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Jean Paul Prates, atual CEO da Petrobras | Foto: Reprodução/Agência Senado
Edição 211

A fritura de Prates na Petrobras

Enquanto isso, Aloizio Mercadante já se aquece no banco para entrar em campo

Carlo Cauti
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está em modo fritura. Como antecipado pela coluna de Oeste, o presidente Lula já estava cogitando mudar o comando da estatal petrolífera, uma vez que Prates é considerado demasiado resistente às pressões do Executivo.

Agora a saída é considerada como certa em Brasília. E Prates já teria um substituto: o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Conhecedor de limites

Mesmo sendo senador pelo PT, Prates completou um mestrado na França em Economia de Petróleo e Motores. Tem uma longa carreira no setor petrolífero. Ele sabe até que ponto a interferência do Planalto na Petrobras pode ir. E até onde não deve ir.

Alvo de críticas de todos os lados, até mesmo do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Prates procurou Lula para definir seu destino.

O presidente decidiu recebê-lo só na segunda-feira, 8. Quase uma era geológica, considerando o ritmo dos acontecimentos. E uma afronta ao homem que lidera a maior empresa brasileira.

Mercadante foi mais elegante, e ligou para Prates informando-o de que fora sondado para substituí-lo. A honra das armas.

Aloizio Mercadante, presidente do BNDES e possível substituto de Jean Paul Prates na Petrobras (24/1/2024) | Foto: Wikimedia Commons
Sindicalistas contra o governo

Até mesmo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), sindicato da categoria, saiu em defesa de Prates, denunciando um “espancamento público” do executivo.

Além de Silveira, outro inimigo de Prates no governo seria o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Este último não perdeu tempo e começou as grandes manobras para a sucessão na Petrobras, no BNDES e em uma série de outros órgãos que viriam juntos.

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CVM quer entender melhor

Se a saída de Prates ainda é incerta, o que ficou evidente foi a extrema volatilidade das ações da Petrobras na Bolsa de Valores de São Paulo na quinta-feira, 4.

No começo da manhã em que foi anunciada a possível saída do presidente da estatal, as ações da Petrobras caíram repentinamente mais de 5%.

Todavia, por volta do meio-dia, foi divulgada a notícia de que ministros tinham chegado a um acordo sobre a distribuição dos dividendos extraordinários, retidos na última reunião do conselho de administração, em março. Com isso, os papéis voltaram a subir.

Uma hora depois, o governo pensou melhor e disse que era preciso “fazer bem as contas”. E as ações caíram novamente.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu que já era o suficiente, e abriu uma investigação para apurar eventuais irregularidades na divulgação de informações relevantes.

Foto: Shutterstock
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Novas petrolíferas brasileiras

Enquanto a estatal enfrenta uma luta sucessória, duas petrolíferas privadas brasileiras ensaiam uma possível fusão.

A Enauta propôs a fusão com a 3R Petroleum por meio de troca de ações. A união geraria uma produção potencial superior a 100 mil barris de óleo equivalente e reservas operadas superiores a 770 milhões de barris.

As duas empresas operam em campos petrolíferos maduros. Ou seja, que já foram explorados antes por outras empresas. Mas uma possível união, segundo o presidente da Enauta, permitiria iniciar a exploração de novos poços.

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A arte de saber dizer ‘não’

A corrida para a sucessão do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, acabou de começar. Mas o incumbente já deixou um recado para seu sucessor.

No último minuto de sua participação em um evento do Bradesco BBI, Campos Neto disse que o mais importante para quem o suceder na cadeira é ter firmeza e saber dizer “não”. Subentendido, aos pedidos do governo.

Recado para o seu provável sucessor, Gabriel Galípolo, que antes de ser nomeado diretor de Política Monetária foi o número 2 do ministro Fernando Haddad.

Campos Neto prometeu uma transição suave e sinalizou a unidade do Comitê de Política Monetária (Copom).

Galípolo cenário brasileiro inflação benigno
Gabriel Galípolo, provável sucessor de Campos Neto na presidência do Banco Central | Foto: Fabio Rodriguez Pozzebom/Agência Brasil
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Sabesp vai ou fica?

A tensão na Câmara dos Vereadores de São Paulo cresceu na última semana. O comando da Casa fez as contas e percebeu que não tem votos suficientes para privatizar a Sabesp.

Para efetuar a privatização, é necessária uma lei municipal que viabilize a venda. Mas, segundo o presidente da Câmara, Milton Leite, “os vereadores estão torcendo o nariz”.

A preocupação dos vereadores seria a venda da Sabesp para um grupo privado, até mesmo estrangeiro. O que transformaria um monopólio público em monopólio privado.

O projeto da privatização não tem data para acabar. Atualmente está em análise na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa da Câmara. Mas ainda deve passar por outras comissões e audiências públicas em toda a cidade. Calendas gregas.

Estação de tratamento de água do Sistema Guarapiranga, da Sabesp, na zona sul de São Paulo | Foto: Shutterstock
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Gasolina e diesel reprimidos

O preço da gasolina vendida pela Petrobras está 19% abaixo do preço internacional. No caso do diesel, essa defasagem chega a 17%. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom).

O achatamento dos preços está chegando a um nível muito próximo ao de agosto de 2023. Nessa ocasião, a diferença entre os preços praticados no Brasil e os internacionais ficou em 24% e 27%, respectivamente, para gasolina e diesel.

A alta de 7% dos preços de petróleo no último mês e a depreciação do real frente ao dólar têm aumentado a defasagem.

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Tarifaço à vista?

Segundo a corretora Warren, cada 10% de alta no preço da gasolina nas refinarias elevaria em 0,18 ponto porcentual o IPCA.

O governo tenta evitar que o aumento dos preços dos combustíveis acabe afetando a inflação e agravando o mal-estar entre os consumidores.

Entretanto, manter os preços defasados custa bilhões de reais ao balanço da Petrobras.

Bandeiras da Petrobras e do Brasil na fachada da empresa em Vitória, no Espírito Santo (13/10/2021) | Foto: Shutterstock
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O Boticário a todo vapor

O Grupo Boticário registrou um crescimento de 30,5% nas vendas em 2023 na comparação com o ano anterior, alcançando R$ 30,8 bilhões.

Esse foi o maior faturamento já anunciado pela empresa e quase chegou a dobrar o de 2021, quando atingiu R$ 18 bilhões.

Os números foram possíveis graças a inovações importantes na estratégia multicanal e multimarcas, com entrada em novas plataformas, aumento de parcerias e consolidação em categorias.

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Hapvida NotreDame Intermédica quer novos hospitais

A Hapvida NotreDame Intermédica, maior empresa de saúde da América Latina, vai construir três novos hospitais no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife.

No total, a empresa investirá R$ 1,5 bilhão em três unidades de alta tecnologia, que trabalharão no topo do atendimento de maior complexidade.

O hospital de Recife, já em obras, será entregue até o final de 2024. No Rio de Janeiro e em São Paulo, as instalações ficarão prontas em 2025 e 2026, respectivamente.

Hoje a empresa tem 16 milhões de clientes, mas quer aumentar esse número ainda mais.

Unidade da Hapvida NotreDame Intermédica em Betim, em Minas Gerais | Foto: Divulgação

Leia também “O tapa na cara francês”

3 comentários
  1. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Tem que privatizar urgente a Petrobras. A Petrobras é um galinheiro e já ficou sob o julgo de 600 raposas. Olha pasadena, olha as refinarias. Esses caras não estão interessados em administrar nenhuma estatal, eles estão interessados em saquear o país. É o que eles vêm fazendo desde 2003

  2. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    É uma grande disputa… para ver quem rouba mais…

  3. jorge alves
    jorge alves

    DEMOROU O PRATES nunca teve capacidade MORAL nem INTELECTUAL para assumir esta cadeira INCOPETENTE sempre foi e será ….

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