Fernando Haddad já antecipou quem será seu primeiro adversário em 2024: o dólar. O ministro da Fazenda declarou em entrevista que o governo federal estuda um projeto para diminuir a volatilidade da moeda americana.
Segundo ele, seria utilizado “um instrumento do Tesouro para atrair investimentos externos, uma espécie de hedge cambial, associado a projetos de transformação ecológica”.
O petista não forneceu mais informações, mas o mercado não gostou. No mesmo dia, o dólar subiu mais de 2%.
Brilhante ideia
Na mesma entrevista, Haddad disse apoiar a ideia de antecipar o fim do mandato do presidente do Banco Central para o primeiro ano de gestão do presidente da República.
A lei de autonomia do BC fala outra coisa, já que a troca no comando acontece somente no fim do segundo ano de mandato.
O mercado não gostou mais uma vez. No mesmo dia, a curva de juros futuros fechou em alta.
Lula só poderá trocar Roberto Campos Neto no final de 2024, quando indicará também os novos diretores de Relacionamento e de Regulação.
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No apagar das luzes, mais impostos
No penúltimo dia do ano, Lula sancionou a lei que regulamenta as apostas esportivas virtuais, as chamadas bets.
As empresas pagarão 12% de imposto de renda; e os apostadores, 15% sobre o valor líquido dos prêmios obtidos.
O Ministério da Fazenda espera arrecadar pelo menos R$ 100 bilhões por ano. Número como sempre exagerado, pois todo o setor movimenta por ano R$ 120 bilhões.
O risco é que esse imposto tenha o mesmo destino arrecadatório pífio dos outros criados pelo governo ao longo de 2023.
No despertar do ano, mais impostos
O ano novo começou com mais impostos. O governo federal retomou a cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel. O imposto estava zerado desde 2021. Parte do recolhimento foi antecipada em setembro de 2023.
A partir de janeiro de 2024, a arrecadação volta a ser integral: cerca de R$ 0,35 por litro de diesel. Haddad garantiu que os preços para os consumidores não subirão, mesmo com o aumento de impostos.
Poucas horas antes, a Petrobras havia anunciado um corte de R$ 0,30 no preço do litro de diesel.
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Mais dinheiro para as montadoras
No apagar das luzes de 2023, o governo Lula decidiu presentear o setor automotivo com mais um pacote de bondades.
A MP nº 1.205/2023 criou o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), concedendo R$ 19,3 bilhões em créditos tributários ao setor até 2028. Terão direito aos benefícios fiscais as empresas que realizam pesquisa, desenvolvimento, inovação ou engenharia relacionados à cadeia automotiva.
Parte do dinheiro virá da reoneração da importação de carros elétricos, que estavam isentos. Ou seja, aumentam os impostos para os veículos “limpos” para subsidiar a produção de veículos “sujos”.
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Governo quer a Petrobras
A Petrobras anunciou que em 2024 vai encerrar o teste piloto do programa de recompra de ações preferenciais, aprovado pelo Conselho de Administração da companhia em agosto,
O objetivo é manter os papéis em tesouraria para posterior cancelamento.
A Petrobras já recomprou R$ 974 milhões em ações no terceiro trimestre do ano passado.
Hoje a União detém 28,67% do capital total da estatal petrolífera, mas 50,26% das ações ordinárias. Caso o programa se concretize, essa porcentagem vai subir.
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2023, o ano da quebradeira das empresas
O ano de 2023 será lembrado como o ano das recuperações judiciais. O crash da Lojas Americanas abriu um annus horribilis para as empresas brasileiras.
Segundo a Serasa Experian, novembro registrou 175 pedidos de recuperação judicial. Alta de 8% em comparação com outubro e de 196,6% na comparação com o mesmo mês de 2022.
Entre janeiro e novembro, 1.303 empresas solicitaram proteção contra credores, alta de 77,08% na comparação com o mesmo período de 2022.
2024 pode ser igual. Ou pior
O ano que se inicia pode ser até pior do que o ano passado. Uma série de grandes empresas estão se preparando para negociar dívidas com seus credores.
No varejo, uma delas é a Casas Bahia. Na aviação, a Gol. Na indústria, a Unigel.
Para os especialistas, os primeiros seis meses de 2024 serão de sangue, suor e lágrimas para as empresas. Endividamento elevado, margens de lucro apertadas e altas despesas com pessoal são fatores que podem provocar uma nova enxurrada de recuperações judiciais.
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Mais rombos nas contas
O déficit das contas-correntes do Brasil em novembro 2023 foi de US$ 1,6 bilhão.
O resultado foi muito pior do que esperado pelos analistas, que previam um saldo negativo de US$ 400 milhões.
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit em transações correntes até novembro de 2023 somou US$ 33,7 bilhões, o equivalente a 1,56% do PIB.
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Indústria cada vez mais em crise
A indústria mostra claros sinais de desaceleração. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Brasil caiu de 49,4 em novembro para 48,4 em dezembro.
Segundo pesquisa da S&P Global, foi o quarto mês seguido em que a atividade manufatureira ficou abaixo do patamar de 50, que separa a expansão da contração.
Os pedidos às fábricas continuaram caindo em dezembro, e o ritmo de redução foi o mais acelerado desde junho. De acordo com o estudo, isso é um efeito direto da diminuição da demanda.
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A volta dos CACs
O Exército voltou a emitir autorizações para colecionadores de armas, atiradores desportivos e caçadores (CACs). Os novos registros estavam suspensos desde o início do governo Lula.
A nova regulamentação muda algumas regras, como o prazo de validade do Certificado de Registro, que passa de dez anos para três anos.
Hoje no Brasil são cerca de 803 mil CACs. O total de policiais militares no país é de 406 mil. Os militares das Forças Armadas somam 365 mil.
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Gringos, go home
A partir do dia 10 de janeiro, os turistas do Canadá, Austrália e Estados Unidos vão ter que apresentar visto para entrar no Brasil. O governo Lula reintroduziu essa necessidade, que havia sido eliminada no primeiro ano do governo Bolsonaro.
As previsões das entidades de turismo indicam uma perda de R$ 2,5 bilhões por ano em decorrência da maior dificuldade imposta aos turistas que desejarem entrar no Brasil.
Para o Itamaraty, a isenção de vistos não alterou os fluxos de viagens desses países. Para o Ministério do Turismo, todavia, somente no primeiro ano a alta foi de 16% na entrada de turistas.
Leia também “2023: a glória do bitcoin”
Quando a inflação no Brasil beirava a 80%, Itamar Franco simplesmente reuniu bons nomes do segmento econômico, deu-lhes carta branca para resolver a situação e eles fizeram……….assim fiquem tranquilos Lula tem Haddad o mestre das finanças….é como dizia Arnaldo Jabor ” Ufa, estamos salvos”.
O interesse da quadrilha petista é somente arrecadar, para bancar suas estripulias. A população que se lasque. Imposto no diesel, imposto em apostas, ”imposto” para o turista estrangeiro,…
Os PTralhas são insanos.
Caiuti, excelente análise. Só uma coisa: será mesmo que carros elétricos são energia limpa? A produção e o custo das baterias são terríveis e estratosféricos. Ainda parece que não podemos afirmar com veemência q os carros elétricos estão pra ser nosso futuro. Dos muitos ricos e despreocupados com o ambiente, talvez.
Esses ministros do Lula não bastasse ser todos ladrões, são desprovido de capacidade técnico-profissional, ridículos, analfabetos e debochados, não era por menos, ter um gabiru como líder
Verdade.
enquanto luladrao está preocupado em fazer acordos com PCC (o chinês, pois o daqui tem conversas cabulosas diretamente com o novo chefe da stasi) para concretizar a censura a internet, o poste está preocupado em fazer o controle do cambio como se faz na China, pois com o desatre de sua administração e dívida pública o dólar tende a disparar
Esperamos os números finais de dezembro de 2023 pra ver exatamente quanto foi a tragedia deste ultimo natal.
Obrigado pelas informações.