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A chinesa BYD inaugura sua nova fábrica em Camaçari (BA) | Foto: Divulgação/BYD
Edição 186

Brasília está em Paris

E a chinesa BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, anunciou que vai investir mais R$ 3 bilhões na Bahia

Carlo Cauti
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A cúpula da República brasileira está em Paris. Começou nesta semana o Fórum Esfera Internacional, que reúne na capital francesa autoridades como os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante; o ministro do STF Gilmar Mendes e seu ex-colega Ricardo Lewandowski, entre outros. O fórum também contará com a presença do ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. O evento vai abordar temas como a relação entre os dois países, reformas em discussão no Brasil, como a tributária e a administrativa, economia, transição energética, inovação, indústria, segurança para o capital estrangeiro e as perspectivas de futuro para o país. Também serão debatidos acordos comerciais para a indústria, a viabilidade de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, e a participação do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem sede em Paris.

Foto: Divulgação/Esfera Brasil
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Gerdau quer mais energia verde

A Gerdau, maior siderúrgica brasileira, quer entrar de vez no mercado de energia verde. A empresa adquiriu o parque solar Arinos, em Minas Gerais, por meio da Newave Energia, da qual detém 33,33% das ações. A operação custou R$ 1,4 bilhão e foi realizada em parceria com a Voltalia, empresa internacional do setor energético. Até o fim de 2024 a estrutura vai entrar em operação, gerando aproximadamente 420 MWp, e incluirá uma subestação de energia. A capacidade fotovoltaica instalada na planta será equivalente a 7% do consumo de energia anual da Gerdau, e deverá evitar a emissão de até 22 mil toneladas de CO₂ por ano. Uma operação que mostra como a siderúrgica está de olho na produção de “aço verde”, que no futuro poderá ter um valor agregado superior ao do aço feito utilizando-se combustíveis fósseis.

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A briga na Mitre

O clima parece ter azedado no Conselho de Administração da Mitre, depois de a construtora divulgar uma operação em Trancoso (BA). A empresa anunciou na semana passada a compra de um terreno de cerca de 10 mil metros quadrados na cidade baiana, para a construção de um condomínio de luxo em parceria com a marca Daslu. O valor da transação é de R$ 13,5 milhões. O problema é que o terreno pertence ao controlador da construtora, Fabricio Mitre. O mercado não gostou, e as ações da empresa chegaram a cair 20% na Bolsa de Valores de São Paulo. No Conselho de Administração a decisão foi aprovada por dois votos a um. A dissidência veio do conselheiro independente Burkhard Otto Cordes, vice-presidente da Aguassanta Participações, veículo de investimentos da família de Rubens Ometto, fundador do grupo Cosan. Além da questão da propriedade anterior dos terrenos, o que causou estranheza foi que o empreendimento está fora da tradicional linha de trabalho da construtora, que sempre fez prédios para a média e a alta renda na cidade de São Paulo, e nunca um condomínio de casas. Muito menos na Bahia.

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Supersafra à vista

O Brasil poderá ter mais um ano de supersafra em 2023. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas no país deverá fechar o ano com mais de 318 milhões de toneladas. Caso a estimativa seja confirmada, o Brasil vai registrar uma alta de quase 21% na produção em relação ao ano passado, por um total de 55 milhões de toneladas adicionais. Em destaque estão as altas de cerca de 26% para a soja, de 12% para o algodão herbáceo (em caroço), de 43% para o sorgo, de 19% para o milho e de 5% para o trigo. Entre as principais lavouras, apenas o arroz em casca deve fechar o ano em queda (-5%). A área a ser colhida neste ano deve ser de 78 milhões de hectares, altas de 6% em relação a 2022 (aumento de 4,6 milhões de hectares) e de 0,4% na comparação com a estimativa de agosto (quase 340 mil hectares). O aumento da produção foi muito superior ao da área colhida. Isso demostra, segundo o IBGE, que o agronegócio brasileiro ganhou mais produtividade. Não obstante as dificuldades enfrentadas pelo setor por causa da falta de chuvas no Sul.

Fonte: IBGE
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Fundo árabe quer investir mais no Brasil

O fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital, quer investir mais de US$ 1 bilhão por ano no Brasil. O presidente do fundo, Oscar Fahlgren, declarou que está otimista com o futuro do país e quer alocar mais capital no mercado brasileiro. Segundo o executivo, a escala brasileira e o potencial de retorno fazem do país o local mais atraente da América do Sul. O objetivo seria expandir as participações já em portfólio, que vão da refinaria de Mataripe, na Bahia, à Concessionária Litoral Norte, que administra a BA-099. Um dos mais recentes investimentos da empresa foi nas academias Bluefit, em que aportou R$ 464 milhões para 51% do capital. O fundo soberano também está expandindo as atividades da Atvos no setor de biocombustíveis. O Mubadala Capital tem US$ 20 bilhões sob gestão e acaba de criar um segundo fundo específico para o Brasil, com mais de US$ 710 milhões. Mais do que o dobro do primeiro fundo. Para 2024, vai levantar capital para um fundo ainda maior. 

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Banco do Brasil: máquina de dividendos

O Goldman Sachs está de olho nos resultados do Banco do Brasil. De acordo com um relatório divulgado pelo banco norte-americano, o BB terminará o período com mais um lucro gordo: ceca de R$ 10 bilhões, alta de 9%. Para o Goldman, o lucro operacional será de quase R$ 14 bilhões, elevação de 7%. Para os analistas, o retorno sobre o patrimônio (ROE) será de aproximadamente 22%. Uns dos principais pontos fortes do Banco do Brasil é o segmento rural, que para o Goldman Sachs deverá continuar crescendo. Segundo o Banco Central, os empréstimos rurais aumentaram 21% no comparativo anual.

Foto: Shutterstock
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Economia brasileira em alta

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista com a economia do Brasil. A instituição sediada em Washington (EUA) elevou para 3,1% a previsão de crescimento para o Brasil em 2023. Mais do que a média da economia global, que vai expandir somente 3%. O relatório semestral Panorama Econômico Mundial, do FMI, revisou de 1% para o alto a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em relação à previsão anterior, apresentada em julho. O fundo continua otimista com a economia brasileira também em 2024, com um crescimento que passou de 1,2% para 1,5%, enquanto a projeção de crescimento global passou de 3% para 2,9%. Segundo o FMI, que apresentou o documento na reunião conjunta com o Banco Mundial, que ocorre nesta semana em Marrakech, no Marrocos, são três os principais fatores que indicam uma melhoria para a economia do Brasil: agricultura dinâmica, serviços resilientes e manutenção do consumo forte por causa de estímulos fiscais.

Riscos continuam persistentes

Todavia, o FMI também alertou para riscos para a economia brasileira, que ainda preocupam. A inflação continua resiliente, e o endividamento das famílias se mantém elevado. O relatório mencionou ainda a falta de espaço fiscal para gastos prioritários e riscos decorrentes das mudanças climáticas. 

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BYD inaugura fábrica na Bahia

A chinesa BYD, maior fabricante de carros elétricos do mundo, inaugurou sua nova fábrica em Camaçari (BA). O evento contou com a presença do fundador e CEO da empresa, Wang Chuanfu, da vice-presidente executiva e CEO para as Américas, Stella Li, e do presidente da BYD Brasil, Tyler Li. Também compareceram o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Juscelino Filho (Comunicações) e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). O objetivo da empresa é iniciar a produção entre o fim de 2024 e o início de 2025, com capacidade instalada próxima dos 150 mil veículos por ano durante a primeira fase, chegando em 300 mil na segunda.

Foto: Divulgação/BYD
Chinesa investe R$ 3 bilhões no Brasil

A BYD anunciou que vai investir R$ 3 bilhões para a instalação de três linhas de produção diferentes na planta de Camaçari. A fábrica se transformará no maior polo industrial da empresa fora da China, criando 5 mil empregos. Além disso, a BYD vai investir em um centro de pesquisa e desenvolvimento em Salvador, que terá como um dos principais objetivos desenvolver a tecnologia de um motor híbrido flex, para combinar o etanol com o motor elétrico. A BYD tem mais de 600 mil funcionários em todo o mundo, dos quais 90 mil são engenheiros de diversos segmentos diferentes. A marca conta também com 11 centros de pesquisa espalhados pelo globo. A empresa solicita uma média de 19 patentes por dia e, atualmente, possui 40 mil patentes registradas, das quais 28 mil em âmbito mundial.

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Hyundai bate novo recorde de produção

A Hyundai registrou um recorde de produção no Brasil. A montadora coreana alcançou 2 milhões de veículos produzidos no país desde o início das operações de sua fábrica em Piracicaba (SP), em 20 de setembro de 2012. Em 11 anos e 20 dias, a empresa bateu um novo recorde de tempo para a indústria brasileira. Em 2018, a Hyundai já havia registrado o menor prazo para a marca de 1 milhão de veículos produzidos: 5 anos e 10 meses. Um Creta Nova Geração Ultimate 2.0 foi o veículo de número 2 milhões a sair das linhas de montagem da Hyundai no Brasil. Do total de carros produzidos, o HB20 domina, com 1,6 milhão de unidades, sendo as outras 400 mil do modelo Creta, comercializado a partir de 2017.

Foto: Divulgação/Hyundai

Leia também “Energia solar cada vez mais presente”

8 comentários
  1. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    A turma das benesses de Brasília adora uma Europa com o dinheiro dos outros. E sobre a BYD, fazendo acordo com o governo comunista da Bahia, coisa boa não deve ser.

  2. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Eles deviam se reunirem com a jirradh e o Satanás presidindo

  3. Rosangela J . Dias
    Rosangela J . Dias

    A ultima fala do ex-Pesidente da França foi muito boa. Em resumo ele disse que igualdade não existe, nos somos todos diferentes e que o Brasil precisa decidir se quer menos ricos e mais pobres, ou mais ricos e menos pobres. Ele falou de um milionário frances que conseguiu vender para a China e que a França precisa mais desse tipo de pessoas.
    Igualdade vesus Equidade
    Se dermos a mesma caixa para as três pessoas com alturas diferentes subirem, elas não terão a mesma visão: a mais alta verá melhor, a de altura média verá menos e a mais baixa não verá nada. Isso seria igualdade, pois todas receberam o mesmo recurso. Agora, se dermos caixas de tamanhos diferentes para cada pessoa, de modo que todas fiquem com a mesma altura e possam ver o espetáculo da mesma forma, isso seria equidade, pois levamos em conta a necessidade de cada uma.

    1. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
      Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

      Gostei.

  4. Celso Ricardo Kfouri Caetano
    Celso Ricardo Kfouri Caetano

    Pergunto: se é um Fórum Econômico o que vossas excelências do STF estão fazendo lá e pior com despesas pagas pelo erário e olha que as viagens desse pessoal é coisa para lá de Bagdá. Aliás, o Pacheco foi fazer o que lá com tanta coisa pendente no Brasil que o Senado precisa resolver. O coronel Lira parece que está fora também….é a revoada das aves migratórias e haja tributos para cobrir esse festival.

  5. Giovani Santos Quintana
    Giovani Santos Quintana

    Quando foi citado a questão da agricultura, foi colocado que “falta chuva no sul” …é isso mesmo? Não é possível que não estão vendo o que está acontecendo no sul devido as chuvas volumosas .

  6. Marcos De La Penha Chiacchio
    Marcos De La Penha Chiacchio

    A foto das “presenças confirmadas” mais parece um cartaz de procura-se.

    1. Enoch Bruder
      Enoch Bruder

      Boa!

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