portanto, os pronomes devem seguir à regra gramatical oficial: “todes” nao existe!!
Mulher trans + homossexual = homem que transa com mulher
Na verdade, esse ser é um engana trouxa que os eleitores votaram. Só fez/faz esse teatrinho para se eleger.
Parabéns pelo texto, Constantino!