Na noite do dia 9 de novembro de 1989, o muro de 155 quilômetros de extensão e 3,6 metros de altura que dividia a Alemanha Oriental comunista da Alemanha Ocidental capitalista por mais de 28 anos ruiu. Foi simbolicamente derrubado, a marretadas, pelo povo. A queda do Muro de Berlim foi um marco histórico e representou o fracasso do bloco comunista, a reunificação da Alemanha e um novo capítulo na vida dos europeus, principalmente dos que viviam no lado leste.
Quase dois meses depois desse evento, no dia 31 de dezembro, multidões voltaram a se reunir no que ainda restava do muro, perto do símbolo mais poderoso das “Alemanhas” divididas, o Portão de Brandemburgo. Pela primeira vez após a separação do país, todos juntos dançaram e celebraram o novo ano que chegava: 1990.
A barreira física que separava os dois lados foi construída em apenas um dia pelo leste comunista, em agosto de 1961. Embora o governo da Alemanha Oriental chamasse a estrutura de “Muro de Proteção Antifascista”, o próprio posicionamento das cercas e dos guardas deixava claro que o objetivo ali não era estabelecer uma fronteira a fim de impedir uma “possível invasão” ao país, e sim conter o êxodo de pessoas que fugiam para o outro lado, que era mais moderno, com melhores condições econômicas e vivia em uma democracia. As diferenças eram muito contrastantes.
Ainda assim, nas quase três décadas seguintes, cerca de 5 mil pessoas conseguiram fugir para o lado capitalista por balões de ar, túneis, ultraleves e, na maioria dos casos, escondidas em carros que cruzavam os pontos de controle. Ao menos 136 morreram tentando.
A ex-chanceler alemã Angela Merkel passou boa parte da sua juventude do lado comunista e, num discurso em 2014, disse o seguinte: “A queda do muro de Berlim mostrou que sonhos podem se tornar realidade e que nada tem que permanecer como está, não importa quão altos os obstáculos possam parecer ser”.
Pessoas de toda parte do mundo deveriam se sentir inspiradas pelo exemplo da queda do muro. Merkel ainda acrescentou: “A queda do muro mostrou que temos o poder de definir nosso destino e tornar as coisas melhores. Foi uma vitória da liberdade e é uma mensagem de fé para as gerações de hoje e do futuro, de que é possível derrubar muros, os muros dos ditadores, da violência e das ideologias”.
Que em 2024 possamos tornar nossos sonhos realidade. Feliz ano-novo!
Daniela Giorno é diretora de arte de Oeste e, a cada edição, seleciona uma imagem relevante na semana. São fotografias esteticamente interessantes, clássicas ou que simplesmente merecem ser vistas, revistas ou conhecidas.
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Importante relembrar que o muro foi construído pelo lado comunista, e não para evitar invasão, mas sim para evitar evasão.
Sim. No texto fiz questão de relembrar que este foi o real motivo da construção do muro. Obrigada pelo seu comentário!
A Merkel nunca perdeu sua origem. Decisões socialistas descambaram anos depois em situações de queda de qualidade de vida para todos os alemães, seja pela política energética, habitação, ou pela imigração e criminalidade.
Os nossos professores esquerdistas omitem dos alunos ,essa página da História, que revelou o que de fato é o comunismo que ainda insiste com seus líderes depravados…
Vamos retroceder? Avante abaixo o comunismo
Época incrível! Onde olhávamos para o futuro com esperança, com a virada do milênio que trazia muitas promessas…. vamos continuar a sonhar e trabalhar para um mundo menor, dentro do que a cada um de nós, nós foi confiado por Deus. Obrigada a toa equipe Oeste, por ser essa luz de conhecimento e de esperança. Feliz ano novo!
Obrigada pelo comentário. Feliz 2024, Giselle!
Imagem eternizada em nossas retinas.
Feliz Ano, Dani, e que continue nos brindando com fotos que, de alguma maneira, marcam nosso tempo e nossas almas.
Obrigada, Luzia! Feliz 2024 para você e família 😉