O governo federal começou oficialmente a articulação para colocar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega no comando da Vale. E está usando armas pesadas para isso.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, chegou a ligar para acionistas de referência da empresa para pressioná-los a nomear o petista para a presidência da mineradora. Silveira disse falar em nome do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Os acionistas com mais de 5% do capital da Vale são: Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, a Cosan (do empresário Rubens Ometto), a japonesa Mitsui e o Bradesco.
Boquinha de 55 milhões para o companheiro
No dia 31 de janeiro, o Conselho de Administração da Vale terá que decidir se renova ou não o mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo.
O governo vem aumentando a pressão nos últimos dias para garantir Mantega na mineradora. O resultado ainda é incerto. Gestoras internacionais, como Capital e BlackRock, terão também que ser convencidas.
Caso seja nomeado, Mantega receberá um salário de R$ 55 milhões por ano. Fora o bônus.
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A bulimia da nova Petrobras
A Petrobras quer todas as refinarias de volta. Mesmo que isso signifique reverter a privatização do polo de Mataripe (BA), o que não será fácil. Quer de volta também a distribuição, mesmo que isso implique reverter a privatização da antiga BR Distribuidora — o que vai ser mais difícil ainda.
Exercendo seu direito de preferência no bloco Jaspe, a estatal quer até mesmo o petróleo da Bacia de Campos, que deveria ser licitado no pré-sal. Segundo a Petrobras, a manifestação está em linha com a estratégia de exploração e produção prevista no seu plano estratégico 2024-2028.
A luta pelo Conselho da petroleira
A saída de Efrain da Cruz do Conselho de Administração da Petrobras desencadeou uma luta pela ocupação da cadeira vazia. O governo havia indicado o advogado Renato Galuppo, mas sua nomeação foi rejeitada em março de 2023.
Na época, o Conselho de Administração da estatal reprovou o advogado por sua vinculação com o partido político Cidadania. Em dezembro, porém, a Petrobras conseguiu a revogação da liminar que impedia alterações no Estatuto Social da empresa, o que flexibilizou a norma interna para a indicação de políticos.
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Advinha quem gostou da nova política industrial?
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) comemorou o novo pacote de R$ 300 bilhões em subsídios para o setor industrial, chamado Nova Indústria Brasil (NIB), lançado pelo governo federal na última segunda-feira, 22.
O vice-presidente da CNI, Léo de Castro, esteve no Palácio do Planalto no momento do lançamento da NIB e a definiu como “uma política pública moderna”. O diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI, Rafael Lucchesi, avaliou a nova política industrial como muito positiva.
A indústria brasileira hoje produz 17% menos do que há uma década, quando foi lançado o primeiro grande pacote de política industrial, ainda no governo Dilma Rousseff, o Plano Brasil Maior. Na época, o programa contava com mais de R$ 500 bilhões em subsídios por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo dados da FGV, desde 1995 a indústria de transformação brasileira perde 0,7% ao ano em produtividade.
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Investment grade não voltará tão cedo
A agência de classificação de risco Fitch Ratings descartou a volta do grau de investimento para o Brasil no curto prazo.
Antes que isso ocorra, segundo a agência, o governo precisa cumprir suas próprias projeções, suas próprias metas, além de conseguir um crescimento real do PIB de 2,5%.
A Fitch Ratings elevou a recomendação da dívida soberana do Brasil em julho de 2023, que passou de “BB-” para “BB”. A avaliação foi mantida após a aprovação da reforma tributária, no final do ano passado.
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Agora voa, Brasil?
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou que o programa Voa Brasil começará no dia 5 de fevereiro.
O lançamento oficial deveria ser realizado pelo próprio presidente Lula e passar a vigorar no mesmo dia. Entretanto, ainda faltam vários pontos críticos para viabilizar o programa: o preço do querosene de aviação, a alta judicialização do setor no país e a concessão de crédito para as companhias aéreas, por intermédio do BNDES.
Neste último ponto, parece que o governo conseguiu encontrar uma solução. O ministro Costa Filho anunciou um fundo de R$ 6 bilhões para as companhias aéreas. Entretanto, é provável que esses recursos não cheguem a tempo — pelo menos para salvar uma das três grandes aéreas brasileiras, a Gol. A empresa poderia pedir recuperação judicial a qualquer momento.
Nesta semana, informações sobre problemas de crédito da Gol, especialmente com fornecedores de combustíveis, foram desmentidas duramente pela companhia.
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Brasileiros querem gastar mais viajando
Uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG) mostrou que o mercado brasileiro de viagens e turismo poderá ter um 2024 movimentado.
Segundo o levantamento Consumer Sentiment 2023, 64% dos brasileiros que costumam viajar têm a expectativa de aumentar os gastos com viagens de lazer neste ano. A mesma tendência vale para as viagens corporativas: 44% dos consultados indicaram expectativa de aumento do gasto com viagens de trabalho no próximo ano.
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CNA pede ajuda
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu socorro ao governo federal por causa da quebra de safra.
Problemas climáticos deverão reduzir a produção brasileira de soja na safra 2023/24, sobretudo no Centro-Oeste e em áreas do Matopiba (confluência entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).
A CNA vai pedir prorrogação dos prazos de reembolso da contratação de crédito para custeio e investimentos para os produtores que sofreram perdas climáticas, nas mesmas condições iniciais.
Além disso, a CNA quer que os preços mínimos do milho e do trigo sejam elevados e que o seguro rural seja modernizado, por meio da regulamentação do fundo de catástrofe criado por Lei Complementar aprovada em 2010.
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Mais gente comprando casa
O crédito imobiliário cresceu 4% em 2023, chegando a R$ 251 bilhões.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o ano passado foi o segundo melhor da série histórica, atrás apenas de 2021.
O resultado positivo foi possível graças aos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que cresceram 59%, para R$ 98 bilhões — o melhor patamar da história.
Por outro lado, os financiamentos com recursos da poupança caíram 15%, para R$ 153 bilhões. As causas foram saques nas cadernetas e juros mais elevados. No ano passado, foram financiadas 994 mil unidades habitacionais no Brasil, das quais 500 mil receberam o crédito através da poupança; e o restante, pelo FGTS.
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Votorantim vai produzir mais cimentos
A Votorantim Cimentos anunciou que vai investir R$ 5 bilhões em um programa de crescimento e competitividade de suas operações no Brasil.
A empresa vai ampliar sua capacidade produtiva adicionando mais 3 milhões de toneladas de cimento ao ano, de olho no aumento da demanda das Regiões Sul e Sudeste.
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Hapvida na montanha-russa
As ações da Hapvida estão sofrendo um momento muito complicado. Investigação do Ministério Público de São Paulo acusa a empresa de descumprir sistematicamente decisões judiciais favoráveis aos seus beneficiários. Nos últimos cinco pregões, a empresa registrou uma perda superior a 8%.
Muitos analistas estão receosos de que as notícias possam afetar a reputação da empresa e levantar preocupações do mercado sobre adições líquidas de novos beneficiários e margens de lucro. Para a maioria desses analistas, a queda da Hapvida pareceu excessiva, e por isso eles reiteraram a recomendação de compra para os ativos.
A “judicialização” da saúde privada é um problema recorrente na indústria, e a Justiça geralmente tende a decidir a favor dos beneficiários, dada a urgência usual dos casos.
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A conta vem aí
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que a conta de luz do brasileiro deverá aumentar, em média, 5,6% em 2024. A alta será superior à inflação acumulada no período, de 3,86%.
A principal razão desse acréscimo é o aumento dos subsídios embutidos na conta de luz por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), rateada entre os consumidores. Segundo a Aneel, a CDE vai subir 6,2% neste ano em relação ao ano passado.
Mas pesou também o fim da devolução de créditos tributários oriundos da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
Leia também “Quando a Petrobras se recusa a cobrar o preço correto, prejudica todo o Brasil”
Isso é que ser uma psicopatia serial kiler gatunal, vai botar esse Mantega pra roubar a vale, o cara roubou 500 bilhões do BNDES, vai levar até os trilhos do trem que carrega os minérios
Diversas maneiras de como continuar a saquear o dinheiro público.
Empresários picaretas de olho na boquinha do BNDES.
De onde menos se espera é que não sai nada mesmo.
Repetição dos mesmos erros desde a era Vargas, esperando resultados diferentes.
Industriais tipo Josué e irmãos Batista irão fazer a festa com recursos surrupiados do pagador de impostos.
Acho as previsões desse autor do artigo muito otimistas para um governo de esquerda corrupto e ineficiente.
de NIB em NIB o Brasil inibi e afunda
Meu Deus !!!