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Edição 19

A violenta revolução progressista

Os radicais de hoje não foram educados por tradicionalistas — o que poderia atenuar sua agressividade —, mas por radicais mais velhos, justiceiros sociais tardios e ressentidos

Ana Paula Henkel
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Nos anos 1960, os Estados Unidos foram tomados por protestos em massa que pediam mudanças radicais na atitude do país em relação a raça, classe, gênero e orientação sexual. Entre os motivos que alimentaram a desobediência civil, interrompendo as manifestações legítimas e pacíficas, a Guerra do Vietnã, o crescimento de simpatizantes ao progressismo e as eleições presidenciais de 1968.

O ano é 2020. Não há uma guerra em curso, a guerra atual é contra um inimigo invisível, mas há um notável retorno da simpatia a políticas progressistas num ano de eleições presidenciais.

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A revolução da década de 1960 introduziu no país um pouco de tudo. Ideais socialistas, hippies, liberdade sexual, uso excessivo de drogas, altas taxas de divórcio, crescimento maciço do governo, feminismo, cotas raciais e algumas ideias e ações que a história já provou não funcionarem em lugar algum.

Sentimentos tornaram-se mais importantes do que a lógica, os fatos e o bom senso

Os inimigos dessa contracultura dos anos 1960 eram o establishment, os políticos e as corporações. A família não escapou. Os esquerdistas atacavam seus pais, que haviam crescido na Grande Depressão e fizeram parte de uma geração que enfrentou dificuldades, venceu a 2ª Guerra Mundial, voltou a criar uma economia em expansão no pós-guerra, e buscou um retorno à conformidade confortável na década de 1950.

Mais de meio século após essa revolução, a revolução cultural de hoje, embora trazendo alguns elementos históricos recorrentes, é muito diferente — e muito mais perigosa. O ativismo social já está institucionalizado em centenas de novos programas federais. A “justiça social” está presente em todas as plataformas digitais e empresas onde o norte é apenas a sinalização de virtude são exaltadas. A “Grande Sociedade” inaugurou um investimento multibilionário no Estado de bem-estar e sentimentos são mais importantes e falam mais alto do que a lógica, os fatos e o bom senso.

Os protestos dos anos 60 foram de assimilação e integração racial para reunificar a agenda de Martin Luther King Jr. Tratava-se de uma pauta sobre direitos civis e liberdades. Não é assim com a revolução cultural que está aí. Hoje, essa nova revolução procura exatamente garantir que a diferença racial seja o fundamento da vida norte-americana, dividindo o país entre supostas vítimas negras e supostas vítimas brancas, passado e presente, e menos liberdade para quem não concorda com a esquerda.

Os ativistas tentaram criar zonas urbanas autônomas sem a presença da polícia

Os revolucionários culturais normalmente atacam as referências de nossa vida diária. O chamado Reinado do Terror dos jacobinos durante a Revolução Francesa matou o clero cristão, renomeou os meses do ano e criou uma nova “Razão”. A atual revolução do grupo Black Lives Matter derrubou estátuas, cancelou não apenas pessoas por suas opiniões contrárias a ideais marxistas, mas também filmes, programas de televisão e desenhos animados. Tentou criar zonas urbanas autônomas sem a presença da polícia, renomeou ruas e praças e vandalizou uma série de prédios por toda a nação norte-americana. Alguns fanáticos rasparam a cabeça. Outros condenaram as autoridades e fizeram policiais ajoelhar-se perante protestos. Atleta que demonstra patriotismo e respeito à bandeira e ao hino e não se ajoelha também é degolado virtualmente.

Nos anos 60, os radicais também se rebelaram contra seus professores. Professores que eram normalmente produto da educação baseada em fatos, e não em sentimentos. Suas vozes prevaleciam. O respeito à escola e a seus funcionários deveria ser o mesmo que tínhamos em casa pela família. Não é assim em 2020. Os radicais de hoje não foram educados por tradicionalistas, mas por radicais mais velhos com menos escolaridade, justiceiros sociais tardios e rancorosos com as décadas perdidas na contracultura do nada, na efemeridade do prazer momentâneo e não do resultado duradouro.

E essa geração está nas ruas.

Desde a morte de George Floyd, a cidade de Portland, no Estado do Oregon, mergulhou no caos. Enquanto as manifestações em outras cidades cessaram, em Portland elas já duram dois meses, causando violência e destruição de propriedades privadas e públicas. A cidade arde em chamas há semanas e enfrenta violentos protestos comandados por grupos que insistem em querer atear fogo a prédios do governo.

As autoridades municipais e estaduais, todas do Partido Democrata, ignoram os protestos violentos em Portland. Mera casualidade?

Todas as noites, uma multidão de centenas de manifestantes sitia o tribunal federal e outros edifícios públicos, armada com estilingues, marretas, serras, facas, rifles e dispositivos explosivos. É evidente a disposição de lutar contra os agentes federais. São membros da geração da “inclusão”, da “tolerância”, do respeito à “diversidade”.

Durante os protestos em Portland, manifestantes bloquearam o tráfego em várias ruas e lançaram fogos de artifício em direção ao prédio do tribunal federal, ferindo policiais e danificando janelas. Os manifestantes ignoram completamente todos os avisos da polícia. Colchões são queimados, provocando labaredas mais altas que as grades colocadas pela Força Nacional em volta do prédio.

Faça uma rápida pesquisa no Google para fotos recentes de Portland e você vai deparar com imagens que só vemos em lugares sitiados ou em guerra. Diante do caos, completamente ignorado pelas autoridades municipais e estaduais, todas pertencentes ao Partido Democrata, o presidente Donald Trump decidiu enviar tropas especiais para a proteção do tribunal federal. E aqui começa mais uma narrativa. Em ano de eleição, why not?

Ativistas radicais divulgam na internet informações pessoais de policiais para que suas famílias também virem alvo de protestos

A nova falácia é que a polícia federal enviada por Trump estaria “sequestrando” pessoas, trazendo mais tensão e animosidade à situação e “tolhendo” a liberdade dos cidadãos de protestar. O malvadão do século não tem coração. Mandar tropas federais para conter protestos que só reivindicam o direito de queimar um tribunal federal em paz. Tempos obscuros.

Enquanto comerciantes da cidade denunciam que as empresas locais já sofreram perdas de US$ 23 milhões em razão de saques e quebradeiras, autoridades democratas travam diariamente uma guerra política com o governo federal nas redes sociais e exigem que o presidente retire os soldados de lá.

O secretário interino de Segurança Interna, Chad Wolf, recentemente acusou os políticos de Portland de permitirem que a multidão continue cercando prédios públicos. Wolf chamou os manifestantes de “anarquistas violentos” e disse que o Departamento de Segurança Interna implementou várias medidas numa tentativa de conter a violência e assegurar a integridade do tribunal federal, mas os democratas continuam apoiando grupos extremistas. Nos últimos dias, Wolf denunciou como esses grupos estão divulgando informações pessoais de policiais na internet para que suas famílias também virem alvo de protestos.

Nas década de 1960, diante de um estado de transe quase jacobino, uma enorme “maioria silenciosa” saiu do anonimato, elegeu Richard Nixon e desacelerou a revolução, prendendo criminosos e aposentando guilhotinas sociais e políticas. Hoje, se houver uma massa silenciosa de conservadores e liberais, e se essa massa permanecer quieta em seus mosteiros mentais e condenar a violência apenas em silêncio, a revolução seguirá seu curso. A cultura covarde do cancelamento, virtual ou nas ruas, é mais antiga que imaginamos, e a força que temos para cancelá-la também.

Leia mais sobre a esquerda e as questões raciais no artigo “Caminhamos sonâmbulos para a segregação racial”

Leia ainda a entrevista com o sociólogo anglo-húngaro Frank Furedi

32 comentários
  1. Fernando Luiz Teixeira Dantas
    Fernando Luiz Teixeira Dantas

    Ana, apenas uma ressalva: aqui no Brasil, ativistas políticos de direita também direcionaram fogos de artifício para a sede do STF em Brasília, porém sem prejuízo estrutural ao prédio. Eles, porém, foram presos e indiciados. Há alguma diferença entre eles e os progressistas de Portland? Até onde essa inusitada “manifestação” pode ser considerada pacífica e razoável?

  2. Fausto Góes Fontes Neto
    Fausto Góes Fontes Neto

    Eu imagino as reuniões de outras revistas: Jesus…. os melhores foram para para a Oeste e o STF não faz nadaaaa! Quando sai um livro, Ana?

  3. Maurício Vieira
    Maurício Vieira

    Ana, artigo excelente. Deve ser esquisito agora viver nos EUA tendo aquela estranha impressão que estava numa festa normal e em certo momento, resolveu ir ao ao banheiro. Na volta, descobriu que todo mundo tomou ponche batizado com cogumelo mágico, transformando-se em turba alucinante, gritando palavras de ordem e tocando fogo em tudo!

  4. Anselmo Cadona
    Anselmo Cadona

    Parabéns Ana, excelente artigo.

  5. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    A Ana está certa quando diz que maioria silenciosa não deve assistir a essa minoria progressista, globalista, barulhenta e inconsequente mudando valores morais, éticos e cívicos forjados durante séculos.

  6. Oswaldo Silva
    Oswaldo Silva

    Isso tudo é muito assustador! Mais uma vez, obrigado pela lucidez de seu artigo.

  7. Leonardo Mascaro
    Leonardo Mascaro

    Tempos obscuros, de fato, Ana!! Obrigado por mais este artigo! Inteligência a serviço do bom-senso!!!

  8. José Antonio Braz Sola
    José Antonio Braz Sola

    Ana Paula, muito lúcida como sempre.
    A chande dos EUA está numa possível reeleição de Trump, se esses baderneiros não acabarem com o país até novembro…
    Agora, se os democratas ganharem….vão acabar com o país e com o Partido Democrata definitivamente, sempre lembrando que esse Partido Democrata de agora não tem mais nada a ver com o histórico, o de John Fitzgerald Kennedy,como muito bem frisado pela Ana Paula em um brilhante artigo na semana passada.

  9. Sandro Luis Batista Soares
    Sandro Luis Batista Soares

    Querida Ana, muito boa sua análise, isso me faz lembra a letra da música dos Engenheiros do Hawaii. “A PERIGO”.
    Hoje estamos a perigo
    Hoje estamos separados, divididos
    Mas um dia, um dia, nós seremos a maioria

    Eu sigo em frente, pra frente eu vou
    Eu sigo em frente, pra frente eu vou…

  10. Paulo Drummond
    Paulo Drummond

    Muse.

  11. Maria Das Graças Silva Torres
    Maria Das Graças Silva Torres

    Artigo fantástico Ana! Tempos estranhos vivenciamos hoje! Um bando de Togados Narcisistas quebrando tudo em nome da Constituição… Definitivamente não temos um Senado, temos atores acovardados com rabo preso… Uma imprensa medíocre, cega, conivente e surpreendentemente muda! A revista Oeste tem o melhor time de colunistas no mundo atual!!!

  12. Suzana Campos Linke
    Suzana Campos Linke

    Acho que autoridades policiais, empresários, políticos e pessoas que não estão alinhadas com essa turba deviam ter um prazo para sair da cidade, mansamente. Depois o governo federal instalaria cercas e forças armadas em torno e deixaria o pau quebrar lá dentro. Os que concordam com eles ficariam e sobreviveriam lá, que se virem, se governem, se abasteçam, criem ou mantenham suas lojas, escolas, hospitais, instituições. E que nunca mais saiam.

  13. Fabricio
    Fabricio

    Tempos estranhos.

  14. Silvio Tadeu De Avila
    Silvio Tadeu De Avila

    Seu Sérgio Moro, quietinho, quietinho, agora que começam os processos contra os caciques do PSDB, e ainda mais quietinho com as reiteradas violências cometidas pelo STF (logo ele???) contra a cidadania.

  15. Roberto Bruzadin
    Roberto Bruzadin

    Aproveito este espaço não para comentar sobre o ótimo artigo mas para manifestar minha contrariedade à respeito de um comentário que você, Ana Paula, fez recentemente no programa Os Pingos Nos Is. Nesse programa, onde a pauta era a infeliz live do Augusto Aras com os advogados da bandidagem, vc fez rápida menção ao Sergio Moro dizendo que ele “tropeçou” quando saiu do governo. Minha contrariedade é justamente essa. Não houve tropeço nenhum! SM mostrou, depois de tudo o que houve naquela reunião do dia 22 de abril, passado, muita coerência em desligar-se desse governo. Quem pôde ver o que ocorreu naquela reunião, se não sentiu que Jair Bolsonaro deixou bastante claro que queria, sim, interferir na PF para beneficiar seus filhos e seu amigo. Quem não sentiu isso é muito ingênuo ou está sendo desonesto. Então, não cabe crítica nenhuma ao ex-juiz cuja atuação sempre foi proba e corajosa. Ele merece respeito.

    1. José Carlos Andrade Veloso
      José Carlos Andrade Veloso

      Depois de assistir a reunião e os desdobramentos posteriores entendi diferente. Sergio Moro sabotou o governo. Pedir a divulgação da integra da reunião tinha como objetivo principal a exposição de Abraham Weintraub, que, saindo do ministério, prejudicou enormemente Jair Bolsonaro. A estória de interferência na PF é uma mera distração.

      1. Roberto Bruzadin
        Roberto Bruzadin

        José Carlos Andrade Veloso, qual foi o critério empregado pelo presidente Jair Bolsonaro para que sua escolha para ocupar a Procuradoria Geral da República recaísse sobre o apagado, que agora se revelou nefasto, Augusto Aras? Não é uma pergunta fácil para vc responder, isso eu entendo. Mas vc há de convir que Jair Bolsonaro quer ter a seu lado, pela sua própria formação, pessoas sobre as quais ele possa exercer comando. Com Sergio Moro, isso não foi possível. JMB tem demonstrado à exaustão que não está empenhado na luta contra a corrupção. Ao contrário, tem se aliado a eles – vide essa corja do Centrão – e contribuído para sua impunidade.

      2. Valeria Lerch Lunardi
        Valeria Lerch Lunardi

        A saída de Moro do Ministério da Justiça, até pode, talvez, quem sabe,porventura, expressar alguma coerência. Entretanto, as várias manifestações de Moro, suas desencontradas justificativas para essa saída, além de outras crítica feitas a um governo do qual por mais de um ano fez parte, desencadeiam um sentimento de desprezo e enorme decepção com esse ex-juiz. Uma lástima o que Moro tem feito com sua biografia!

      3. Ruy Quintão
        Ruy Quintão

        Perfeito. De acordo,

    2. Ney Pereira De Almeida
      Ney Pereira De Almeida

      ROBERTO BRUZADIN – Não sei em que Galáxia vc. vive. Mas, como escreve com bom português, presumo – pelo menos – que é ligado nas coisas terrenas. Imaginando que eu possa estar certo, gostaria de colocar sob sua reflexão alguns fatos (não me apraz contestar ilações ou ideias – todos temos direito a esposá-las, tal como fazemos com as mulheres bonitas ou feias, inteligentes ou estúpidas). No caso presente, É IMPERIOSO RESSUSCITAR OS FATOS, não é honesto nem inteligente erigir ideias que desprezam fatos e, pior ainda, as que tentam se apoiar sobre o “cadáver” deles, já que é de suprema estupidez IGNORAR FATOS – eles não morrem nem mesmo quando desprezados. São teimosos. Talvez, porque sejam o sustentáculo das verdades mais óbvias. Por falar em verdades óbvias, vc. ignorou ou não conheceu o DESPREZO OBJETIVO E PROPOSITAL dado pelos condutores da Lava-Jato – incluídos todas as autoridades participantes -, aos DEPOIMENTOS de todos os DELATORES PREMIADOS (principalmente os de Nestor Cerveró, Delcídio Amaral e Antonio Palocci) no TOCANTE ÀS PARTICIPAÇÕES CRIMINOSAS de políticos do PSDB no famigerado escândalo do PETROLÃO. Inclusive, foi um dos argumentos mais usados pelos advogados do PT, para QUESTIONAR a PARCIALIDADE E A ISENÇÃO POLÍTICA EXIGÍVEIS PELA LEI DA MAGISTRATURA na POSTURA DOS MAGISTRADOS. O que, segundo eles, passou ao largo em muitas condutas, procedimentos e julgamentos do, então Juiz, Sérgio Moro. Mas, como disse, prefiro ater-me a FATOS . Por exemplo: é FATO que Sérgio Moro acusou o Presidente de tentativa de interferir nas atividades da Policia Federal (eu assisti ele falar isso na TV, por várias vezes). Inclusive, vc. mesmo AFIRMOU, na sua reprimenda à nossa Ana Paula: “Quem pôde ver o que ocorreu naquela reunião, se não sentiu que Jair Bolsonaro deixou bastante claro que queria, sim, interferir na PF para beneficiar seus filhos e seu amigo. Quem não sentiu isso é muito ingênuo ou está sendo desonesto”. Ora, cidadão de “exótica” honestidade, vc COMO SEU ÍDOLO SERGIO MORO, “sentiu” que o Presidente “deixou bastante claro que queria sim, interferir….”. QUANDO ALGO ESTÁ BASTANTE CLARO, NÃO PRECISA SER “SENTIDO”, SERÁ INSTANTANEAMENTE COMPREENDIDO, ABSORVIDO E ASSIMILADO. Não foi o que o seu HEROI disse no depoimento à Polícia Federal. Muito ao contrário, afirmou em português falado e claro – SEM NECESSIDADE DE SER SENTIDO – que o Presidente jamais interferiu em nenhuma atividade da Polícia Federal (caso duvide, busque no Youtube e vai cair para trás com a decepção que terá com sua própria honestidade e ingenuidade). Quanto a supostos benefícios pretendido pelo Presidente para seus filhos e amigo, os quais, você, teria SENTIDO por sua ARGÚCIA, CAPTADA durante a reprodução do video da reunião presidencial, RESTA APENAS DIZER-LHE QUE NEM OS FILHOS DO PRESIDENTE E, TAMPOUCO, O AMIGO (que vc. não quis mencionar e me arrisco a dizer que era o Tal Queiroz) JAMAIS CHEGARAM A SER DENUNCIADOS E/OU INVESTIGADOS PELA POLICIA FEDERAL. Para sua orientação, caso realmente fosse honesto, isento e tivesse mesmo ALGUMA CAPACIDADE RAZOÁVEL DE PERCEPÇÃO LÉXICA, NEM PRECISARIA DE ARGÚCIA. O próprio Presidente disse – inúmeras vezes – que precisava de informações para gerenciar o país e – particularmente – queria (e tinha o dever como vítima) de fazer evoluir as INVESTIGAÇÕES SOBRE O ATENTADO QUE SOFRERA. Inclusive, porque o(s) mandante(s) estavam soltos e o perigo a ele e à sua família persistiam. Ao mesmo tempo Sergio Moro NADA FAZIA, nem mesmo em relação à retomada das investigações da própria Lava-Jato. Moro continuava SENTADO SOBRE AS DELAÇÕES PREMIADAS MAIS EXPLOSIVAS DE TODAS, AS DE DEICÍDIO AMARAL, DE ANTONIO PALOCCI E NESTOR CERVERÓ, todas mencionando os caciques do PSDB. Tanto assim que, mal Sergio Moro saiu do Ministério da Justiça, José Serra e Geraldo Alkmin foram presos. Portanto, cidadão. Seria recomendável um controle mais eficiente sobre suas paixões e uma vigília maior sobre os filtros de honestidade ingenuidade que pensa ter, numa dimensão maior do que a real. Passe Bem.

      1. Roberto Bruzadin
        Roberto Bruzadin

        Não entendi essa troca constante de palavras em caixa baixa e caixa alta, Ney Pereira. Vc ficou nervoso com o que escrevi? Fique calmo, meu prezado. Se cuide.

    3. Francisco
      Francisco

      Sérgio Moro?! O mesmo que se cala diante dos desmandos dos seus colegas togados do STF?!
      Ah, entendo. É um ser corporativista na essência.
      Basta ler o artigo dele na Crusoé desta semana e comparar com os artigos escritos aqui na Oeste. A própria entrevista de Modesto Carvalhosa simplesmente mostra como é não ser “isentão” ou ficar em cima do muro como o fraquíssimo texto do Moro naquela revista virtual decadente.

      1. Roberto Bruzadin
        Roberto Bruzadin

        Eis que surge outro adepto do lulobolsonarismo preocupado com minha admiração pelo Sergio Moro e por tudo o que ele fez. Comparem a vida pregressa de Lula, Bolsonaro e Moro e boa escolha.

    4. Rogério Storino Gonçalves Gomes
      Rogério Storino Gonçalves Gomes

      Mais um esquerdopata …eles sempre aparecem no início dos comentários numa ação orquestrada.. a tática é arrumar um subterfúgio qualquer pra atacar o único pilar que nos separa da Venezueluzação do Brasil… é a tática do ” isentão”…

  16. Luiz Antônio Alves
    Luiz Antônio Alves

    Tá bom. Só falta publicar um livro. Quem patrocina jogadores negros nos EUA? Brancos? Se tivesse racismo sistêmico não haveria patrocínios milionários. Já pensou os políticos de Portland renunciarem – todos – e entregarem a chave para os manifestantes fazerem o que quiserem, incluindo a escolha de seus líderes? Aqui no Brasil estamos também a perigo.

  17. Thales
    Thales

    Ótimo artigo ídola, impecável mais uma vez.
    Quando eu li essa passagem: “Mandar tropas federais para conter protestos que só reivindicam o direito de queimar um tribunal federal em paz. Tempos obscuros.” , por alguns instantes achei que estivesse lendo o Mestre Fiuza 🙂

  18. Enio Danzmann
    Enio Danzmann

    Excelente texto, Ana Paula. Por esses e outros que a acompanho agora diariamente no Pingo nos Is.
    Aqui no Brasil estamos passando por algo semelhante em barbárie, apenas sem (por enquanto) a parte violenta: Estamos sendo diariamente massacrados por 11 sinistros da suprema corte que estão podando, a cada dia um pedaço, as liberdades da população, enquanto o senado que é a única instituição que poderia enfrentá-los, se acovarda e finge que nada vê.
    Sim, são tempos sombrios.

  19. Roberto Gomes
    Roberto Gomes

    P. S. Leia-se …um muro por uma educação contra a educação por ressentidos.

  20. Roberto Gomes
    Roberto Gomes

    Bah! Que artigo Ana! Minha admiração e afeto fraterno. Levantaste um muro de labaredas contra abusadores e ressentidos. Um muro maior baseado na educação. A educação por ressentidos. O homem ressentido do Nietzsche é o uma iconografia da inveja que arrasa tudo que tem vida. A educação que leva em conta a tradição e a experiência é a de nossos pais. É contra eles tudo isso. É contra quem teve e reconhece o valor de bons pais. Abraço querida Ana!

  21. Silas Veloso
    Silas Veloso

    Bacana como sempre. Só um parêntese: nos anos 60 a contracultura incluía vários naipes políticos e apolíticos, principalmente esses últimos

    1. Nadson Martins de Souza
      Nadson Martins de Souza

      Como sempre Ana vc irradia lucidez e coragem!! Parabéns e Obrigado!!!

      1. Luciana Mendonça Ferraretto Simão
        Luciana Mendonça Ferraretto Simão

        Parabéns pela descrição perfeita sobre a geração que empunha a bandeira da revolução cultural. Ela foi criada para fazer exatamente isso. Instaurar o caos e ampliar a sua vocação antidemocratica de impor sua visão de mundo autoritário que busca tomar o controle do estado, colocando a sociedade organizada de joelhos.

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